Capitulo 24

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A dúvida


Mas, está tudo bem com você? Marcos usava um tom sério, Gillian apreciava a preocupação de seus dois pais com seu bem estar. Mas já havia repetido várias vezes que estava bem.

Ainda bem que não era preciso fazer o mesmo com Meisy, assim que a filha a avisou do ocorrido, ela manteve-se calma e dirigiu-se a matilha, colando em Gillian, feito sombra com a desculpa de que era a Alfa, todos precisavam dela ali.

No escritório dos Larsen.

- Elas estão bem?
- Minha esposa e filha? Repetiu dando enfâse de que ele sim, tinha; parentesco com elas.
- Sério? Vocês são maduros demais e eu achando que tinhamos superado isso! Peter estava exausto e foi nesse ponto que ele entrou com um pedido de DNA na justiça, estava realmente cansado das esquivadas dos três. A garota antes que sofreria, já era quase adulta.

- A intimação! Entregou o papel a Mikael. - Eu não vim para brigar! e saiu logo em seguida.

Mikael pegou o papel e o amassou, Marcos balançava a cabeça ainda tentando entender de onde Peter havia tirado tanta petulância. Mas nenhum dos dois estava mais aterrorizado com o que estava por vir que Marcos.

- Eu tenho que te contar uma coisa! Marcos não sabia como falar, e nem se quer explicar como guardou por tanto tempo aquele segredo. - Quando eu voltei, a Meisy e eu nos desentendemos por causa desse teste maldito que ela não queria fazer!

- Disso eu já sabia, se era isso. Bom, agora ela vai ter que fazer, porque está merda toda foi para a justiça! Antes que ele continuasse, Marcos o olhou, em silêncio e estendeu um papel a ele.

- O que é isso? O papel velho e amassado que fora retirado minutos antes da gaveta trancada de Marcos, agora era aberto com total desespero por Mikael, e ele não pode acreditar no que lia.

- Eu sei, eu também não acredite! Mas, eu estava lá. Lamentou levando as mãos ao rosto coberto por lágrimas, o lobo feroz estava em prantos, diante da descoberta eminente de que Gillian não era sua filha, não era filha de Mikael, mas sim de Peter.

- Como pode ser? Mikael estava paralisado, não sabia que reação ter, nem se quer se lembrava da última vez que viu o irmão chorar. - Como vamos dizer a ela? Os questionamentos que seriam apresentados por Gillian começaram a dançar na mente de ambos.

- Não existe nada que possamos fazer, a Meisy procurou por isto. E agora tudo que nos resta, é aceitar. Nossa adoção dela vai ser invalidada. E sim, vai ser vista como adoção! Secando as lágrimas, levantou e arrumou o terno.

Na matilha (...)

- Olá, seja bem vindo de volta a vida! A médica sorridente, de cabelos escuros e olhos amendoados, de certa forma uma figura gentil, depois de tanta brutalidade vivida pelo jovem.

- Onde estou? Levantou rápido, seu corpo respondeu com dor, ele entendeu e sentou-se.

- Está em recuperação! Na matilha do Park Ave, a onde a alfa é Meisy Hebsley. 

- Matilha? Alfa? A interrogações no rosto do jovem,  a fizeram gelar. Mas como ele poderia não saber? Isso não era possível. - Me responda! Do que está falando?

- Nada, preciso... preciso buscar curativos. Ao sair totalmente desnorteada, encontrou Gillian encostada no batente da porta, lhe fez um sinal com a cabeça de que cuidaria dele. A médica saiu em disparada, ao encontro da alfa.

- Olá Jeremy, que bom que está melhor! Sentou-se do lado do jovem.

- Eu sei que vocês são lobos...

- É, eu sei! A Helena me contou que você quis cortá-la com a faca de pão da sua tatatatataravó! Ironizou sem haver se quer um sorriso em seu rosto. O tom sério deixava o clima tenso no ar.

- Eu, eu não ia cortá-la! Eu nunca machucaria a Helena, eu... a amo! Anunciou afastando-se de Gillian.

- Você só não sabia que alguém ia te fazer de rato de laboratório, na sua incursão de ameaçar minha irmã, não é? Pois é! Agora nosso segredo, é o seu segredo! Já que seja lá quem for que te bateu, deixou uma mordida bem generosa para trás e te infectou.

- O QUE? Apoiou-se na mesa, e em seguida andou até o espelho, apoiou-se no balcão em frente a ele, e observou o ferimento. - Pensei que só vampiros fizessem isso!

- E quem disse que não fazem?

- Vai dizer que vampiros existem? Virou-se para a garota que finalmente riu ao ouvir a frase.

- Vou dizer que não existem sendo que eu existo? Prefiro dizer que não conheço nenhum! Você deveria ter feito o mesmo, agora bem vindo ao nosso inferno de segredos, ou a morte pelas mãos da minha mãe.

- Já terminou o showzinho? Meisy falava seriamente de trás dela, com os olhos cravados em cada movimento da jovem.

- Ele ameaçou Helena, devíamos jogá-la para seja lá o que for que começou a comer ele, termine o serviço! Se deixá-lo vivo, ele vai nos entregar! Disse chegando próxima da mãe e passando por ela.

- Como vê, já ganhou apoiadores depois de seu ato de coragem! 

- Eu não iria machucá-la, só queria que ela me dissesse a verdade! 

- Percebe agora o quão perigosa é essa verdade? Eu devo sair daqui com uma resposta para as mil e quinhentas pessoas que hoje governo como alfa. Eu devo dizer a eles se você vai ficar com a boca fechada, coisa que todos sabemos que você não faz muito bem! Ou se podemos matá-lo, pois você é um caso perdido, um perigo a qualquer um que tenha o segredo exposto a você. O que acha que devo fazer Jeremy? 

Sangue Alfa Livro II - FervendoOnde histórias criam vida. Descubra agora