Capítulo 33

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*Luna*

Eu estava em lágrimas, aquilo tudo havia me deixado tão nervosa. Aquele filho da puta tinha armado para mim, e por mais estranho e idiota que isso pode parecer os policiais devem ter acreditado nele. Com certeza ele os avisou, foi tudo uma grande armadilha, para "me tirar do jogo" por  algum momento e isso me preocupava... E se ele resolver machucar a minha mãe?

...

Delegacia de Brandford City - 22:34 PM

"A mocinha vai me explicar tudo, ou eu vou ter que apelar?" O delegado me perguntou e eu me mantinha quieta."Escute Luna, eu sei que com certeza não foi você." Ele suspirou.

"Eu não matei ninguém." Disse baixo.

"Eu sei que não, mas se não me contar exatamente o que aconteceu, eu não poderei te ajudar." O delegado tentou me fazer compreender.

"E-Eu não posso lhe contar.." Disse com medo.

"Mas você precisa, pelo seu bem." Ele tentava.

"Você não entende! Ele vai machucar aqueles que eu amo e depois me matar!!" Eu aumentei a minha voz.

"Quem vai te matar, Luna?! Conte-me."

"EU NÃO SEI!" Chorei. "Eu.... Eu não sei quem ele é." Continuei chorando.

"Me diga desde o começo, o que está havendo?" Ele chegou mais perto de mim, me encarando.

"Depois que Hanna morreu, eu comecei a receber mensagens..." Comecei e suspirei. "Depois essas mensagens se tornaram ligações ameaçadoras... Ele além de me ameaçar, ameaça aqueles que eu amo. E disse que se eu contasse isso a alguém, ele iria me matar. E então veio todas aquelas mortes, e tudo só foi piorando. Ele me observa, eu não sei da onde e nem como, mas ele sabe de tudo o que eu faço! E tenho certeza que ele está me vendo agora." Contei. "Por favor, não deixe ele me machucar ou machucar a minha mãe!" Pedi.

"O que você foi fazer na praça?" Ele se apoiou na mesa, cruzando os braços.

"Hoje, na escola, eu recebi uma mensagem dizendo que eu tinha que ir até o banheiro feminino e entrar na última cabine e que quando eu chegasse lá, haveria novas instruções. E eu fui." Suspirei lembrando.

"O que tinha lá?" Ele me interrogava.

"Tinha uma frase na parede, escrita com uma caneta preta." Respondi

"O que dizia essa frase?" Ele continuou.

"Eu não me lembro direito... Hmm.. Acho que era : Aonde começa, termina.... Não! Não era isso. Lembrei. Estava escrito: Onde tudo começou, vai ser onde tudo terminará.." Conclui.

O delegado ficou repitindo essas palavras por um tempo e anotava algumas coisas que eu não pude ver o que eram.

"E então?" Ele pediu para que eu continuasse.

"Ele me ligou, me dizendo para ir até a praça as 20:30.. E quando eu cheguei ele me fez andar em círculos. Acho que ele estava ganhando tempo, até vocês chegarem no momento exato e então eu vi a caixa azul e a abri...Como estava escuro, eu não vi o que tinha dentro da caixa e então peguei o objeto que lá estava.. E era.."

"Uma faca cheia de sangue." Ele completou. "Já fizeram o DNA, e o sangue é do Bieber, Justin Bieber." Fiquei pálida ao ouvir aquilo .

"Do J-Justin? Mas faz um tempo que ele morreu... Será possível que o louco guardou sangue dele?" Perguntei.

RUN - H.S   ‡concluída‡Onde histórias criam vida. Descubra agora