Augustin - Canção para Anjos

Capítulo 08

Sem revisão

"Eu espero..."

Cheguei na escola e o horário simplesmente não passava, queria que a hora voasse, queria que passasse o mais rápido possivel aliás para mim, com toda certeza ja poderia ser fevereiro e eu ja estaria indo para Londres.

As aulas passaram e eu prestando muito atenção, afinal a ultima nota também contava para minha entrada na universidade do Cambridge mesmo que eu ja esteja dentro tudo conta.

No ultimo horário foi a prova e estava tudo muito facil, fluiu tranquilo e como sempre fui a primeira a terminar, como estava com vontade de ir embora eu pedi para sair mais cedo. O que o professor não ligou muito e disse para ir.

Fiz a prova só por fazer porque ja havia passado na matéria liguei para Carlos me buscar e fui para frente do colégio para esperar.

Sentei no banco que ficava na frente do portão e peguei meu livro enquanto esperava.

Apos alguns minutos lendo senti como se alguem me observasse e do nada senti um frio me invadir e um calafrio subir pelas minhas costa e todos os pelos do meu corpo se arrepiaram, olhei para todos os lados, tinha certeza que havia alguém me observando virei olhando para trás e senti alguém me tocar.

Soltei um grito e quando olhei para frente Carlos deu um pulo para trás.

Carlos- Nossa senhorita Lara, a senhorita me assustou- Coloquei o livro em cima do banco e a mão no coração estava muito assustada.

Lara- Me desculpa Carlos, me desculpa, foi sem querer- Peguei o livro guardando dentro da minha bolsa e indo em direção ao carro- Vamos embora por favor não estou me sentindo bem.

Carlos- Esta sentindo alguma coisa senhorita? Devo ligar para Naná? - Me perguntou fechando a porta do passageiro e correndo para o lado do motorista.

Lara- Não, não precisa eu só preciso ir para casa.- Disse colocando meu cinto e abrindo um pouco a janela, precisava de ar.

Carlos- Tudo bem.

Eu peguei meu celular coloquei uma música e meus fones de ouvido e fomos em silêncio até em casa.

Eu tenho que parar com essa paranóia toda, uma hora é um sonho outra hora são gritos agora acho que tem alguém me observando.

" Eu to ficando loucaaaaa"

Mas que droga ta acontecendo comigo???

Sabe eu tinha certeza de muitas coisas, agora parece que tudo mudou e sei la me sinto perdida merda.

Chegamos em casa e o trânsito estava terrível , nem valeu muito a pena sair mais cedo do colégio.

Naná ja estava com a mesa pronta do almoço, não que fosse muito difícil ja que era só eu que almoçava na mesa essa hora e Naná me fazia compania o que era bom.

Naná- Esta tudo bem menina? Você parece preocupada.- Naná me estudava e as vezes eu odiava isso.

Mas Naná apesar de senhora ja, era minha melhor amiga e vou me abrir para ela, ela sempre tem os melhores conselhos e sempre me ajuda quando eu preciso preciso falar com ela ou com outra pessoa ou sei lá, eu to ficando louca.

Nana- Menina? - Me tira do meu devaneio e agora com toda certeza ela acha que tem algo errado comigo.

Lara- Ai Naná, as coisas estão meio confusas, eu tive um sonho e apareceu uma marca estranha no meu pulso e hoje eu senti que alguém me observava.- Joguei tudo em cima dela e ela me olhou confusa.

Naná- Que marca é essa menina? - Perguntou olhando por todo meu braço.

Lara- Essa aqui Naná. - Mostrei para ela a marca que havia surgido com o sonho.

A mesma olhou a marca com cuidado e falou algo em outra língua que eu não entendi, mas devia ser algo como ai meu Deus eu acho por que ela pareceu bem espantada, mas do que isso pareceu reconhecer a marca.

Naná - Menina se você  fez uma tatuagem e melhor contar para sua mãe antes que ela veja, porque se ela ver sem você falar, sabe o que vai dizer.- Disse meio desconfortável se levantando e indo para a cozinha.

A atitude dela me intrigou bastante, nunca vi a Naná ficar nervosa e desconcertada, e mais ainda ela conhece essa marca tenho certeza que conhece, porque ela falou aquilo naquela lingua desconhecida, mas familiar também, eu ja tinha ouvido aquilo ou aquele idioma não sei.

Decidi ir atras de Naná, ela iria me contar sobre o sonho e sobre essa marca de qualquer jeito, sei que ela sabe o que significa e por seu olhar, deve ser algo sério.

Entro na cozinha, e Naná esta lavando a louça resmungando algo naquela mesma língua de antes que eu não entendia nada, ou achava que entendia sei lá, parecia que eu ja tinha ouvido mais não sei que lingua é.

Lara- Naná que idioma é esse que esta falando??

Ela se assusta deixando um prato cair o mesmo se quebra todinho no chão em vários pedaços.

Naná- Que susto menina. - A mesma se abaixa para recolher os cacos e corro em sua direção para ajudar, porém a mesma nem me permite me aproximar- Não menina, não toque nisso você pode se machucar e não queremos isso.

Lara- Ai Naná para de frescura quem olha pensa que não sei recolher um caco de vidro. - Digo baixando e ajudando a mesma a recolher os cacos que ainda restavam.

Levanto e olho para a Naná com alguns vidros nas mãos a mesma me olha como se tivesse novamente me analisando e fico sem jeito, odeio isso, quando ela me olha assim parece que esta olhando algo q eu não consigo decifra e isso me deixa com raiva.

Faço careta e pra ela mostrando a língua a mesma solta um sorriso e vejo seus olhos que antes era castanho ficarem verdes como olhos de gato, me assunto dando um passo para trás e olho novamente para ter certeza do que estou vendo, mas não vejo nada os mesmo olhos castanho estão la.

Coloco a cabeca de lado olhando para ela.

"Será que estou alucinando de novo?"
Me questiono falando comigo mesma. Isso e tudo muito estranho.

Naná- De novo com esse olhar perdido menina? O que houve agora? - saio do meu devaneio com sua oergunta, a mesma pega os cacos da minha mão e joga no lixo me olhando de novo. - Esta tudo bem?

Depois de alguns segundos olho para ela e respondo praticamente sem voz, porque do nada algo dentro de mim havia estalado.

Lara- Esta tudo bem, estou indo para o quarto me avise assim que minha mãe chegar esta bem? - Digo me virando e seguindo em direção ao corredor que levava as escadas.

"Meu Deus o que esta acontecendo comigo? Porque estou novamente alucinando? Vendo coisas aonde não tem?"

Todas as perguntas vem rápido de mais em minha mente, entro no quarto e tranco a porta como se la dentro fosse o lugar mais seguro neste momento e ao que parece olhando toda a bagunça que esta nele, eu estou errada.