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Eu não sabia oque fazer, seguir pra escola?  Voltar pra casa (chorar)? Ir atrs dela? Segui em frente, fui para a escola. 
No caminho não consegui tirar nenhuma foto, nada tinha sentido, nada era belo, era tudo cinza, era tudo tristeza.  Não conseguia parar de pensar na possibilidade dos meus amigos saberem da minha doença, da minha morte. Uma coisa que não suporto é pena, não quero ninguém indo no mural da minha rede social se lamentar pela morte que ainda não aconteceu.
Faltando uma quadra para chegar na escola percebo que alguns estudantes da escola me observavam, eu tentava disfarçar, mas não dava, minha cara de raiva era visível. Chegando na escola meu melhor e único amigo verdadeiro Paul Stewart veio correndo me abraçar, seus cabelos eram lisos e marrons, olhos azuis e pele branca. Estava chorando e dizia:

-Eu estou aqui pra oque você precisar, conta comigo,  conta comigo.

Eu não sabia oque fazer, todos em volta nos olhavam, então o puxei para dentro do banheiro e lá pergunto o por quê de ele estar chorando.

-Eu vi, eu v i- ele gaguejava - o seu perfil.

Pego meu celular e entro na minha rede social, a primeira publicação tinha escrito: "Pessoal gostaria de dizer que após alguns exames, foi comprovado que tenhonuma doença incurável. Entre de alguns meses já não estarei entre vocês... ",só li até ai, minhas lágrimas corriam em meu rosto, e Paul tentava me acalmar. Como? Quem?  Como descobriram?  Quem descobriu?  Porque fizeram isso comigo?
Sinto uma dor forte na cabeça,  e acordo em meu quarto, em minha cama, Paul me observava juntamente de Margareth. Os dois se abraçavam, Margareth tentava acalmá-lo,  o que parecia impossível, ele estava desesperado, nossos planos eram terminar as nossas faculdades e morarmos juntos, parece meio gay, mas ele é o meu melhor amigo, meu irmão, e eu o amo. Ainda deitado estiquei meu braço direito e peguei minha câmera no criado mudo, direcionei-a para os dois e bati uma foto. Eles se espantaram, mas logo viram que eu estava bem, tentei sentarme mas não deixaram.
Algumas horas depois meu pai chegou, ninguém havia o avisado sobre o ocorrido, então chegou calmo, e feliz pelo sucesso de um livro que foi lançado na livraria. Quando foi até meu quarto notou que eu estava lá, oque era uma surpresa pois eu só chegaria da escola ás 15:30 da tarde. Ele também notou a presença do Paul, e ficou preocupado.

-Oque houve?-perguntou preocupado.

Já chorando respondo:

-Descobriram pai, descobriram tudo.

-Como? Quem? -perguntou com uma voz mais sofrida, notei seus olhos pesados de tantas lágrimas, mas ele tentou de todas as formas segurar.

Ele então saiu da porta do quarto e me abraçou forte, então senti suas lágrimas molhando meu ombro, eu tentei segurar mais ai ele falou:

-Vai dar tudo certo filho, eu te amo...

-Nós te amamos! -interrompe Margareth, entrando no meu quarto com uma lágrima escorrendo em seu nariz pontudo.

-Filho, você é capaz de tudo, você não precisa da pena de ninguém. Você e capaz.

Neste momento já estavamos todos chorando.

Meu pai tira a tarde de folga e ficabem casa comigo, Paul recebe uma ligação de sua mãe que pedi para ele ir parar casa, Margareth sai para ir ao supermercado, meu pai se deita ao meu lado em minha cama, nós dois conversamos sobre a vida e acabamos adormecendo.

Capítulo(s) novo(s) aos fins de semana...
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