Capítulo 02

13 1 0
                                    

Acabei dormindo assistindo filme, acordei meio atordoada pois tive um pesadelo. Olhei para os lados e o chá que Naná  tinha me trago ainda estava sobre a cabeceira da minha cama.

Me levantei desliguei a tv e olhei as horas ainda era 15:34 faltava 3 horas ainda até o carteiro passar, e pensar nisso fez meu estômago revirar e os pensamentos negativos começaram a vim em minha mente com força fazendo meu coração acelerar e sentei no chão colocando minha cabeça entre os joelhos e respirando fundo para afastar aqueles pensamentos.

"Droga tenho que pensar, pensar positivo, vamos lá Lara nada de pensar negativo agora, vai dar tudo certo e você logo estará arrumando suas malas para ir a Londres e fazer sua faculdade"

Pensar nisso meio que me acalmou mas não como gostaria.

"Mas sei o que vou fazer para me acalmar e esquecer isso por agora"

Me levantei indo até a minha escrivaninha e peguei meu celular. Havia até me esquecido de olhar meu whatsapp hoje e tinha muitas mensagens dos grupos e das minhas amigas.

Respondi todas as mensagens e coloquei o celular de volta ao lado do notebook, peguei a xícara de chá e desci para deixar na cozinha iria me distrair de qualquer forma e não iria pensar nesta bendita carta até que desse 18:30  da tarde e o carteiro viesse.

Desci as escadas e Naná estava ajeitando o armário das pratas e virou me olhando ainda me estudando .

" Essa mulher esta estranha hoje"

Divaguei sem perceber me lembrando de quando eu era criança.

Naná estava me empurrando no balanço do jardim e eu queria pular do balanço e ver o quão longe eu poderia ir, e Naná ja havia falado para não fazer pois iria me machucar, mas eu não me importei.

Sem que ela percebesse eu pulei e cai de joelhos ralando minha perna e chorei. Naná parou me estudando como sempre fez  enxugou minhas lágrimas e me levou para dentro de casa.

Nana- Por que não me ouve meu amor?- disse me pegando no colo e me levando para dentro de casa e eu apenas sabia chorar e me estudando me abraçou.

Lara- Naná me desculpa eu não vou mais desobedecer você.- Disse passando as mãos em meus olhos.

Naná- Não tem problema minha menina venha vamos cuidar deste machucado.- Pegou em minha mão e subimos para meu quarto....

Sai do meu devaneio e desci o resto das escadas abraçando a Naná.

Naná- Oh minha menina o que você tem?- Perguntou retribuindo o meu abraço e alisando meus cabelos.

Lara- Nada Naná só quero te abraçar- A abracei com mais força, sentiria muito a falta dela quando fosse embora para Londres. - Naná vamos ao shopping comigo? Preciso comprar algumas coisas para a viagem por favor? - Disse fazendo biquinho para fazer charme.

Naná- Tudo bem menina deixe-me só avisar seus pais porque sei que vai demorar  no shopping- Disse sorrindo e tirando a luva de polimento das mãos colocando-as sobre a mesa e indo ligar para meus pais.

Subi as escadas colocando meu vans preto e troquei minha blusa colocando uma bata preta, fiquei com o shorts mesmo peguei minha bolsa e fui para sala pegar o cartão socorro (minha mãe chamava assim porquê era somente para necessidade) só podia utiliza-lo em uma emergência e sei que ela não ligaria porque hoje mais do que nunca eu tinha uma das maiores emergências da minha vida e ela se chamava ansiedade.

Naná chamou o táxi ja que Carlos, nosso motorista tinha ido com minha mãe pela manhã para o escritório e provavelmente minha mãe deve ter precisado dele pois, o mesmo ainda não havia retornado para casa.
           ****          ****       ****

Chegamos em casa mais tarde do que eu esperava e meu pai e minha mãe andavam de um lado para o outro e pararam cada um em seu lugar quando me viram e pelas suas caras eu soube que a carta havia chegado e pelo silêncio ou eles não haviam aberto a carta ou ja sabiam que eu não havia passado.

Neste momento tudo em mim congelou, minha única reação foi largar as compras e correr a mesa e pegar a carta. A mesma ainda estava fechada o que aliviou um pouco a minha tensão mas não abaixou minha guarda.

Peguei a carta e a rasguei e quando abri, lagrimas inundaram meus olhos.

" Que merda eu não acredito "

Augustin - Canção para AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora