Novatos - Parte 1.

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Jimin
  

   Adeus Busan, Olá Oxford. Pensava eu enquanto pegava minhas malas na esteira do aeroporto, sim...foi tudo tão rápido, meu pai chegou em casa sexta à noite dizendo que íamos nos mudar para outro país, ele é dono de uma rede de metalúrgicas, Kitsuns.

Estava tudo tão surreal que eu nem estava acreditando que iria me mudar da coréia, eu nasci lá e com certeza iria sentir falta, não de amigos...eu não tenho nenhum, mas sim das lembranças que levo comigo, mesmo estando sozinho em todas elas.

- Filho? Vamos logo...não se esqueça que sua primeira aula na nova escola começa daqui a duas horas. - minha mãe estava tão feliz com a ideia de mudar de país, seu sorriso era doce e tinha um toque jovial, acho que ela nunca gostou de morar em Busan.

- Claro, Omma. - Sorri em resposta e acompanhei meus pais até o táxi que nos esperava do lado de fora.

A cidade era linda, eu nunca tinha saído da Coréia e só via paisagens assim na internet. Até o clima era diferente, as pessoas caminhavam tranquilas pelas ruas e seus estilos eram mais independentes e alternativos que em minha antiga cidade.

- Seu primeiro dia na escola será bom. - minha mãe diz em um tom calmo, ela sabia o quão difícil era eu me enturmar.

Estou decidido e nessa escola será diferente...vou deixar as diferenças de lado e apenas curtir minha adolescência, todos nós precisamos de amigos...mesmo que seja aqueles que te apulem pelas costas, serão amigos.

- Relaxe filho, tudo irá ocorrer bem, como deve ser. - Dessa vez meu pai me encara, não consegui decifrar sua expressão, ele parecia sério e ao mesmo tempo feliz. Meu pai sempre foi uma equação difícil de resolver pra mim .

- Chegamos senhor, esse é o endereço indicado. - O motorista que até agora não havia se pronunciado a minha presença nos informou dá chegada.

- Gostou da casa? - Aquela não era bem uma casa, estava mais pra uma grande mansão.

- Sim mãe, eu amei. - Dificilmente eu usava o substantivo abstrato amor, acho essa uma palavra muito forte...mas que deve ser usada às vezes para não perdemos a consciência do que significa.

Sai do táxi e observei o exterior da casa, também observei o condomínio...era calmo e limpo.

Ao entrar na mansão as cores não tão alegres mas também não tão enjoativas das paredes me chamaram a atenção. Era tão estranho pensar que agora essa seria minha casa, era maior e mais nova do que a antiga, muito mais bonita também.

- Escolha seu quarto, a empregada arrumará seu Closet. - Avisa minha mãe enquanto eu subo os degraus da escada.

O corredor dos quartos era extenso, não faço muita questão de pegar o maior nem o mais bonito, pra mim qualquer um está bom. Mas eu decidi escolher o último e mais escuro quarto da casa, era grande e aconchegante.

- Com licença. - Sou surpreendido com a voz de uma mulher que adentra o quarto, seu traje de empregada logo à entrega.

- Deve ter vindo arrumar o Closet. - Deixei um sorriso amigável tomar conta de meus lábios, mesmo sem saber se ele tinha sido mesmo amigável pois eu quase nunca sorria.

- Sim, com licença senhor. - Ela arrastou minhas malas se dirigindo até o Closet, queria poder dizer à ela que não tinha necessidade de me tratar assim tão formalmente, me deixa sem jeito e além disso eu sou apenas um garoto.

Já que ela estava arrumando o Closet decidi observar as paredes, eram de um tom pastel, e o papel de parede que destacava alguns detalhes era escuro com flores desenhadas. Pra mim não era aborrecedor nem sem graça, era sofisticado e simples.

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