Nesse quarto fechado
Sofres de alucinação
No chão deitado,
Olho arregalado,
E de cartão na mão,
Relaxado,
Não percebes que ali ao lado
Mora a morte na escuridão.Mas continuas a gritar
"Vida louca"
Mas p'ra quem te substima
A auto-estima
É pouca
Voz rouca
Cabeça p'a cima
Mas coberta por uma touca
Gastas o dinheiro de quem te estima
E de quem poupa.
A sopa*???Ta pronta
Só tem de ser enrrolada
Guarda a ponta*
Dás nas escola à criançada...
Não ter lanche é afronta,
E eles nem dão conta
Que já lhes deste a banhada*.
Não há ninguém contra
Então fazes o mesmo
Na proxima parada.Mas quem diria
Que todo este vício
Começou com a Maria*.
Não foi por sacrifício
E talvez nem fosse pela companhia.
Não trazia benefício
Dava-te momentânea alegria,
E desde o início
Era a morte que te acolhia.E de volta a casa,
Devagar, sem pressa
Mas com a cabeça em brasa
Cara de quem não se interessa
Vês a Lua como se fosses da NASA.
Vês a linha "Atravessa!!!"
Com a cara de quem se atrasa,
O comboio vem depressa
E...*Mistura de tabaco e haxixe
*Resto de cigarro ou charuto
*Furto; roubo
*Marijuana
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Mil Voltas No Mesmo Lugar
PoetryEste livro não é um conjuntos de poemas, mas sim, um conjunto de sentimentos, afetos por pessoas, e experiências que no fundo todos temos na vida sem muitas vezes sermos capazes de expressa-los. Espero que apreciem o meu trabalho... Obrigado.