Capítulo 16- A noite ficou mais quente?

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 "-Não eras tu que tinhas medo que te levassem ao colo?"

E ele tinha razão. Eu tenho um pouco enorme de medo de me pegarem...

Decidi não lhe responder e ir andando até casa. Se ele quiser que me siga porque eu não lhe vou dar o prazer de lhe responder ou olhar para ele.

Mas aí como estou cansada...


                                                         *


"-Queres subir ou estás demasiado cansada?- pergunta-me ele na entrada do seu jardim, apontando para a janela branca do quarto dele.

-Pode ser, vou só a casa avisar a minha mãe- e corro para o meu portão e ao chegar pergunto-lhe: - A tua mãe não se importa pois não?

-  Os meus pais não estão em casa, voltam só amanhã ao almoço. Foram não sei onde e como não tinham tempo de voltar decidiram passar lá a noite."

Acenti com a cabeça e entrei em casa.

A minha mãe estava na cozinha a fazer o jantar e então tive que lhe dizer que tinha lanchado À pouco e que por acaso não tinha ainda muita fome.

E como sempre ela fez-me prometer que quando voltasse comeria qualquer coisa antes de me deitar.

Quando sai o Moisés ainda estava no mesmo sitio à minha espera.

"-Se eu não viesse ficavas aí a dormir ou desistias depois de uma hora?

-HUMMM...- Ele ponderou ambas as opções- acho que iria dormir aqui mesmo. Afinal de contas não tenho mesmo mais nada pra fazer! Vá anda lá, quero mostrar-te as alterações que fiz ao meu quarto."

Subimos os dois, ele a frente subindo as escadas duas a duas como de custome e eu atrás.

"-Espero que um dia ainda caias para parares com as tuas exibições!

- Isso nunca vai acontecer aqui ao grande e magnifico Moisés!

- Pera, tas a falar de ti ou há outro Moisés por aqui escondido?- Provoquei

-CALA-TE E DEITA-TE. Vou te mostrar o meu grande projeto."

Assim o fiz. Deitei-me sobre a grande e azul cama dele e ele deitou-se ao meu lado batendo palmas e logo de seguidas luzes apagaram-se automaticamente.

"- Sabes que não era preciso estar deitada para me mostrares que as luzes se apagam quando bates palmas não sabes?

Ele revirou os olhos e respondeu: - Mas eu por acaso disse que era só isso? Tem paciência e conta até dez."

Mesmo antes de acabar de contar começaram a aparecer estrelas no teto quarto, uma de cada cor. E num dos cantos aparece algo diferente.

"-Aquilo é...?

- YAP. A estrela da morte. Há que manter algumas referencias no quarto.

- Pois quando se é nerd...

- QUERES MESMO FALAR DISSO ANA? Que eu me lembre também es fã de Star Wars, tens um quadro e tudo!

- Foi o Rodrigo que me deu...

- Sabes que mais? Lembrei-me que alguém tem cocegas!"

E o parvalhão começa a afazer-me cocegas mesmo! Ai como eu odeio...!

- PARA PARA, A SERIO, PARA! - Implorei

Ele parou e olhou fixamente para mim, batendo palmas para a luz se acender, o que me fez notar mais uma vez nos seus olhos castanhos e cabelo loiro.

Lembrei-me no quão impressionante era a maneira dele falar. No inicio era evidente o sotaque norueguês (a minha tia afastada também tem sotaque norueguês) mas agora já nem se nota!

Voltei a focar-me nos olhos dele. Acho que mesmo os olhos castanhos sejam vulgares, os dele são realmente incríveis.

Ele inclina-se e beija-me levemente, o me que me faz estremecer.

"- Fiz o que não devia, não fiz?- perguntou ele

- Não, não de todo. Acho que acertas-te..."

Inclinei-me um pouco para cima e retribui o beijo.

Sabia-me verdadeiramente bem cada beijo que ele me dava. Sabia-me a paixão; sabia-me a fogo que acendia algo dentro de mim que não sei descrever. Era algo que me sabia a novo inicio e algo que não queria que chegasse ao fim; algo que eu queria mais, muito mais.

As coisas começaram a aquecer, os pequenos beijos tímidos transformaram-se em alguma coisa cheia de sentimento e desespero.

 As mãos dele baixaram, as minhas subiram até a blusa dele; as caricias aumentaram... Já conseguia ver os músculos definidos dele... (olhar para ele assim é como completar uma obra de arte) 

Os beijos começaram a descer, quando passaram no meu pescoço arrepiou-me agradavelmente, coisa que ele ao notar repetiu e depois prosseguiu sem medos nem receios.

                    (CONTINUA)

Ai não se não faço!Onde histórias criam vida. Descubra agora