Sessenta e um.

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- O que vocês querem fazer? - Natalie.

- Eu quero comer. Tô morta de fome. - Lexa. Tínhamos acabado de sair do balé.

- Nada de besteiras. Minhas roupas já estão apertadas - Isla.

- Só se for na sua cabeça né. Porque não tô vendo nada aí - apontei.

- Eu tenho espelho em casa Eloise. - Rebateu.

- Você é paranóica sabia.

- Eu...

- Aquele não é o papai? - Perguntei assim que estacionamos.  As garotas olharam na mesma direção em eu apontava um homem loiro que sorria, mais isso não poderia ser possível porque esse mesmo homem capturou a mão da mulher loira a sua frente.

- Bom... Parece - Natalie observou.

- Mais aquela não é tia Amy! - Isla comentou.

Observei novamente o homem que continuou de mãos dadas com a mulher que depois de alguns minutos acariciou seu rosto.

Meus olhos se arregalaram com a cena.

- EU VOU ACABAR COM ESSA PALHAÇADA AGORA! - Avancei mas a Lexa me impediu.

- Não, o que tá pensando em fazer.? - Segurou meu braço.

- Acabar com essa droga! - Sentir meu rosto esquentar quando vi a demonstração de intimidade e afeto do meu pai com aquela estranha.

- Sim e você vai chegar lá e fazer um barraco! O gerente vai te por pra fora, e se o tio Runter estiver mesmo traindo a tia Amy, você acha que ele vai te dizer.

- Não precisa me dizer, eu estou vendo.

- E o tio Runter nunca trairia a tia Amy! - Isla comentou e olhamos todas em sua direção - Ela é maravilhosa demais para ser traída. - Justificou.

- Jennifer Aniston também era, e mesmo assim o Brad Pitt a trocou pela Jolie - Comentei.

- Ele nem está mais com ela.

- No que isso importa mesmo?

- Amiga, eu acho que você deve pensar com calma no que fazer! - Lexa continuou me segurando.

- Concordo com a Lexa - Natalie comentou tentando chamar minha atenção que estava inteira no casal - Não é bom fazer nada de cabeça quente, e se for apenas uma amiga de infância...

- Ele não tem amigas além da tia Kira e tia Meg. - Sentir meu estômago embrulhar quando vir o papai sorrir verdadeiramente como apenas ele fazia entre nós.

- E se for uma funcionária...

- NÃO MENINAS!!! - Praticamente berrei com vontade de esmurrar alguma coisa de tanta raiva e indignação - Não é nada disso, eu conheço o meu pai e ele não direciona sorrisos e afetos a ninguém que não queira - Dei uma pausa e meus olhos marejaram - Ele não é de carinho, ou palavras doces, só pode ter alguma coisa errada - Passei os dedos nos cabelos tentando entender - Eu não acredito que ele está fazendo isso - Fiquei sufocada - Eu não acredito que o meu pai está traindo minha mãe.

No ataque de histeria alcancei o celular na bolsa.

Disquei o número de nome papai.

Observei - o outra vez e vi quando o mesmo olhou seu celular e colocou no ouvido.

- Sim querida! - Ouvir sua voz.

Fiquei muda, com vontade de chorar.

- Querida? - Voltou a perguntar.

-  Oi pai - Limpei o canto do olho - liguei sem querer desculpe.

Vir ele sorrir parecendo sincero e meu coração se apertou.

- Tudo bem filha - falou - Nos vemos em casa então.

- Certo - Funguei e sentir as mãos das meninas no meu ombro - Nos vemos sim.

Encerrei a ligação sentindo ódio.

EU VOU DESCOBRIR QUE MERDA TA ACONTECENDO

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EU VOU DESCOBRIR QUE MERDA TA ACONTECENDO.

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