O primeiro ano que passamos juntos foi maravilhoso. Nós nos amávamos mais do que tudo na vida e o sexo... ai, o sexo estava cada dia melhor. Felipe era capaz de me fazer gozar quantas vezes ele quisesse... E me ensinou a fazer sexo oral. O esperma, confesso, me dava um pouco de nojinho no começo, mas era ele. Era o meu amor, então, eu aprendi a relaxar e não me importar com isso. E ele me mostrou as maravilhas que aquela língua quente poderia fazer comigo, indo além do seu beijo delicioso. Aquele primeiro ano foi o nosso momento de nos descobrirmos, de nos amarmos, de nos tornarmos homem e mulher um do outro.

Mas aí começaram a vir as cobranças por parte da família e dos amigos. "E aí, cara? Não tá pegando ninguém?", "Sério que cê deixou passar aquela deusa peituda?", "Lipão, cai matando, cara. Aquela ruiva tá quase tirando a calcinha pra você, vei", "Não tem nenhuma menina em vista, filho?", "Cara, fala aí: se curte mulher, né?". Foi terrível ver toda aquela pressão sobre o meu Felipe arrumar uma namorada, e depois ver amigos e familiares questionando por que eu, "uma menina tão bonita" estava sozinha, "Todas as suas amigas estão namorando, não estão?". Nossas respostas eram as mais variadas possíveis, sempre tentando fugir de uma resposta mais séria. Muitas vezes tive vontade de gritar "Eu estou namorando o Felipe, nós nos amamos. Vão se foder todos vocês", mas faltava coragem. O que será que nosso pai falaria? Seria que ele morreria do coração? Será que encararia como nós encarávamos? Duvido que ele fosse aceitar isso numa boa, mas era reconfortante pensar que sim.

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