Sábado

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Hoje é sábado, e ontem foi meu último dia de "castigo", mais motivo pra pôr aspas: meu pai me pagou 90 dólares por ter ajudado ele na livraria. Ótimo, um dinheiro a mais é sempre bom.

-Tom? -a voz rouca de Margareth parecia mais rouca.

-Você está bem Margareth?

Quando me direciono à ela ouço um estrondo bem barulhento e logo ela estava estirada no chão, seu rosto no carpete frio, suas mãos jogadas uma para cada lado, era horrível.

-MARHARETH? -começo a gritar, meu rosto já estava tomado por pavor e lágrimas - MARGARETH? SOCORRO!

Olho para o relógio, eram 09:56 da manhã e meu pai estava na livraria.

-SOCORRO!!! ALGUÉM. SOCORRO. POR FAVOR. - eu começava a ficar sem voz.

Meus gritos eram tão desesperado que logo alguns vizinhos estavam estacionados na porta do meu quarto, assustados, alguns examinando Margateth com os olhos, outros fisicamente e um ou outro ligando para a emergência, que chegou 5 minutos depois.

-Por favor, Dom Smith. Hospital Dom Smith - era o hospital em que íamos sempre que preciso.

Um dos enfermeiros me pede calma. Ela saíra dali em uma maca, que teve dificuldades em descer as escadas.
Todos os meus vizinhos estavam no meu jardim, espantados, curiosos e alguns tristes.
"Calma Tom, vai dar tudo certo. " eles tentavam me controlar. Meu celular toca.

-Filho?

-Pai.

-Você está chorando?  Oque houve?

-Margareth pai.

-Oque houve Tom?

-Não sei ao certo, ela foi para o Dom Smith. Pai, eu estou com medo,  não quero que ela mor... -ele me interrompe.

-Calma, não vai. Estou indo para lá agora.

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