***

23 4 0
                                    

Quando todos foram embora, fui para meu quarto, e antes que pudesse chegar até minha cama, tudo ficou escuro.

-Tom? Pelo amor de Deus Tom. Acorde. Por favor.

Quando abri meus olhos, Natalie estava me segurando pelo pescoço, com seus cabelos caídos sobre meu rosto.

-A graças à Deus.

-Oque houve? Como? Cadê meu pai? A Margareth? - comecei a me desesperar.

-Calma, eu fiquei sabendo dela e vim te ver, você desmaiou.

-Oque você soube?

-Eu sinto muito Tom. -Seus olhos eram tristes.

Não digo uma só palavra, ela me põe em seus braços e me ponho a chorar. Era uma das piores sensações da minha vida. Não conseguia pensar em nada, apenas nela, ela que foi a mãe, avó, irmã, amiga, que eu nunca tive. Ela me amava de verdade, eu sabia, e eu também a amava, eu ainda a amo. Natalie tentava mais não conseguia não chorar, ela me abraçava forte, me fala palavras de conforto.
Ouço então um carro estacionar na garagem, e meu pai saía dele, chorando, tonto, parecia embriagado.
Quando entra em meu quarto ele me olha nos olhos e me abraça. Seu abraço me trazia uma certa segurança, um aconchego. Ficávamos murmurando um para o outro algumas palavras. Natalie nos observava, parecia não entender oque falávamos.
Meu pai abre então os braços, convidando Natalie à entrar naquele abraço aconchegante e molhado. Estavamos os três sentados no chão abraçados, chorando e soluçando.

Quando acordo, vejo que Natalie havia impresso alguams fotos da Margareth, e umas outras que estavam em uma pasta com o nome "Margareth", eram fotos das suas aves e flores favoritas.

-Obrigado Natalie. -falo abrindo os braços para abraçá-la.

-Não me agradeça.

A Câmera Onde histórias criam vida. Descubra agora