RUN - H.S ‡concluída‡

Capítulo 53

Eu fiquei arrasada.

Devastada.

Quebrada.

Eu me sentia um lixo, talvez eu fosse, já me sinto assim há muito tempo. Não tem nada de novo nisso, mas terem ido para cima de mim... uau.

Eu realmente não esperava.

Eu merecia tudo aquilo? Merecia mesmo? A culpa é realmente minha? Porque é? O que eu fiz demais? Nasci? Eles acham que eu estou bem com tudo isso???? Porra, eu perdi a minha melhor amiga e meu pai, provavelmente minha mãe ou o Harry podem ser os próximos da lista e eu não posso fazer nada. Eu também estou perdendo pessoas e estou me machucando, e eu me sinto tão péssima, eu nem quero sair da droga do meu quarto, não queria envolver ninguém nisso, a culpa nem é minha, mas acabou se tornando.

"Ei , amor? Está melhor?" Harry pergunta me tocando.

"Não." Eu nem tenho como mentir.

"Eu sei.. Me desculpe por ter te deixado sozinha, não vai mais acontecer." Ele se explica.

"Você é meu namorado, não meu segurança." Respondo.

"Parece que agora vou ser os dois." Ele sorri, acalmando meus batimentos.

"Harry, você não tem essa obrigação.." Ele não tem.

"Agora tenho, sua segurança é minha prioridade! Depois do seu amor." Ele me rouba um selinho rápido.

" Harry..." Não queria envolvê-lo mais.

" Nem tenta." Ele sorri mais uma vez.

Eu amo esse homem.

Conversamos por algum tempo, era bom me abrir com alguém que eu confiava, mas é estranho confiar em alguém. Eu tenho medo até de respirar, confiar em uma pessoa parece ser demais pra mim. Eu me sinto só.

Falamos com o diretor e ele nos liberou, entendeu a situação, realmente foi compreensivo e isso confortou meu coração.

"Tudo bem, Luna! Não precisa se preocupar com nada, imagino que sua situação não esteja sendo nada fácil." Ele falou como se pudesse me ler.

"Obrigada por me entender, diretor." Agradeci.

"Não precisa agradecer, se alimente bem e durma bem, certo?" Ele sorriu gentil.

"Certo." Devolvi o sorriso, primeiro sorriso do dia.

Era bom ver que tinha pessoas do meu lado, pessoas sensatas.

"Vamos, Lu?" Harry me chamou.

Me despedi do diretor e agradeci o mesmo, sai do inferno, no caso a escola e entrei no carro com o melhor cara do mundo todo.

"Se sente um pouco melhor?" Ele perguntou colocando uma de suas mãos na minha coxa esquerda.

Mas sem malícia alguma, foi um ato de descanso e preocupação, solidariedade.

"Me sinto melhor quando estou com você, Harry." Falei e ele sorriu selando nossos lábios.

Ele ficou felizinho com a minha fala, em vista do Harry, eu sou uma péssima namorada. Ele é tão fofo e amoroso, e eu sou tão...eu.
Ele merecia alguém melhor.

~ minutos depois

Fomos falando sobre coisas aleatórias, de sabores preferidos à séries de TV. Era bom me distrair e percebi que Harry estava fazendo isso comigo. Me distraindo.

" A princesa está entregue." Ele sorriu.

"Tô mais pra bruxa." Falei e ele riu, uma risada encantadora, gostosa de ouvir.

"Vai pra casa, bruxinha. E nem pense em sair sozinha, senão quebro sua vassoura." Ele me ''alertou''.

"Você é de qual casa ein, Harry?" Perguntei.

"Da minha ué, você já foi lá." Ele me olhou sem entender.

"Estou falando sobre Harry Potter." Revidei meus olhos e ri.

"Ah, claro que sou da Grifinória." Disse todo orgulhoso.

"Eca, eu não gosto mais de você." Falei e ele me olhou mais confuso que antes. "Sou da Sonserina, com muito orgulho. Melhor casa."

"Tava na cara que você era dessa porcaria ai, orgulhosa, vaidosa, pipipi minha casa é a melhor popopo sou a melhor. Credo." Falou ele fazendo caretas.

Eu namoro um cara da Grifinória? Ah não, HP é coisa séria.

"Me chamou de egocêntrica?" Perguntei

"Chamei." ele cruzou seus braços e depois me encarou.

"Nada que um socão na boca não resolva." Encarei o mesmo.

"Agressivaaaaa." Prolongou ele no a.

"Você é um pouco gay às vezes." ri.

"Esse é o problema de conviver apenas com mulheres." Ele deu de ombros.

Sorri e dei um selinho no mesmo, ele corou.
Ele sente vergonha uau.

"Tão derrepente?" Me olhou surpreso.

"Tchau, Harry." Sorri e entrei em casa.

Lar, doce lar.

Quando me joguei no sofá, me deparei com um bilhete em cima da mesa, me levantei e fui buscar.

O papel estava dobrado, então o desdobrei e abri, revelando assim uma caligrafia.