Introdução

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28 out 2012 - Por Dean Turner

28 out 2012 - Por Dean Turner

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Fumando flores, fumando...

Por longos meses o garoto de cabelos claros corria querendo logo chegar em casa e encontrar quem havia se tornado o centro de suas preocupações. Ele não se importava de tropeçar em seus cadarços mal amarrados ou em qualquer possível piada que isso poderia gerar. Ele estava obsoleto do mundo a sua volta como se não importasse o suficiente, afinal nenhuma daquelas pessoas era quem realmente importava.

Um dos poucos momentos aonde a calmaria o atingia era quando seus olhos azuis se encontraram, tons diferentes do mesmo tom compartilhado geneticamente. Ele tinha medo da realidade que estava vivendo, ele não fazia ideia com apenas dezesseis anos como o mundo poderia ser cruel com qualquer um. O sorriso forçado em seu rosto se tornava facilmente real quando ela estava no mesmo ambiente que ele.

Mesmo que o semblante dela não fosse dos melhores, olhos fundos e avermelhados, pálida demais. Ela percebia o esforço que ele estava fazendo, ela o percebia. Assim como ele sempre irei notá-la. Ela sempre seria uma de suas melhores memórias. Então uma semana depois ela parecia ter superado, como se a cura tivesse vindo em um dos comprimidos que ela havia tomado. Mas ele sabia que não teria cura real para aquilo, mas ele aceitou a ilusão.

O jovem garoto nunca iria entender por que fizeram aqui com ela. Por que foram tão cruéis? Por que deixaram fazer aquilo? No que ela tinha errado para a julgarem e condenarem a algo tão medonho? Suas respostas nunca chegaram. Mas para o garoto, a frase que o rondava "ele deveria ter sido parado antes" jorrava na sua mente. Ela estava sorrindo mais, porém isso não o fazia correr menos. Ele corria por medo. Ele não queria se afastar por medo. 

Ele ficava cada vez mais ansioso por aquele sorriso que parecia ser um sol depois de uma década de escuridão. O sorriso mais lindo era dela. A flor mais linda era ela. Sua Daisy. Sua irmã.

Entretanto um dia, depois de tantos sorrisos dela. Ele entendeu o porquê de ela sorrir tanto naquela última semana. Ela estava o preparando para o que viria a seguir. O que ele não queria que viesse "a seguir". Ela tinha colocado o ponto final que tinha tentado pouco mais de um mês antes. Sua primeira tentativa falha tinha feito surgir já, tantas perguntas. E aquela segunda tentativa não falha, trouxe mais perguntas e nunca traria respostas. Apenas conformismo.

Depois daquela semana, ele não precisava mais correr. Ele não precisava mais se importar com chegar cedo, ele não via mais o sorriso dela. Ele não precisava se importar mais com os remédios espalhados pela casa, ela havia tomado todos. Ele viu pela última vez sua palidez. Seu semblante de descanso. O choro da sua mãe, a expressão devastada de seu pai.

Ela havia tentado o que ele queria que ela nunca tivesse se quer imaginado em fazer.

Não era mais uma tentativa, entretanto um fato consumado.

Ela havia se suicidado.

E ele parou de correr.

Flores fumadas, flores...

A Daisy havia sido fumada até o último suspiro.




NOTA DA AUTORA:

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NOTA DA AUTORA:

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Esta introdução não é um Prólogo, é um texto mais poético e ao decorrer dos capítulos haverá textos dos gênero, PORÉM os capítulos em si, não serão na mesma "leitura" desta INTRODUÇÃO! Coloquei este texto como introdução por ser o primeiro que Gregory posta em seu site.

All the love, Bella.

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