GT do Anjo da Morte

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GT O Anjo da Morte

>ano 2014
>era 17 de abril, uma quinta feira
>ultimamente tudo vinha dando errado
>precisava relaxar, descansar um pouco
>sexta feira ia começar minhas férias
>pensei em algo que pudesse me trazer paz
>meu avô tinha um sítio um lugar bem distante e calmo
>o sítio era daqueles antigos com casarão e tinha uma represa enorme
>logo pensei em tirar um semana de pesca e sossego com muita cerveja
>mas meu vo sempre contava historias macabras do sítio
>a noiva, o demonio, o anjo da morte e etc...
>não queria ir pra la sozinho
>peguei meu celular
>mandei mensagem pra dois amigos
>irmãos pra falar a verdade
>eles nunca negaram uma boa pescaria
>combinamos de partir sexta de madrugada
>enfim ferias hahaha
>preparo minhas tralhas, separo meu cooler
>e partiu
>combinamos de comer um dogao e ir
>era cerca de 4hrs até o sítio
>fomos com o carro do Vini mas quem tava na boléia era o Gu
>tava tudo tranquilo até que o Vini pede pra parar que ia mijar
>vini vai mijar e ficamos no carro
>de repente Vini volta correndo e gritando loucamente
>"vai vai mete o pé Gu, vai poha"
>nós dois ficamos sem entender nada, mas o Gu saiu cantando pneu
>um pouco distante dali
>"que merda foi essa Vini, oque aconteceu?"
>vini: "cara eu tava mijando e vi um homem a cavalo, um cavalo negro com olhos meio que brilhantes..."
>"...e havia algumas pessoas atras dele carregando um caixão, ai ele parou e ficou me encarando e do nada desapareceu..."
>eu e o Gu começamos a rir sem parar
>ainda mais quando percebemos que o o Vini tava todo mijado
>ele ia ser zoado pra sempre
>quando paramos, penso ja ter ouvido está historia outra vez mas deixo pra lá
>chegamos na entrada do sítio, e que lugar medonho
>uma estradinha de barro, com árvores ao redor
>um clima gelado e um silêncio torturante
>bem vindos ao sítio
>toda vez que vou pra la esse clima me traz sensações ruins mas...
>quando chego na casa meu veio estava me esperando
>aquele cafezinho passado na hora e um bolo de fuba
>meu vo era viúvo então sempre ficava feliz com as visitas
>ja me sinto confortável e pronto pra relaxar
>gu queria deixar Vini ainda mais com medo
>resolvemos pedir pro meu avô contar as histórias que ele diz ter vivido
>ele adorava contar essas histórias
>história vai e vem, Vini já tava quase se mijando de novo
>ca entre nos, eu também tava me cagando
>vini: "seu José conhece alguma história de um homem montado em um cavalo negro?"
>meu vo muda completamente
>"como você sabe? Quem te contou? Foi você maicon?"
>"eu ?? Eu na faço ideia isso é coisa do Vini"
>vini explica o ocorrido
>meu vo para por um instante e diz de um jeito meio triste
>"nos do sítio chamamos ele de o Anjo da morte..."
>vini: " eu sábia, viu?! eu vi eu nao estou louco"
>meu vo então nos conta a história
>"o anjo da morte se apresentava como homem
>ele é misterioso, veste roupas negras e um chapeu
>carrega sua lamparina sempre apagada
>seus olhos são azuis com um certo brilho
>mesmo o olhando nao é possivel ver sua face
>monta um alazão robusto, negro e de olhos brilhantes como uma chama
>na sua retaguarda fica os "perdidos"
>eles carregam um caixão
>o caixão daquele que olhou o Anjo
>diz a história que o Anjo aparecia para aquele que está para morrer
>e em alguns dias a pessoa chegaria a seu destino final...
>no fim do conto meu avô estava meio abatido
>diferente da pessoa que nos recebeu
>do nada ele abre um sorriso olhando para o Vini e diz
>"relaxa guri isso é apenas historia de velhos do sítio, você deve ter visto um gado"
>vini meio receoso concorda
>"vão dormir molecada mais tarde levo vocês numa galhada boa"
>vini e gu vao dormir e meu vo me pede ajuda pra recolher a mesa
>"maicon lembra que te falei dessa mesma historia quando sua avô morreu?"
>balanço a cabeça em sinal de sim
>"ela me disse que viu o mesmo e quando estava para morrer disse que ja esperava por isso"
>fico chocado e digo que nao tem graça
>meu vo diz que nao era engraçado e sim para mim me preparar
>vou dormir pensando nisso
>nao queria acreditar
>acordamos tomamos aquele cafezao
>ajeitamos as tralhas
>pegamos as cervejas trincando
>e partiu pescar
>no meio do "caminho" percebo Vini cabisbaixo
>ligo Gu e tentamos animalo
>ele até anima mas ainda da pra ver que está pra baixo
>chegamos e meu vo animadao já foi montando as varas
>nem parecia o mesmo de ontem
>varas armadas, cerveja na mão
>e começou a loucura
>mal soltava o anzol e ja batia
>5hrs e já nao havia mais espaço pra peixe no cooler
>isca e cerveja ja acabando
>resolvemos dar aquele tibum
>afinal, o dia todo no sol, nada melhor que um mergulho
>ficamos la boiando sossegados
>vini como sempre resolve nos desafiar para uma corrida
>ele sempre foi mais rapido
>porém nosso orgulho masculino nunca nos deixa arregar
>"1, 2, 3 e já"
>demos braçadas loucamente
>como se valesse nossas vidas
>bom, para um de nos valia
>eu e gu chegamos na galhada
>paramos e olhamos pra ver quem ganhou
>de repente o som de algo caindo na água nos assusta
>olhamos pra trás e era meu avo mergulhando
>ficamos sem entender nada
>percebo que vini nao está ali
>fico perdido, agitado, meu coração batendo muito forte
>"tum....tum...tum"
>sentia algo ruim
>sentia ?! ou era meu psicológico me abalando ?
>cerca de 30s depois
>aqueles 30s que me pareceu 10 minutos, parecia tudo em camera lenta
>meu vo volta com vini nos braços
>aquele filho da pulta quase me matou
>ele volta gritando que nem uma criança
>voltamos pro barco e vini estava la sem falar nada
>perguntamos oque aconteu e ele sequer abriu a boca
>"vamos embora garotos depois conversamos"
>fiquei puto e fui pro meu canto
>chegando la fomos tomar banho
>vini foi o último ficou 1 hora no maldito banho
>quando ele saiu a janta ja estava pronta
>comemos, o comida boa da pega
>vini repetiu umas 2x parecia desesperado
>ele termina, agradece e mete aquele sorrisao na cara
>eu e o gu ja tava puto ai nao aguentamos
>gu: "você ta brincando com nossa cara seu filho da pulta?"
>eu: "ta me zoando? so pode ne caralho"
>ele abaixa a cabeça com o sorriso no rosto
>lagrimas dos seus olhos pigam ao chao
>todos nos ficamos pasmos
>eu: "porque caralhas tu ta chor-"...
>vini: "estou feliz, estou muito feliz, estou com vocês..."
>isso me entristece, parecia uma despedida
>"sabe, hoje no lago... eu, entedi, refleti e aceitei...
>não queria, mas sinto que não tenho muito tempo"
>gu da um soco na mesa com muita força
>"mas que merda aconteceu la? porque ta falando isso?"
>vini respira fundo levanta a cabeça
>"nao sei como explicar, não sei se vão acreditar mas..."
>"assim que começamos a nadar, meu corpo ficou pesado..."
>"e de repente senti algo me puxando pra baixo..."
>"tentei nadar pra cima o mais forte possível, mas era tudo em vao..."
>"enquanto afundava ouvi: não resista"
>"chegou a sua hora, vamos, posso libertar a sua dor e sofrimento"
>vini: "caras estou com medo... muito medo!"
>"mas nao sei... me sinto pertubado e observado a todo momento"
>"inclusive agora, sinto algo aqui, sinto uma atmosfera pesada... triste!"
>"não sei oque fazer, mas sinto que nao tenho muito tempo"
>"então queria passar o meu tempo sempre algre"
>ele da um sorriso tao sincero que me espanta
>logo depois me da uma carta e diz pra eu abrir caso aconteça o pior
>fiquei com uma vontade imensa de bater naquele filho da pulta
>meu vo resolve chamar uma espirita que morava nas resondezas
>ele disse que se for realmente um espirito ela saberia
>a senhora chega a casa
>meu avô disse que todos se refere a ela por Madame Lutz
>parecia uma senhora normal, meio debilitada
>porem era muito observadora
>ela nao sabia quem era quem
>mas mesmo assim passou por todos e parou na frente do Vini
>lutz: "meu jovem sinto um peso nas suas costas, seu coração esta prestes a se corromper"
>"que triste, espero que nao seja tarde... quer me contar oque esta acontecendo? "
>ele fala tudo detalhadamente
>madame lutz nao mostrava reação algum a sua história
>vini então acaba seu relato
>ela pega na sua mão e o olha por alguns segundos
>ela começa a chorar, passou uma sensação de pena para todos nós
>lutz: "entendo... entendo."
>pergunto a ela o porque do choro
>ela me diz que foi porque sentiu o espírito e as emoções do Vini
>madame se levanta diz pra todos no juntarmos
>ela começa a falar frases estranhas como se fosse um ritual
>ao fim nos disse que estava nos 'santificando'
>que isso ia nos encher com positividade
>afastando to mal negativo que queira nos atingir
>ela se espanta por 1s
>fico preocupado pois ela nao havia demonstrado reação até então
>lutz: "meu jovem, você desistiu de viver?"
>vini: " e..eu... apenas aceitei"
>lutz resolve fazer uma sessão, disse que era o último caso
>nos sentamos ao redor da mesa
>ela pede que todos nós nos concentremos no vini e feche os olhos
>para nao nos mexermos ate o fim, e que, somente ela falaria
>"pesso que você que atormenta esse jovem se manifeste, agora!"
>todos quietos
>foram alguns instantes que arrepiavam e te fazia suar frio
>cada segundo parecia minutos...
>"se nao se manifestar terei de apelar para provocações"
>fiquei imaginando
>[essa mulher é retardada? provocação isso e brincadeira de criança?]
>a madame ameaça pegar algo no bolso
>quando do nada passos sao ouvidos pela casa
>pareciam vir dos quartos, precisamente o do vini
>ninguém podia estar lá, simplesmente nao tinha como
>quando esboço que iria ate la conferir
>madame diz: "ele esta tentando distrair vocês, nao aceitem"
>radio começa a tocar sozinho
>"isso nao é um jogo, ja basta, se mostre"
>neste instante o radio para, os passos param
>um frio instanteneo toma a sala
>arrepiei cada pelo do meu corpo
>madame começa a falar
>mas havia duas vozes
>uma delas era limpa, suave e elegante
>~oque queres de mim?~
>"oque quer do garoto?"
>~este jovem cumpriu sua jornada, não há nada que lhe resta aqui~
>"não é você quem deve decidir isso"
>~não se enganes mulher, apenas cumpro meu dever~
>"nao deixarei, me diga seu nome agora"
>~achas que pode me subjulgar mulher, sou aquele que não precisas de permissão~"
>~me comuniquei a vós apenas por luxúria~
>madame então apaga por alguns segundos
>no mesmo momento a sala volta a ficar 'quente'
>parece que tudo esta de volta ao normal
>madame conseguiu?!
>a senhora acorda apavorada
>ja indo embora diz que era uma presença gigantesca
>ela nao podia fazer nada
>que a 'coisa' disse o nome a ela antes de ir
>ela sequer tinha coragem de dizer
>e entao saiu apresada e apavorada
>completamente diferente daquela que chegou
>vini fala que nada mudou, ja esperava por aquilo
>digo sem pensar que nada ia acontecer, eu não ia deixar, eu ia protegê lo
>gu concorda e fala: "estamos aqui Brother"
>vini concorda com a cabeça e da um sorriso
>a noite chegou fomos dormir
>combinamos de dormir todos juntos
>acordo com sede era exatamentr 3:31 da madrugada
>olho pros lados, tudo certo
>vou ate a cozinha beber água
>ouço uma cavalgada, olho pela janela e vejo um cavalo
>foi de relance, pelo canto do olho
>mas eu vi...
>corro até o quarto, vini não está lá
>acordo Gu e vamos em disparada até la fora
>chegando lá vemos o Vini de costas
>ele vira e nos diz
>"está tudo bem bro's, adeus, eu amo vocês"
>e do nada vemos um vulto e Vini some
>ele simplismente some, desaparece
>eu e gu saímos atrás procurando
>o dia amanheceu e nada
>meu vo ja estava sabendo e pediu para pararmos
>"aceitem, respeitem, ele se foi, eu sinto muito"
>choravamos feito crianças
>a família dele nunca aceitou, a polícia nunca achou nada
>sabiamos que nunca achariam
>desde então, toda noite sonho com aquele nomento
>"está tudo bem bro's, adeus, eu amo vocês"
>isso ecoa na minha mente
>me sinto culpado, na verdade sempre me culpei
>eu que o levei até la
>nunca tive coragem de abrir a carta...
>...até hoje, hoje faz 3 anos que ele 'se foi'
>nela dizia: 'hey maik, nao se culpe, te conheço... nao foi sua culpa, era minha hora, ele me mostrou , azrael me revelou, Adeus Bro"
>o nome 'daquilo' nao me importa mais
>bom oque posso dizer a vocês
>são 3 anos e ainda doí, então aproveitem aqueles que você ama, não sabemos o dia de amanhã
>mas 'alguém' sabe...!
>adeus Vini seu Mijão

GT's DE TERROR 10/10Onde histórias criam vida. Descubra agora