Gira sempre este mundo,
Giras tu e giro eu
Lágrimas que vêm do fundo
Com este sentimento imundo
Que o momento me ofereceu.Não há chave que me solte
Destas algemas de tormento
Mas há muito quem me escolte
Para as portas do julgamento.
Só eu sei quanto me custa
Por todos ser julgado
Num castigo que me assusta
A decisão é (in)justa:
Culpado!De seguida, uma sala oca
É hora de me executar
Metem-me o coração na boca
Para não poder falar.Injusto?
Eu diria que não...
Independente do que o povo decreta
A morte é certa
Se cedo for, melhor a opção...Justo?
Eu diria que não...
Só não erra quem não é gente,
E por isso acho indecente
Me acusarem sem razão...Lanço-me assim
A todo aquele que me abomina
O momento não é triste
É triste quando termina.Meio direito, meio torto
Só aquela luz me anima
Nesta urna de desconforto
Nenhuma acusação se aproxima...... Mas mesmo depois de morto...
... Ainda me vêm mijar em cima...
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Mil Voltas No Mesmo Lugar
PoetryEste livro não é um conjuntos de poemas, mas sim, um conjunto de sentimentos, afetos por pessoas, e experiências que no fundo todos temos na vida sem muitas vezes sermos capazes de expressa-los. Espero que apreciem o meu trabalho... Obrigado.