0.1 » Night Changes

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Tudo começou em Londres, nos anos de 2009 ou volta disso, em uma sexta-feira qualquer.
Eu era uma menina inocente, quieta, comportada mas na qual, a mãe precisava de cuidados e para isso, o dinheiro era necessário para nós mas eu realmente não tinha condições de nos sustentar, não sozinha. Na época, ainda fazia faculdade de letras, a faculdade era uma das melhores da cidade, eu tinha uma bolsa lá e era muito grata por isso, por ter conseguido o que eu mais sonhei, mas quando minha mãe adoeceu, tudo veio a tona, tudo ficou ruim, de novo.
E eu precisava de dinheiro, como iria conseguir? Eu não fazia ideia, já havia pensado em virar uma prostituta, vender drogas ou qualquer coisa parecida para ajudar na situação mas o que me faltava era: coragem.
Mas tudo mudou em uma noite fria de outono, quando eu estava voltando da faculdade. As ruas estavam tão frias que meu queixo batia com um pouco de força, meus lábio estavam brancos, reparei quando passei perto de um carro. Maldita hora que resolvi me vestir daquela maneira, deveria ter me agasalhado melhor. Estava com um moletom cinza e uma calça jeans branca bem simples porque era só a faculdade, não uma festa. Mesmo assim, eu estava com tanto frio.
Resolvi olhar a hora no celular, já passava das oito horas da noite e eu tinha deixado minha mãe sozinha por tempo demais. Estava super preocupada com ela e quase na minha frente, havia um beco que era um atalho, ao qual eu já tinha passado mas graças à Deus, nunca havia me acontecido nada. Mas naquela noite, algo me dizia para não entrar ali. Bom, eu nunca me preocupei muito comigo, só queria estar em casa, cuidando do meu bem mais precioso.
Ao entrar no beco, parei de andar, apertando os livros com força em meu peito. Merda! Por que entrei aqui? Havia caras estranhos com seus cigarros, cada um com uma garota diferente. Era horrível. A visão amedrontava qualquer um.  Pulei quando senti uma mão tocando meu ombro esquerdo, virei o rosto, encarando uma figura morena, linda e de fato, bem intrigante.

"De-desculpa, eu não vi você, já estou indo", eu me apressei a dizer enquanto olhava em seus olhos hipnotizantes.

"Você é a Perrie, não?", ele me perguntou, me fazendo assentir.

"Quero te fazer uma proposta", ele diz novamente, dessa vez, me deixando confusa.

"Mas eu nem conheço você, não sei nem seu nome... Como me conhece?", terminei de falar, vendo ele revirar os olhos. Estava perdendo a paciência comigo e eu nem o conhecia.

"Não interessa, vai escutar a proposta ou não?", ele pergunta e antes que eu possa negar, o mesmo continua.

"Eu sei que você precisa de dinheiro, não sei o motivo mas sei que precisa e posso te ajudar com isso, se você me ajudar com outra coisa, aceita?", o homem a minha frente diz, fazendo-me olhar para baixo, sem entender nada do que ele me oferecia.

"Olha, senhor, eu não conheço você e realmente preciso ir para casa, agora!", afirmei, tentando soltar meu pulso que estava preso em sua mão.

"Sou Zayn, Zayn Malik. Perrie, só vou te explicar mais uma vez o que eu quero, escuta com atenção, entendeu?", perguntou novamente e eu assenti.

"Me responde! Você entendeu, Perrie?", ele diz, com um tom mais rude.

"Sim, Zayn. Eu entendi", afirmo com um tom baixo.

"Se você aceitar ser minha, eu pago o quanto você quiser. Mas, você tem que estar livre a qualquer momento. Então, no fim do mês, te dou a grana e assim seguimos até que eu não queira mais. Aceita?", ele questiona, fazendo minha boca se abrir em um perfeito "0."

Meu Deus, é isso mesmo? Ele queria que eu fosse a... vadia dele? É isso que eu mereço depois de tudo? Oh, merda... Eu sabia que iria acabar como uma daquelas meninas do beco. Eu iria responder um 'não' bem grande à ele mas minha mãe veio na minha cabeça instantaneamente. Sim, eu precisava do dinheiro e não importaria do jeito que eu iria conseguir... E por enquanto, a única oferta foi essa, certo? Ele não podia ser tão ruim.

"Eu... aceito", falei, olhando para meus sapatos, senti todo o meu respeito próprio ir embora como se fosse pequenos grãos de areia escorrendo por entre meus dedos.

"Não ouvi, repete", ele ordena, segurando em meu queixo e erguendo meu rosto para o dele.

"Eu aceito ser sua, Zayn", repito, olhando em seus olhos que me davam um pouco de medo, admito. Ele parecia satisfeito na sua pose dominante.

"Isso inclui tudo. Tudo bem? Não quero ouvir uma reclamação, me entendeu?", questiona-me e eu assinto pela milésima vez.

"E mais uma coisa, eu gosto de submissão, quero que me trate com muito respeito porque eu sou seu dono, quando eu te perguntar algo, você olha nos meus olhos e responda com toda a sua sinceridade. Se fizer algo errado, se mentir, se tentar fugir de mim, vai ser punida. E acredite, eu não tenho pena. Você me entendeu, Edwards?", ele cuspiu as palavras contra meu rosto e eu fiz o que ele mandou, olhei em seus olhos indecifráveis.

"Eu... eu... entendi", respondi à ele, da forma como o mesmo desejava.

"Quero você na minha casa amanhã de manhã, vou te mandar o endereço, esteja pronta para mim, baby", ele disse, piscando o olho para mim.

E assim, ele me deixou ali, parada e mais gélida que antes. Eu não sabia se aquilo era real ou apenas uma alucinação. Algo me diz que isso foi a coisa mais real que já presenciei durante anos. Meu subconsciente lembrou-me que eu ainda tinha que correr para casa, e assim o fiz, apenas segui meus pés beco à fora. Andei o caminho todo, com os livros apertados em meu peito, em silêncio com meus pensamentos.


Hey... Cheguei agora por aqui mas espero ficar. Espero que gostem dessa fic porque eu amo essa história. Comentem e compartilhem para ajudar a tia aqui, amo vocês que estão lendo!!!

Xox- Iza <3

Never Be Alone | Zerrie [Editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora