Quarenta e quatro.

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Que dia estressante

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Que dia estressante. Cheguei em casa um caco e com os nervos no limite. Pelo silêncio não tinha ninguém em casa. Pelo jeito essas seções com a psicóloga da universidade não está me ajudando muito. Subir para o meu quarto não antes de deixar meus uniformes na lavanderia. Olhei ao redor procurando meu noteboock e percebendo que meu quarto estava precisando de novos objetos de decoração já que arremessei os outros no chão em um ataque de fúria. Mamãe fica um pouco brava comigo quando faço essas coisas, mas o que fazer para descontar minha irá?? Lembro que quando mais nova fiz aulas de boxe para distribuir minha raiva sem quebrar coisas ou machucar pessoas, mas uma vez quebrei o nariz de uma garota no colegial quando a mesma me chamou de vadia e os meus pais decidiram me tirar das aulas de boxe e procurar um psicólogo que afirmou meu transtorno de comportamento agressivo. Então eles não podem reclamar se quebro uma ou duas coisas pelo caminho. Na verdade devem agradecer que não sou uma garotinha fraca e chorona, prefiro enfrentar do que fugir e chorar, só se for de ódio.

Tomo um banho gelado e visto minha roupa de exercícios. Coloco o fone no celular o encaixando no prendedor ao braço. Antes escolho uma playlist que vai de Linkin Park a os Beatles. Em seguida saio de casa para da uma corrida pelo Central Park. Esta tardizinha o sol está começando a desaparecer entre as nuvens e o dia começando a refrescar. Nada melhor que uma volta no park.

Dou a volta no quarteirão e quando estou voltando já quase anoitecendo, decido tomar um suco de frutas na lanchonete próxima. Saio de lá agora sem correr e com um copo gelado em mãos. Aprecio ao redor, Nova Iorque é maravilhosa à essa época do ano. Crianças brincam no parque e casais apaixonados circulam de mãos dadas além do fluxo de pessoas voltando do trabalho claro. Um casal de idoso passa por mim conversando baixinho. Por um segundo eu os observo parecendo cúmplices de alguma coisa íntima que foi compartilhado apenas entre os dois, no mundo dos dois aonde não se é permitido ninguém. Consigo enxergar meus pais nessa idade. Juntos e inseparáveis. Eu nunca vi tanta melação em um casal como eles. A mamãe sempre me diz o quanto foi difícil conquistar o coração do papai. Já eu os olho e não imagino Um Josh Runter sem uma Amy Hofrman ao seu lado. É quase impossível visualizar isso, assim como é impossível visualizar uma cena em que eu esteja no relacionamento amoroso. Acho que não herdei a capacidade de amar incondicionalmente como os meus pais. Só não sei como me sentir em relação a isso ainda.

Assim que entro em casa escuto a voz da mamãe junto com minhas tias rindo de algo.

- Boa tarde amores! - Entro retirando os fones e elas me olham.

- Oi querida, já chegou? - Mamãe pergunta quando minhas tias me soltam beijos.

- Tem um tempo. Na verdade fui correr um pouco.

- Nova Iorque estar linda não? - Diz tia Misty.

- Sim, inclusive perdi a hora a admirando.

- Vocês crianças tem sorte de morar aqui aonde tudo é perto, em Nova Jersey eu e sua mãe corríamos na pista da escola. - Tia Meg comentou. Sorrir me sentando ao braço do sofá para ouvi-las.

- Nem me fale - mamãe suspirou - Quanta falta eu sinto da Imperial.

- Ah Amy, por favor - Tia Mel comentou - Dei graças a Deus me formar e vir embora.

- Porque nunca gostou de cidade pequena, sempre quis vim para esse inferno que chamamos de Nova York - Mamãe exagerada - Mas eu sinto falta da minha Imperial, de animar nos jogos.

- Ela fala isso porque arrancava nosso couro! - Brinca tia Kira.

- Não pior que a Elle tia - Isla entra pela porta - Está pra nascer.

- Verdade, hoje ela nos massacrou! - Naty logo atrás.

- Não estou nem sentindo meus pés! - Lexa exagerada. Reviro os olhos e cruzo os braços. Claire deu de ombros quando a olhei.

- Vocês estão falando isso porque nunca viram a Amy como capitã - Tia Misty comenta - Eu sofri pouco.

- Quanto drama! - Eu e mamãe falamos juntas. E em seguida rimos.

- Se tia Amy é ruim, Eloise é dez vezes pior - Isla comentou - Acredita que ela chamou uma garota de gelatina ambulante hoje.

- E disse que uma garota tinha braços flácidos! - Natalie.

Fuzilei - as. Traidoras!

- Elle! - Amy me olhou repressiva.
- O quê? Estou cuidando da reputação da minha equipe - Dei de ombros - Eu sou a capitã, sei o que é melhor pra elas.

- Mas você não pode maltratar as garotas.

- Falou a mulher que me fazia da dez voltas seguidas pelo campo - tia Misty nos fazendo rir.

- Você sempre chegava atrasada Stanley! - Mamãe no seu jeito mandona.

- Eu era uma adolescente, com os nervos aflor da pele. - Se defendeu.

- Sem bem que nervos são esses, de se enfergar no meu marido! - Tia Mel jogou uma almofada nela.

- Parece até que você não se esfregava no meu! - Tia Meg rebateu jogando outra almofada na madrinha.

- Eu vou ficar calada que é até melhor! - Tia Misty falou fazendo tia Tina rir.

- Pode falar que eu peguei o seu marido Stanley! - Mamãe revirou os olhos.

Não sei como elas conseguiam brincar dessa forma. Se eu namorasse um cara e depois terminasse com ele e o mesmo ficasse com outra garota, nunca que seríamos amigas. Diferente dessas seis loucas a nossa frente que chamamos de mãe.

- Ok a gente já sabe que todo mundo pegou todo mundo - Tapei os ouvidos - Não me façam lembrar que quase nasci irmã do Drew.

- E eu do Max! Credo! - Natalie se benzeu e gargalhamos.

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