Capítulo 30

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Casa de Luna - 21:00 hrs.

*Mary (Mãe de Luna)*

Algo estranho estranho estava acontecendo nessa cidade, será que tudo aquilo irá acontecer de novo? Luna e companhia não sabem do que houve no passado, e eu prefiro que tudo continue no sigilo. Mas sei que uma hora tudo irá vir a tona e eu, nem os outros pais não poderão mais esconder da minha filha e seus filhos. Helena, a mãe de Hanna perdeu sua filha. E eu não vou aceitar o mesmo destino para Luna. Assim que escutei passos na escada, sai de meus pensamentos. Se Luna me visse pensativa, séria ou desatenta iria perceber que algo não estava certo.

"Boa noite, filha!" Exclamei e sorri para Luna.

"Boa noite, mãe." Luna respondeu desanimada e se sentando.

"O que houve meu bem? Está meia pra baixo." Tentei saber o que estava havendo.

"Mãe, ta tudo dando errado." Ela bufou e enterrou seu rosto nas mãos.

" Como assim, Luna? Filha o que ta acontecendo? " Sentei ao seu lado, colocando a mão em teu ombro direito.

"Eu não to aguentando mais, tem alguém me assustando e eu estou com medo, essa pessoa está me fazendo ameaças, me perseguindo, eu não sei quem é, as pessoas não param de morrer e eu sinto que é culpa minha. Mãe eu não pude ajudar a Hanna. A HANNA MÃE! Ela era minha melhor amiga.. Eu só..." Ela se derrama em lágrimas e eu a abraço.

"Calma meu bem, não foi culpa sua! Você não tinha como saber... Ameaças ? Vamos na delegacia falar com o Manchavelli! Isso não pode ficar assim." Disse.

"NÃO!" Ela me olhou assustada. "Não podemos colocar a polícia nisso mãe! Ele vai me matar, ou pior. Por favor." Ela continuava com o mesmo olhar de pânico.

"Mas Luna..." Ela me corta.

"SEM POLÍCIA!" Ela ordenou e eu assenti com a cabeça e voltei a abraça-la. Luna estava precisando de mim.

Vinte minutos depois Luna pegou no sono, ela parecia um bebê. Fazia tanto tempo que eu não via ela daquela forma, assustada, com medo e agoniada.
Enquanto ela dormia no sofá, subi ao meu quarto e peguei uma coberta para ela, pois aquela noite estava fria. Desci, a cobri e peguei minha bolsa junto com as chaves do carro, e antes de sair, sussurrei um "boa noite."

Dirigi até a delegacia pensando no que Manchavelli iria me dizer. Chegando lá, adentrei o local e assim que Manchavelli me viu já logo me mandou ir até sua sala, andei até o local, tranquei a porta e puxei as cortinas.

"Precisamos conversar!" Exclamei a ele.

"É , eu sei." Ele se sentou.

" Escuta Manchavelli, você sabe o que precisamos fazer! Esse tal assassino esta atrás da Luna e eu não vou permitir que por erro nosso isso aconteça! " Disse com autoridade.

"Eu já procurei em todos os lugares, Mary. Não achei nada. Estamos fazendo buscas, já trouxemos especialistas nisso e sempre nada. O killer é muito bom no que faz." Ele dizia baixo e transtornado por não resolver o problema.

"Temos que contar a eles." Disse olhando para baixo e depois o encarando.

"O que esta dizendo? Não podemos! Perdeu o juízo?!" Ele levantou a voz.

" Não, você quem perdeu o juízo quando convenceu a todos que era melhor todos nós ficarmos em silêncio." O afrontei.

"Você pagaria pelos meus erros, era isso que queria?!" Ele se doeu.

" Era melhor ter pagado antes, do que agora. Sendo que é Luna que esta pagando, e não eu. Acorde Carlos, Adolescentes estão morrendo e a culpa é nossa. Eu não quero perder a minha filha!" Disse em bom tom.

" Eu me arrependo tanto... Eu não queria.." Eu o cortei.

"Agora não há mais tempo para o arrependimento, já está feito. Eu o avisei que estava passando dos limites, mas você preferiu não me ouvir. Agora eles estão pagando o preço." Bufei segurando a minha bolsa.

"Como tem tanta certeza que é isso?" Ele me olhou fixo.

" As mortes. Ele jurou antes de 'morrer' que iria se vingar. Quando você o matou, ninguém nunca achou o corpo dele. Eu não tenho certeza se ele realmente foi se encontrar com os anjos." Assumi.

" Você acha que ele está..." Ele parou de falar.

"Sim, eu acho que o Robby está vivo." Suspirei.

Casa de Luna - 23:47 hrs.

*Luna*

O meu sono estava excelente, até que acordo escutando meu celular tocar. Era apenas o alarme para um programa de comédia, mas eu estava sem pique para vê-lo. Percebi que a casa estava escura e silenciosa, chamei por minha mãe, mas ninguém respondeu. Olhei para a mesinha da sala e pude ver que a chave do carro não estava mais lá. Trabalho. Pensei.

Me levantei, fui até a cozinha, peguei um copo d'agua e assim que o levei até a boca, o telefone de casa resolve tocar. saco. Pensei.Fui até a sala revirando os olhos e o atendi, não havia ninguém na linha. Depois do telefone, meu celular apitou, se referindo a uma nova mensagem.

"Boa noite querida, dormiu bem? Espero que não. Pensa que eu não estou sabendo da nova novidade? Contou para a mamãe não foi? Oh Luna, esperava mais de você. Correu pros bracinhos da mama, como você fazia quando tinha cinco aninhos? Que amor." Sim, o assassino me mandou mais uma mensagem, a qual eu li querendo jogar meu celular contra o chão.

" Não machuque minha mãe! Eu não sabia o que fazer e como sabe de coisas minhas de quando eu tinha apenas cinco anos?" Enviei.

"Pra começar, eu sei de tudo amor. E eu não irei tocar na vadia da sua mãe (ainda não :) ). Tenho mais gente inocente para machucar, coisa que ela não é." O que ele queria dizer com aquilo?

"Como assim? Do que está falando? Porque minha mãe não é inocente?" Perguntei curiosa e angustiada.

"Se acalme Luna, você vai saber de tudo em breve. Não tenha pressa, a verdade vai aparecer. :) Bons pesadelos." Ele parou por aqui e eu não parava de me torturar com suas palavras. O que minha mãe me escondia?


RUN - H.S   ‡concluída‡Onde histórias criam vida. Descubra agora