Com Palavras se Faz Fogo

103 12 5
                                    

Quando escrevo
Faço das palavras minha escolta
Nada vejo, nada temo
Esqueço tudo à minha volta
E só paro
Quando a caneta largo
E então reparo
Que escrevo é poesia com sabor amargo.

Com aquele ar de inocente
Sei que há quem tenha a vida perdida
E é comovente
Dizer que ando perdido na vida.
Mas sigo a minha estrada
Pois não há nada
Escrito na minha sina,
Com a esperança que pode ser encontrada
Uma oportunidade ao virar da esquina.

Não escrevo alegrias
Porque ainda não pude conhecê-las
É a tristeza dos meus dias
Que à noite escrevo nas estrelas
E com cada passo que dou
Levanto mais o pó
Por isso agora onde estou,
Estou parado, estou só.

Sinto-me leve e vazio
Com esta dor que me afeta
Em mim arde um fogo frio
Não sou louco, sou poeta.

Mil Voltas No Mesmo LugarOnde histórias criam vida. Descubra agora