Capítulo 36

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Delegacia de National City - 02:45 AM.

*Manchavelli*

"Minha senhora tenha calma!" Tentei acalmar aquela mãe que gritava.

"CALMA? A MINHA FILHA ESTÁ MORTA E VOCE QUER QUE EU TENHA CALMA? A CULPA É SUA! SOMENTE SUA, MANCHAVELLI!" A senhora que acabará de perder sua filha gritava.

...

Depois que a mãe de Elisa saiu da delegacia, acabei me sentindo culpado. Eu deveria ter ido atrás dela e se eu tivesse feito isso agora ela não estaria morta.

*Elisa* - Morte de Elisa

Eu seguia o caminho de volta para minha casa depois daquela festa louca, eu estou meia bêbada e não tô vendo direito, minha amiga iria me levar, mas ela brigou com o namorado dela é foi embora mais cedo. O único problema é que tenho que passar em frente daquela floresta estranha e isso realmente me assusta.

"O que uma garota faz sozinha há essa hora da madrugada?" Uma voz dizia atrás de mim em um tom rouco e eu me virei para tentar enxergar a pessoa.

"Eu? Eu apenas estou voltando pra casa." Volto a andar em agora passos mais rápidos, mas sinto que ele me segue o que só me faz aumentar a velocidade agora já correndo.

"Ora, princesa não corra de mim!" O Homem riu e eu entrei na floresta correndo tentando despista-lo o que não foi uma boa idéia.

A minha respiração estava pesada, eu fiquei atrás de uma grande árvore, eu corri tanto que eu já estava no meio daquele lugar horrível. Eu não estava escutando mais nada, apenas o vento balançava as folhas, estava tudo silencioso demais.
Onde ele está? eu pensava com medo de sair dali e dar de cara com ele.

"Vamos mesmo fazer esse jogo, querida? De caça e caçador? Sério? Okay, como quiser." Ele disse alto, para eu escutar em bom som.

Aquilo não poderia estar acontecendo! O que eu fiz para merecer isso? O meu medo só estava aumentando, meu coração estava a mil e a minha respiração saia com dificuldade. Eu não podia ter corrido tanto pelo fato de eu ter asma, mas o que eu iria fazer?

"Shhiiiii querida, eu te achei." Ele disse tampando a minha boca com um paninho Sorrindo, eu só queria gritar o que não ia adiantar nada. Não demorou muito até que eu desmaiasse.
....

Acordei em um lugar desconhecido, era um tipo de sala e eu estava presa a um tipo de maca de alumínio que prendiam meus braços e pernas, como se fossem fazer experiências comigo.

"POR FAVOR! ME TIRA DAQUI! EU NÃO TE FIZ NADA!" Eu já gritava chorando e com dor nos pulsos por estar muito apertado.

"Olha finalmente acordou ein! Você dorme demais Elisa." Ele falava como se me conhecesse apesar de eu achar sua voz familiar.

"ME TIRA DAQUI! POR FAVOOOOR!" Eu já dizia em choro e ele balançou a cabeça negativamente.

"Sempre assim! Todos a mesma coisa. Você vai morrer pronto e acabou. Lide com isso, amor." Ele dizia enquanto eu o encarava incrédula chorando pela minha morte que iria acontecer em breve.

"Não! Por f-favor!" Eu suplicava em soluços enquanto ele colocava uma fita em minha boca para abafar o som.

"Eu sempre gostei de ciências sabe? É interessante saber como o corpo reage as coisas." Ele disse aumentando o volume do rádio que tocava música clássica enquanto pegava uma caixinha que dava choque, o que fez meus olhos se arregalarem.

"Calma querida, só vai doer MUITO!" Ele sorriu grudando os fios em meu corpo girando a peça que ligava a caixa.

Aquilo fez o meu corpo todo se contorcer, eu sentia meu corpo tremer por dentro e queimar, era doloroso demais. Eu tentava gritar, mas eu já estava sem ar.. Dali ele não parou, me dava vários choques e eu sentia ele aumentar a intensidade de cada um.
Assim que ele terminou, saiu da sala pouco iluminada por uma luz fraca me deixando só por uns instantes, quando ele voltou trazia em sua mão um bisturi e uma tesoura e me encarou sorrindo se aproximando de mim.

"Sabe, eu sempre quis ser médico.. Eu sempre amei o fato de ser a chance da pessoa viver ou não, sempre amei ver sangue. Eu queria ser cirurgião. Você vai ser minha cobaia, vamos ver se eu acerto dessa vez." Ele disse colocando luvas de cirurgia e uma máscara de médico. "Vamos começar! Sem anestesia para ficar mais emocionante e doloroso."

O suor frio escorria pelo rosto, tudo que eu sentia era o medo! Ele rasgou a minha blusa cinza e começou a cortar bem devagar e eu estava lá tentando gritar já perdendo o sangue, ele descia tão fácil com aquele pequeno objeto talvez ele realmente tenha nascido para ser médico se ele não fosse LOUCO. Assim que ele chegou ao fim do corte, ele me abriu e eu ainda estava viva para ver o meu corpo por dentro, ele fazia cortes como se estivesse tentando fazer algum recorte profissional, que representasse algo, mas tudo que representava era dor. Eu, Elisa morri ao som de Beethoven.

RUN - H.S   ‡concluída‡Onde histórias criam vida. Descubra agora