0.2 » Right Now

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Entrei em casa por volta de oito e quarenta da noite. Minha mãe estava sentada em uma poltrona, no canto da sala, com a televisão ligada e seus belos olhos azuis estavam focados em uma novela qualquer, seus cabelos presos em um coque frouxo e ela vestia-se de um moletom cinza, que lhe caia bem. Deixei os livros no balcão, tirando os sapatos quando fechei a porta de casa. Me aproximei dela, dando um beijo em sua bochecha e tomando meu lugar ao seu lado, no outro sofá.

"Mãe, como você está? Me desculpa pela demora, eu fui resolver um problema...", disse à ela, que me lançou um olhar com ternura e seus lábios curvados em um sorriso fraco.

"Eu estou bem, Pez. Você chegou uns minutos depois e isso não é um problema, já te disse que você precisa viver, eu estou bem!", ela afirma pela centésima vez durante a semana.

Minha mãe queria que eu vivesse e curtisse do jeito que ela fez mas não, eu não podia me dar ao luxo de largar minha mãe nessas condições por algumas simples noitadas com pessoas que eu nunca mais veria. Eu precisava dela e ela de mim, sempre foi assim e espero nunca mudar. Eu a amava muito.

"Não quero discutir com você, velha teimosa. Estou cansada e se não precisa de nada, vou já dormir", eu disse, olhando para minhas unhas de forma tímida, por mania também mas acabei bocejando enquanto ela me encarava.

"Pode ir, eu estou doente, não morta", ela diz à mim em um tom brincalhão.

"Você fica mesmo bem? Vai me chamar se precisar de algo ou se sentir alguma dor?", pergunto, olhando-a com seriedade.

"Sim, meu anjo. Amo você, Pez", ela me lança um beijo no ar, me fazendo rir brevemente.

Debbie me deu um beijo carinhoso na testa e eu sussurrei que a amava mais do que tudo no mundo. Eu amava receber as carícias maternas dela.

"Você é o meu raio de sol", disse para mim, com aquele olhar brilhante. Ela me da um tapa na bunda e a repreendi pela brincadeira, mas acabei sorrindo como sempre e fui me deitar, com o pensamento de que ela estaria mais do que bem.

[...]

Pela manhã do sábado, eu dormia tão perfeitamente bem mas algum infeliz me acordou com uma mensagem, meu sono era leve e precioso. Amaldiçoei mentalmente por não ter desligado meu celular antes.

Número Desconhecido: Bridge Street, 287. Andar 3, apartamentos 20.

Cocei meu pulso, sentando-me na cama sem entender nada do sms. Parei e fiquei olhando para os edredons brancos em cima de minhas pernas, observei meu pulso por um segundo, me dando conta de que eu era mesmo bem pálida. Revirei os olhos, rindo de meu próprio deboche. Parei de rir quando voltei a mensagem e eu sabia quem a tinha mandado. Era Zayn e eu teria de ir vê-lo porque havia aceitado o acordo 'maravilhoso' que ele me fez.

[...]

Depois de tomar banho, arrumar meus cabelos e maquiagem, vestida com uma calça rasgada e uma blusa branca que mostrava um pouco da minha barriga, sai do quarto o mais rápido que consegui, já havia escrito um bilhete à minha mãe, dizendo que iria resolver umas coisas e deixando meu telefone escrito nele, mesmo que ela soubesse tudo sobre mim, era apenas uma precaução.

Quando sai de casa, um vento gelado bateu em meus braços e rosto, fazendo meu corpo todo se arrepiar mas não liguei, o tempo estava mais estável do que na outra noite e isso era ótimo para quem iria pegar o metrô para ir até o Sr. Mandão. Faz-me revirar o estômago só de pensar que passarei o dia com aquele bacaca, ele é tão rude e sem educação. Como pode querer me controlar assim? Ele não pode! Mas tanto faz, eu preciso da grana e minha opinião não conta. Então, se ele quer uma puta, vou fingir ser uma. Não deve ser difícil. Acredito que vai ser a pior imitação de todas porque a única coisa que fiz até agora, foi beijar uns caras em um jogo de verdade ou desafio. E depois, foquei nos estudos para ter um futuro com o qual me preocupar. Namoro é perda de tempo nesse estágio da minha vida. Depois de quase uma hora para chegar, literalmente, ao outro lado de Londres, já estava no apartamento de Zayn, ele morava num edifício enorme, parecia ser bem caro. Com certeza, ele tinha uma condição melhor que a minha, muito, muito melhor mesmo.
Fui andando até adentrar o elevador, olhei a mensagem novamente e pressionei o botão para chegar no terceiro andar. Quando sai, percebi que o elevador se dava bem na frente de sua porta. Dei um último suspiro fundo e toquei a campainha com muito receio. Eu não sabia o que esperar de um desconhecido podre de rico.

Hey amores e amoras, começando a fic com atualização dupla porque vocês merecem. Ainda tem MUITA coisa para rolar por aqui e espero que vocês me ajudem...
Lembre-se, amo vocês!!!

Xox- Iza <3

Never Be Alone | Zerrie [Editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora