Quarenta e três.

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Hoje era terça, levantei da cama me rastejando para o banheiro, geralmente levanto disposta mas há aqueles dias de matar de tanta preguiça e mal humor. Esse é um dos motivos das meninas quase nunca aparecer para tomar café comigo. Elas costumam dizer que meu humor pela manhã é tóxico, tão ou mais insuportável que o do meu pai. Suspirei sonolenta depois de tomar um banho frio e ainda assim o sono não me abandonava. Mas parece que ser a melhor aluna de advocacia da Colúmbia e capitã das animadoras tem seu preço. Eu estava um caco. Preciso urgente marcar um sessão de spar.

- Bom dia! - Desci as escadas encontrando os meus pais a mesa. Eles se olharam.

- Bom dia querida.

- Tão cedo? - Mamãe.

- É, hoje preciso entregar aquele relatório que fiz com o Shane.

- O'Donnel Eloise, quero que o chame de O'Donnel - Meu pai comentou - Sem intimidades com os meus funcionários.

Não disse. O humor dele também é péssimo. Não me igualo a isso.

- Só que ele me pediu para chama-lo assim. - Retruquei me servindo de uma xícara de café preto. Preciso me mater acordada. Suspirei lembrando que hoje tem ensaio das animadoras.

- Ah é? Ele pediu? - Papai me olhou.

- Runter ninguém precisa usar o sobrenome para tudo - Minha mãe se intrometeu me olhando como quem diz cala essa boa - Só você que é o chefe.

- Mesmo assim, eu conheço o O'Donnel e a fama daquela família.

- Que fama? - Perguntei depois de mastigar um pedaço do meu omelete. Que por sinal estava maravilhoso. Anna sempre arrebentando.

- Não te quero íntima deles, já fez o que tinha que fazer, pronto!

Perguntei só para ver o que ele me diria. Conheço bem os quatro O'Donnels. Natalie já deu uns pega no mais novo o Lucas. E Lexa teve um lance quase sério com um dos mais velhos Zac, em uma das suas últimas férias aqui. Na real, nem sei bem porque deu erro, eles terminaram e ela até hoje não quer falar sobre o assunto. Os outros dois são tão mulherengos que nem vale a pena citar. A Isla conhece bem já que é bem amiguinha do Tato o do meio.

- Ok Paizinho! - Pisquei para não evitar confusão.

Depois do café desci para o estacionamento me esquecendo completamente que ficaria sem o meu carro por alguns dias, graças aquela história de corrida que os meninos inventaram e eu fui burlando o outro castigo da mamãe. Vou ter que fazer uma planilha para lembrar quais são os meus castigos.

- Argrr!! - Bati os saltos no chão irritada o bastante para matar um. Teria que ligar para a Natalie me dá uma carona.

Um Koenigsegg Argera R passou ao meu lado assim que sair do estacionamento do prédio tentando entrar em contato com a Natalie.

- Izzy?

Andrew.

- Quer uma carona para a universidade? - Sua voz me fez olhar em sua direção. Ele sorriu.

- Não obrigada, estou bem - Sorrir sem deslocar o lábio.

- Tem certeza? - Ele insiste. Natalie sua infeliz atende essa droga. Guardo o celular na bolsa com extrema agressividade.

- Como nunca tive antes. - Garanto.

- Acordou de mal humor hoje?

- Eu estou ótima - aproximo - me dele.

Ele me fita com seus olhos claros.
- Natalie ainda está no décimo sono, acabei de ligar para o Nathan que já foi para o campus, então se a esta esperando vai chegar atrasada.

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