HORROR NA ESCOLA (GT)

388 6 0
                                    

Reescrito por Greg Sousa

/cc/
Peguei de uma creepypasta e transformei para GT (corrigindo
todos os erros claro), boa leitura

>- se apresse, menino! Vai se atrasar! (Gritava Íris para o filho)
>já passava do meio-dia e Bruno ainda não estava pronto para almoçar e ir para a escola.
>na verdade, ainda estava só de cuecas e metido embaixo das cobertas quando sua mãe chamou.
>na noite anterior o Telecine Cult transmitiu "O Exorcista", clássico que ele apenas ouviu falar, mas nunca havia assistido.
>sempre lhe disseram que era o filme mais assustador de todos os tempos
>o que despertou sua curiosidade quando viu que no final da tarde passada estaria em exibição.
>o horário marcado era 02:25, Bruno precisou deixar o despertador ligado para não perder a hora.
>então deixou a TV de seu quarto em volume baixo para não atrapalhar o sono de seus pais e logo em seguida receber uma bronca
>em seguida assistiu a obra-prima de William Friedkin sem medo, do auge dos seus nove anos.
>bom, não exatamente sem medo.
>ao término do filme, já passava das cinco da manhã, as cenas da possessão da garota Reagan não saiam de sua mente.
>era só fechar os olhos que as imagens do vômito verde, o giro da cabeça, a masturbação com o crucifixo (que ele sequer entendeu bem) ou a levitação, teimavam em surgir na sua mente.
>claro que ninguém saberia disto, já que seria humilhante para um homem admitir que ficou com medo de um filmezinho bobo, assim pensava.
>o sono só chegou muito tempo depois do Sol raiar e iluminar parcialmente o quarto do garoto.
>ainda que tivesse medo de que, a qualquer instante, sua cama fosse começar a balançar, sentiu-se mais seguro sendo dia e os pais estarem acordados.
>quando escutou o pai ligar o chuveiro caiu no sono quase instantaneamente.
>não teve pesadelos. Na verdade, nem teve certeza se dormiu, tinha a impressão de num instante fechar os olhos e no outro ser despertado pela mãe.
>preguiçosamente, vestiu a primeira camiseta que sua mão tocou e dirigiu-se para o banheiro, semi-acordado.
>lavou o rosto, escovou os dentes, urinou abundantemente (não o fazia há mais de dez horas) e tomou um banho rápido.
>quase frio, mais para despertar do que para higienizar-se.
>após fechar o chuveiro e apertar a toalha contra os olhos ao secar-se, já se sentia mais disposto.
>o cheiro da comida da mãe era delicioso.
>o aroma do feijão bem temperado atiçou o estômago de Bruno logo que ele saiu do quarto, já vestido para o colégio.
>tinha fome. E agradecia a Deus pelo cardápio não trazer sopa de ervilhas. 
>Bruno estava no segundo ano. Era um dia bonito de outubro, em plena primavera, com o Sol brilhando e uma leve brisa impedindo que o calor insuportável se instalasse.
>exatamente para aproveitar a tarde, a professora resolveu antecipar a Educação Física, que estava programada apenas para o próximo dia.
>- não é dia de ficarmos trancados na sala! [Dizia animadamente Fernanda, a mestra, que na verdade era uma estagiária e não tinha idade nem para ser mãe dos seus alunos].
>Bruno gostava de futebol, mas, após dormir pouco e ter comido rapidamente no almoço, não se sentia muito animado para jogar.
>mesmo assim, acabou atendendo o pedido de seus colegas.
>e principalmente porque Marianne, a menina que ele gostava, estava olhando,então decidiu jogar um pouco.
>bem pouco, na verdade. Já que cinco minutos após entrar na quadra, uma bola afortunadamente acertou seu nariz, após um colega do time adversário chutá-la forte e sem direção.
>Bruno caiu de costas, enquanto enxergava raios de todas as cores e formas graças a bolada.
>Fernanda chegou a correr para acudí-lo, mas as risadas dos colegas, juntamente com a vergonha de ter feito papel de bobo à frente da mulher da sua vida trataram de reanimá-lo imediatamente.
>nuvens começavam a se formar, escondendo o Sol.
>a brisa já começava a tomar forma de vento e, por precaução, Fernanda decidiu que era melhor retornarem à classe.
>mais cansado ainda após tentar exibir-se para Marianne e ser nocauteado, passando o resto da aula emburrado, Bruno sentou-se pesadamente em seu lugar, no fundo, próximo à janela.
>e se pôs a conversar com Jean, seu colega e melhor amigo.
>- e aí? Viu o Exorcista ontem? [perguntava Bruno]
>- pior que não. Meus pais não me deixaram ver e…
>- ah! Não mente, cagão!
>- sério, cara! Eu ia olhar sim!
>- aham, sei… Tava é com medinho, seu viado! Eu olhei todo e…
>- meninos… [interrompia a professora] Abram seus livros, agora é hora do conto.
>- viadinho… [disse Bruno para Jean, quase inaudível, com um sorriso de canto de boca]
>a hora do conto, para Bruno, era tédio puro.
>nunca gostou muito de ler, nem mesmo quadrinhos. Se ler já era chato, dizia, imagina alguém ler para você!
>e a história de hoje era João e Maria, um conto que ele já ouvira umas quinhentas vezes e que achava muito infantil.
>mesmo assim, resolveu acompanhar a professora Fernanda no seu Livro dos Contos.
>um calhamaço com cinquenta histórias que os alunos receberam no início do ano letivo.
>a chuva começava a cair, de imediato Bruno bocejou, mas seguiu acompanhando a fábula.
>quando chegou na parte em que João e Maria encontraram a casa de doces na floresta, Bruno embaralhou a vista e quase não distinguiu as letras do texto.
>quando João ofereceu um graveto para a Bruxa tocar, no lugar de seu dedinho, Bruno cochilou sobre o livro.
>acordou de sobressalto, com o barulho do granizo batendo no vidro da janela.
>de olhos arregalados, percebeu que estava sozinho na sala. Percebeu que estava com muito frio. Percebeu que já anoitecera…
>de tarde, quando saiu do banho e vestiu-se para ir à escola, usava apenas uma calça jeans e uma camiseta gola polo, e saíra reclamando do calor.
>- leva uma blusa, pois esfria de tarde! [disse-lhe sua mãe].
>Bruno não lhe deu ouvidos, como era esperado. Desta vez, porém, arrependia-se.
>o termômetro da sala, que a tarde registrava 25°, agora marcava 5°. Um frio atípico para a estação.
>com os braços cruzados sobre o abdômen, caminhou até a porta, rezando para que não estivesse trancada.
>um arrepio correu pelo pescoço quando tocou a maçaneta, sentindo todos os pelos do corpo se eriçarem, mas, felizmente, estava destrancada.
>o frio fora da sala era estranhamente menos intenso.
>porém, o corredor estava às escuras, bem como toda a escola.
>pelo que o garoto lembrava, o interruptor se localizava em uma pilastra próxima à escada, há uns cinquenta passos de onde ele estava, segundo suas contas.
>não queria passar a noite ali, mas, principalmente, não queria permanecer no escuro.
>aguardou seus olhos acostumarem com a penumbra e, guiando-se pela parede, saiu para o corredor.
>mentalmente ia contando os passos, quase não respirando de tensão, ouvindo o barulho do granizo no telhado.
>vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove…. O frio retornava com força. Agora ele podia ver nuvens de ar a cada respirada.
>quase pensou em voltar correndo para a sala de aula, mas agora estava mais perto do interruptor, então decidiu acelerar o passo, quase correr.
>quarenta, quarenta e um, quaren… seus pés pisaram em algo molhado e viscoso.
>mal teve tempo de registrar isto, pois vislumbrou a pilastra quase ao alcance das mãos.
>deixando o apoio da parede, Bruno correu onde se lembrava que ficava a chave de energia.
>seus dedos tocaram imediatamente as teclas e fez-se a luz!
>com o corredor perfeitamente iluminado, Bruno teve um hiato de cinco segundos de uma tranquilidade razoável.
>até registrar uma poça de sangue a menos de dez metros de onde ele estava.
>seus olhos se voltaram primeiro para as pegadas rubras que seus tênis deixaram pelo caminho
>e em seguida para o teto, sobre a poça, de onde pendia o corpo do senhor Mauro, o zelador da escola.
>estava nu, pendurado pelos pés através de uma corda fixada em um suporte de uma das luminárias.
>uma perfuração no centro do peito e o rosto completamente vermelho, com um semblante de sofrimento, davam a ideia de que sangrara até morrer.
>as pernas de Bruno fraquejaram, seu estômago se contorceu, querendo expulsar o almoço.
>inclinou-se sob o parapeito e, segurando-se nas barras, vomitou.
>o som ecoava na escola vazia. Pálido, ainda tremendo, contornou a poça e correu para o andar de baixo.
>o térreo estava iluminado somente pelas luzes do segundo andar.
>o hall de entrada da escola tinha uma porta dupla de um vidro transparente, dando direto para o pátio principal.
>Bruno correu direto para lá, e forçou uma das folhas.
>sem sucesso.
>a porta, além de trancada a chave, possuía uma corrente unindo os puxadores, do lado de fora, com aros grossos, e um cadeado.
>desesperado, jogou-se contra o vidro, que devolveu o mesmo impacto, atirando-lhe ao chão.
>um trovão ribombou no pátio, sobre uma das traves de madeira da quadra de futebol.
>o fogo imediatamente começou a consumir as goleiras. Com dificuldade, Bruno levantou-se, apoiando o corpo nos pesados vasos de planta que ali haviam.
>devido ao breu da noite, não havia percebido algo nas traves que, agora, devido ao fogo, podia ver melhor:
>professora Fernanda, sem roupas, pendurada pelo pescoço em uma corda no meio do travessão e com as mãos amarradas às costas tremulava ao ritmo do vento.
>Bruno ficou em estado de choque.
>estático, permaneceu olhando fixamente para o pátio, com os olhos arregalados e a boca aberta.
>só saiu do transe quando o fogo consumiu a corda e Fernanda, com os cabelos em chamas, caiu no chão de concreto. 
>ele precisava sair dali, tinha de achar uma saída, não queria ficar preso naquela escola.
>sem ação, lembrou-se dos banheiros, que ficavam bem próximos da entrada.
>cada compartimento possuía uma janelinha. Ele teria de tentar.
>disparou na direção dos sanitários mesmo quase sem visibilidade, com a adrenalina em alta.
>nem percebia que chorava até as lágrimas salgadas chegarem à sua boca.
>meio trôpego, Bruno deu com o nariz na porta do banheiro masculino.
>testava a maçaneta insistentemente, quase a arrancando da fechadura, mas nada acontecia.
>frustrado, encostou a testa na madeira e começou a chorar copiosamente, deixando-se deslizar até o chão enquanto soluçava.
>foi em meio às lágrimas que, olhando para a escada que conduzia ao segundo andar, vagamente iluminada, um movimento chamou-lhe a atenção:
>envolto em algo que parecia uma toga com capuz, um Ser praticamente deslizava rumo ao andar de baixo através dos degraus.
>lentamente, o Ser virou a cabeça na direção de Bruno. Um par de olhos estrábicos, de um violeta vivo, fitaram o garoto.
>da fenda negra abaixo do nariz, bem evidente devido a pele pálida, um largo sorriso com dentes disformes e amarelados surgiu. A coisa apontou um dedo para Bruno:
>- você… [a voz era quase um ronronado de um gato] Quero você…
>a bexiga do menino soltou-se nesta hora. Nem percebeu o mijo quente escorrer por entre as pernas.
>a sua mente de garoto não havia lhe sugerido tentar o banheiro feminino.
>era algo errado, proibido.
>mas Bruno não mais importava-se com bons modos e, antes da criatura entrar na curva da escadaria, testou a porta do sanitário das meninas. Quase gargalhou ao achá-la destrancada.
>encostou-a sabendo ser inútil, já que não tinha a chave, mas não se preocupava com isto.
>precisava ser rápido, podia sentir o farfalhar da toga nos degraus da escada há menos de trinta metros.
>aliviou-se ao achar a tomada e ter o cômodo inteiramente iluminado.
>o banheiro feminino tinha três compartimentos, e, instintivamente, dirigiu-se ao central. Ao abrir a porta sentiu uma nova onda de horror:
>Jean estava sentado, com as calças abaixadas. O colega de Bruno fora decapitado, e só foi reconhecido pelo amigo graças a camiseta da banda Oasis, que usava frequentemente, agora ensopada de sangue.
>tornando a cena ainda mais bizarra, Jean segurava em suas mãos, na frente de sua virilha, a cabeça de Marianne, que mantinha a boca escancarada em um eterno O e os olhos abertos sem vida e sem íris.
>pela primeira vez na noite Bruno gritou, e cambaleou de costas até encostar na parede, afastando-se daquele cenário aterrador.
>o ar parecia impregnado com o cheiro pesado de sangue. Um gosto de bile subiu à garganta do rapaz quando escutou passos vindo do exterior do banheiro.
>impelido pelo medo, entrou no compartimento central, e puxou o amigo morto para o lado, a fim de subir no vaso.
>ao deslocar Jean, o defunto derrubou a cabeça de Marianne.
>o barulho foi semelhante ao que se ouve ao atirar um peixe sobre uma tábua de madeira. A janela abriu sem dificuldade no exato instante em que a porta rangia ao ser aberta lentamente.
>Bruno subiu na caixa descarga, escorregadia devido ao sangue, e içou-se pela pequena abertura acima.
>em três segundos estava do lado de fora, estatelado na relva, de costas para cima.
>virou-se a tempo de ver o rosto pálido do Ser na janelinha, ainda a lhe sorrir.
>a chuva era fria, as roupas estavam empapadas, Bruno tremia e batia queixo.
>levantou-se e caminhou em direção ao portão da escola. Um cheiro de carne de porco assada chegou ao seu nariz ao passar próximo do corpo fumegante da professora.
>ela havia caído de lado, e não era mais do que um esqueleto envolto em pele negra ressecada, mas com os olhos estranhamente vivos a fitar o garoto.
>o granizo castigava-lhe o corpo franzino. Estava exausto, machucado pela queda, chocado com tudo que havia passado, mas resistia à entrega bravamente.
>precisava sair daquele inferno e buscar ajuda.
>estava a menos de dez metros do portão quando uma pedra de gelo do tamanho de uma bola de pingue-pongue o acertou no supercílio, o derrubando de joelhos.
>com a visão turva, levou uma das mãos ao machucado e se assustou quando as pontas dos dedos se mancharam de sangue. SEU sangue.
>apoiando um braço no solo, levantou-se novamente e deu dois passos até que uma nova pedra de gelo, desta vez quase do tamanho do um punho fechado, atingiu-o na face, jogando-o no chão lamacento.
>um gosto ferroso de sangue inundou sua boca enquanto a chuva de granizo ganhava força, judiando-o por inteiro.
>mesmo no frio sentia o corpo arder nos locais em que era atingido.
>num ato de desespero levou as mãos ao rosto para se proteger. Parecia que todo o granizo do mundo havia o escolhido para alvo.
>ao virar-se de barriga para baixo instintivamente, a fim de proteger os órgãos vitais, uma última pedra atingiu-o na nuca.
>Bruno perdeu os sentidos em meio a tempestade, enquanto uma poça de sangue aquoso formava-se ao redor de seu corpo.
>...
>um barulho contínuo trouxe-o de volta.
>estava deitado em uma cama branca, num quarto branco, com uma pessoa de branco à sua frente.
>tinha dificuldade para abrir os olhos, que estavam bem inchados.
>mas, ao vislumbrar a mãe sentada na poltrona a seu lado, quase fez o globo pular da cavidade.
>a mãe foi até ele e o abraçou levemente enquanto chorava silenciosamente, evitando forçá-lo muito.
>- eu… [Dizia Bruno, quase sussurrando] eu tô vivo? Mãe?
>- sim, filho! Sim! [Íris começava a chorar mais alto] Deus é bom!
>- mas… mas como me acharam?
>a mãe olhou para o doutor, que lhe devolveu o olhar, meio embaçado, piscando através dos óculos de lentes esmaecidas.
>- a diretora ligou, filho. Você bateu com a cabeça na quadra jogando bola, lembra?
>- eu? Quando?
>- há dois dias, Bruno. [Respondeu o médico, por baixo da máscara cirúrgica] Desde então você apenas dormiu, até agora.
>a cabeça de Bruno voltou a doer, sentiu o mundo girando. Sua mãe segurava seu pulso.
>- tudo bem. [continuou o doutor] É uma reação natural de quem sofre algum trauma no crânio. É melhor deixá-lo descansar mais um pouco, dona Íris.
>a mãe acomodou-o no travesseiro. Um sorriso brotou no rosto de Bruno.
>agora percebia que estava nu, provavelmente devia ter urinado nas roupas e foi preciso trocá-lo, mas era uma humilhação que poderia suportar.
>- o que foi, filho? Por que o riso?
>- nada não mãe, um negócio que sonhei, só isso.
>- deve ter sido um sonho e tanto. [Disse o médico] Você dormiu por quase dois dias inteiros. Dormindo você se recuperaria mais rápido.
>Bruno viu o médico introduzir uma seringa no frasco de soro que estava conectado ao seu corpo.
>- o que é isto, doutor?! [perguntou o rapaz]
>- ah. É um negocinho para você dormir mais um pouco. Ainda não está bem, bem. Mais um dia de recuperação e já vai poder voltar até a namorar. [o doutor piscou para Íris, e um sorriso de alívio surgiu no rosto da mãe, em meio às lágrimas incessantes]
>Íris abraçou o filho uma vez mais. Sua testa já não estava febril, o que aliviou ainda mais a mulher.
>após um beijo no rosto, a mãe de Bruno deixou-o só com o médico.
>o menino já sentia a sonolência lhe dominar enquanto seus olhos percorriam o quarto de hospital.
>um instante mais tarde, seu olhar parou em seus tênis, colocados sobre a roupa dobrada que usava quando foi a escola na última vez, em cima de uma cadeira.
>na sola, Bruno notou manchas vermelhas, como se ele houvesse pisoteado em beterrabas cozidas.
>aflito, mas sem forças, olhou para o doutor, parado aos pés da sua cama, com uma segunda ampola nas mãos
>o médico baixou a máscara e sorriu, exibindo seus dentes amarelados e podres, e aproximou-se de Bruno.
>através dos óculos, o garoto viu com incredulidade e terror os olhos vesgos cor de violeta.
>então falou, abaixando o rosto próximo o bastante para que seu paciente sentisse o hálito putrefato:
>- bons sonhos, menino. Descanse em paz.
>depois disto, o mundo de Bruno foi tomado pelas trevas.
>...

GT's DE TERROR 10/10Onde histórias criam vida. Descubra agora