Ciladas 2

30 3 0
                                    

Paula é convocada para uma viagem a trabalho. Viaja para Aracaju com o chefe e a equipe: dois homens e duas mulheres. Ela é a assistente número 1 do chefe. Portanto, faz o serviço mais pesado (ou, pelo menos, o de maior responsabilidade). Por isso, está sempre atenta.

Chegam no aeroporto às 14 horas de um domingo. O circuito só começará na segunda-feira, às 8 horas.

Os carros do hotel já estão à espera para conduzi-los. Paula segue em um carro com o chefe, Bruno, e a assistente número 2, Carina. Os demais vão no outro carro: Caio e Vinícius.

A cidade é linda. Paula suspira ao ver o mar. Se não estivesse tão atarefada para organizar a palestra do chefe na manhã seguinte, ela se arriscaria naquelas lindas águas.

Chegam no hotel e cada um segue para seu quarto. Bruno, Carina e Paula ficam no mesmo andar. Caio e Vinícius ficam no andar inferior.

Ficar no mesmo andar do chefe facilita muita coisa para Paula. O chefe é quem não facilita nada. Mas ela já trabalha com ele há três anos. Os outros são mais recentes. De todos eles, Caio é com quem ela se dá melhor.

Ao entrar no quarto, Paula cai na cama. Acordou muito cedo para organizar suas coisas e as do chefe. Toda a papelada para o circuito de palestras que o seu chefe, o renomado cirurgião plástico Bruno de Alcântara, teria pela frente pelos próximos 10 dias.

Organiza suas roupas nos cabides e resolve tomar um banho. Já são 16 horas e está indo nua para o banheiro quando batem na porta.

Paula pega uma toalha (o roupão está no banheiro) e vai atender. Bruno entra rapidamente.

- Preciso que você venha até o bar comigo às 19 horas.

- Mas o combinado não era começar a trabalhar só amanhã, dr. Bruno? - pergunta, arrumando a toalha.

Bruno olha Paula de cima de seus 1,80. Ela se sente menor que os seus 1,60. Bruno é um espécime raro: olhos azuis, loiro, voz marcante... Não é à toa que suas palestras são famosas e sempre lotadas. Mas Paula já viu muita gente ser demitida por causa daqueles olhos azuis. Ela não iria cair naquela rede. O problema é que ele sempre poderia demiti-la por não sucumbir aos seus caprichos. Mas Bruno nunca fez isso. Quer dizer, insinuar, sim. Sempre que podia. Mas Paula tenta manter uma distância profissional. É por isso que está tão constrangida com a presença do chefe em seu quarto (e ela de toalha).

- Sim, esse era o combinado. Acontece que o contratante quer nos ver ainda hoje - Bruno diz, passando a mão pelo cabelo - Você tem a maior parte das informações. Se o encontro for casual, você pede permissão para sair. Se for profissional, você fica e me ajuda. Que tal? Pelo dia de hoje, eu pago dobrado.

- Tudo bem... Mas, o que devo vestir?

- Esteja linda. Como sempre... - Dá uma piscada para ela e sai. Já na porta, vira-se e diz: - Obrigado. Eu sei que sempre posso contar com você.

- Por nada, dr. Bruno. É um prazer trabalhar para o senhor.

- Eu já disse para você parar com essas formalidades de me chamar de doutor...

- E eu já disse que prefiro assim. Afinal, você é meu chefe...

- OK. Você que sabe. Mas eu te considero mais que uma assistente, Paula. Você é minha amiga.

- Obrigada, doutor - diz Paula já segurando o trinco da porta.

Bruno sai mostrando sete dedos na mão. Paula sorri e diz:

- Não me atrasarei. Espere, doutor, eu o encontro lá?

- Claro que não. Afinal, estou aqui do seu lado. Eu venho apanhá-la às 18:45. Tudo bem?

- Com certeza. Tchau!

Paula corre para o armário para escolher uma roupa. Bate os dedos no armário. Só trouxe roupas finas para os eventos e roupas casuais para as noites que, por acaso, quisesse sair. Mas esse encontro era diferente. Uma mistura dos dois. Nem era casual, nem formal. Decidiu-se pelo vestido preto com gola alta, de renda, mangas 3/4, acima do joelho, tomara-que-caia por baixo. Lindo! Uma peça coringa. Não falha nunca! Separou um salto preto. Iria lavar o cabelo para secar, mas agora desiste: já são 16:30. Preferia um banho demorado de banheira. Ainda teria a maquiagem pela frente.

Prepara o banho e entra. Relaxa o corpo. A água está perfeita. Fecha os olhos. Lembra-se da noite com o Caio. Foi há quinze dias, mas parece que foi ontem. Sua vagina começa a se contrair. Paula começa a respirar mais rápido. O celular toca.

- Oi!

- Oi, Paula. É o Caio. Vamos descer para o bar hoje à noite?

- Que pena, Caio. Eu vou trabalhar.

- Como assim? Nós só começaremos amanhã.

- Fui convocada para uma reunião hoje.

- Esse nosso chefe não te dá trégua, não é mesmo?

- Esse é o papel da assistente, Caio.

- Certo. Então, posso ir aí agora?

- Acho que não será possível, Caio. Você tem o dom de me fazer perder a noção do tempo e eu preciso organizar algumas coisas antes de descer. Tudo bem?

- Tudo bem não está. Mas vai ficar.

- Você ainda vai para o bar?

- Sim, vamos eu, o Vinícius e a Carina.

Paula pensa um pouco.

- Divirtam-se!

- Bom trabalho! Você é uma garota fantástica. Mas você já sabe disso.

- Obrigada, Caio. Tchau!

- Tchau.

Paula desliga. Procura a música "Love me like you do" e coloca o celular ao lado da banheira. Fecha os olhos.

Suas mãos começam a acariciar seus seios. A vagina volta a se contrair. Ela pensa no que poderia estar fazendo agora com o Caio. E solta sua imaginação... Suas mãos apertam seus seios e torcem seus mamilos como ele faria. Caio... Seus olhos verdes vêm a sua mente. Uma mão desce pela barriga e chega até seu ventre. Primeiro, ela só acaricia o vagina... os grandes lábios... para cima e para baixo. O dedo médio, então, desliza para o centro. Ela olha para o lado e tem uma ideia. Passa óleo nos dedos e começa a deslizar. Agora fica mais gostoso. O dedo procura o clitóris e Paula percebe o quanto está carente. Segura o clitóris, junta os dedos e dá tapinhas na vagina.

Nunca foi adepta de tapas no sexo. Mas Caio mostrou-lhe o quanto pode ser prazeroso se dado na intensidade e no lugar certo.

Caio... Perdera uma noite de prazer por causa de seu chefe.

E agora ele iria sair com a Carina, aquela sonsa dá em cima de todo homem: do chefe, do Caio, do Vinícius... Quem estiver interessado, ela faz o serviço. E o Caio está carente. Assim como ela. Droga!

Balança a cabeça e se concentra novamente no que estava fazendo. Não pode descer para a reunião excitada como está. Daqui a pouco essa excitação se transformará em estresse.

Coloca, então, um dedo para dentro. Pensa no pênis de Caio. Um dedo só não é suficiente. Coloca dois. Pra dentro. Pra fora. Quando sai, leva os dedos até seu clitóris. Pra cima. Pra baixo. Pra fora. Pra dentro. Dá tapinhas. Junta três dedos e aperta o clitóris em círculos. Segura com as pontas dos dedos e dá pequenos puxões. Fecha as pernas. Os quadris começam a se remexer. Em pouco tempo, Paula goza. Não é como gozar na boca ou no pênis de Caio, mas, pelo menos, se sentirá um pouco mais aliviada.

Olá, pessoal! Paula sente falta de Caio, mas acha que é só atração sexual. Não caiam nessa! Para a mulher, nunca é só cama!

Não se esqueçam de deixar um joinha registrado. A autora agradece!

CAMINHOS DIFERENTESOnde histórias criam vida. Descubra agora