GT da visita ao inferno (PT.1)

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*sem foto mesmo*
Por Tulio Lombardi

>não me lembro quando
>só lembro como
>eu tinha discutido com minha mãe
>ela estava muito brava
>gritando do banheiro
>eu deitado no sofá da sala
>gritando com ela também
>ela estava com o secador de cabelo ligado
>a porta do quarto dela estava aberta
>luz acesa
>dava pra ver a luz bem claramente pelo corredor
>o secador desliga
>ela dá um berro
>a luz do quarto se apaga
>a forte luz amarela que estava no corredor foi substituída por uma luz vermelha e fraca
>fico em pânico, mas tento me acalmar
>afinal sou ateu
>isso não poderia ser nada sobrenatural
>com certeza tinha uma explicação científica
>ao menos eu achava que tinha
>começo a sentir uma presença junto a mim
>NÃO. ISSO É ALGO DA MINHA CABEÇA
>eu gritei
>nesse instante eu apaguei
>ao acordar estava amarrado numa Cruz
>sem roupas
>meu corpo todo ardia
>estava todo arranhado e machucado
>QUE PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI?
>exigi uma explicação
>não tive resposta
>quando eis que surge
>dois seres
>estão na sombra
>não consigo definir a aparência deles
>um deles sai da sombra
>era uma mulher
>uma linda mulher
>exceto por dois detalhes
>chifres
>ela tinha chifres
>asas
>asas negras cobertas pelo que parecia sangue
>penso que aquilo só poderia ser um sonho
>demônios não existem
>eu não acredito nisso
>o que eu não acredito não pode me fazer mal
>ou será que pode?
>obtive a resposta pra essa pergunta naquele dia
>e sim
>o que você não acredita pode te fazer mal
>ela começou a me beijar
>enquanto acariciava meu pênis com a mão
>eu estava excitado
>porém com medo
>ela começa a chupar meu pênis
>que sensação deliciosa e amedrontadora
>começo a gostar daquilo
>NÃO
>EU NÃO POSSO GOSTAR DISSO
>EU QUERO IR PRA CASA
>ela começa a chupar minhas bolas
>aquilo seria muito delicioso
>se não fosse tão amedrontador
>se eu não estivesse quase me cagando de medo
>não sabia o que fazer
>o medo tomava conta da minha mente
>ela Morde minha bola direita
>VADIA
>eu grito
>aqueles dentes... Ah.. Aqueles dentes
>dentes afiados como navalha
>arrancaram minha bola
>ela engole
>parece ter gostado muito disso
>mas eu não
>eu estava morrendo de dor
>chorando
>queria acordar
>algo assim não pode ser mais nada além de sonho
>foi o que eu pensei
>mas não era
>as sensações
>a dor
>tudo era muito real pra ser um sonho
>eu chorava de dor e ódio
>muito sangue caia
>mas eu não morria
>não entendia isso
>tudo isso só pra me ver sofrer?
>resolvo ir contra tudo que acredito
>resolvo ir contra a ciência
>dou um grito
>SATÃ, VOCÊ ESTÁ AÍ? É VOCÊ QUE ESTÁ FAZENDO ISSO COMIGO?
>nada
>um silêncio
>eu começo a chorar mais ainda
>a criatura que estava na sombra dá três passos a frente
>consigo vê-la
>alta. Muito alta
>deve ter quase dois metros e meio
>asas douradas com listras pretas
>e sangue
>muito sangue em suas asas
>não possuía chifres, e sim uma coroa
>uma linda coroa negra
>porém brilhava
>tinha um brilho próprio
>Fernando, trinta e sete anos, milionário, engenheiro, morava com a mãe, com a mulher e com dois filhos, uma menina de oi...
>interrompo ele e pergunto que diabos está acontecendo e porque eu estava lá
>diz que se eu interromper ele novamente ele arranca minha outra bola e me faz engolir
>me calo
>ele continua
>"uma menina de oito anos e um menino de seis."
>diz que agora posso fazer as perguntas que queria fazer
>ele responde com um sorriso sádico "Você morreu, por isso está aqui"
>pergunto porque diabos eu estava lá, por que não fui julgado e já fui direto parar no inferno
>ele diz que não é algo fácil de se explicar, diz que meu corpo ainda está vivo e está num hospital
>diz que minha alma está sendo julgada
>mas conseguiu permissão pra brincar comigo enquanto o julgamento acontece
>começa a ler uma ficha
>estupros
>assassinatos
>ele está lendo meus crimes
>estou ferrado...

GT's DE TERROR 10/10Onde histórias criam vida. Descubra agora