Mercy

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Você me tem nas mãos
Nem sabe o tamanho do seu poder
Eu me posto como um gigante
Mas caio quando estou perto de você
Você me mostra uma porta aberta
Só para batê-la na minha cara
Eu não aguento mais isto
Estou pedindo, querida

Point Of View Lauren Jauregui

São Francisco, Califórnia, EUA— 10h20min

Seu corpo caído ao meu lado, delicadamente, ela era o demônio em pessoa, mas dormindo, estava pequena e delicada, como se nunca tivesse acontecido nada. Ninguém poderia saber daquilo, ou ver, por que é assim que teria que acontecer. Ou ao menos, até acabar, Karla me fazia sentir diferente, com ela minha parte mais suja, que antes estava escondida, agora podia se revelar. Quando eu estou com ela a adrenalina a qual nunca mais sentira desde a época de adolescente se revelava.

Eu não precisava me vestir bem, uma camiseta larga poderia ser, poderia falar palavrões e palavras feias ou até mesmo falar atrocidades. E mais, ela era minha, totalmente e completamente, isso era doente sim, mas eu não ligo.

Seus olhos azuis estavam sempre sexy's, independente do momento, mesmo em seu rosto triste ela era de uma beleza inegável, seus cachos dourados na pele morena caíam meio tortos em seus ombros. E sempre, me deixava sem jeito. Pela forma como me olhava.

Agora, seu peito subia lentamente com a respiração fraca e a inconsciência. Ouvi um toque, atrapalhando meu momento de calmaria e observação, fazendo sair da minha boca alguns palavrões. Me levantei, empurrando o lençol que antes me cobria e peguei o tal do celular irritante.

Lucy <3

Céus, ferrou. Atendi e engoli em seco antes de colocar no ouvido.

— Lucy?— Sentia- a suspirar fracamente do outro lado da linha, droga.

— Vou perguntar só uma vez.— Falou pausadamente. Suspirei, meus dedos batucavam o móvel de madeira escura. Olhei para a lareira esperando me acalmar com a pergunta que viria a seguir.— Onde está?— Calmamente perguntou.

— Onde você está?— Rebati, tentando a acusar.

— Na sua empresa, te procurando e adivinha?— Perguntou hipoteticamente.— ninguém te viu hoje, estais atrasada duas horas Jauregui e então te pergunto, onde estais?— Suspirei, agora sim, estava ferrada.

— Na minha casa na praia, acabei bebendo muito e fiquei pela praia. Estava com vergonha de voltar para casa.— Fiz uma pequena careta. Deixando assim rugas em minha face, quase desafinando no final.

— Tudo bem Lauren.— Suspirou e sorriu, ela acreditara e me sentia culpada por isso.— Te espero em vinte minutos, sem mais Lauren.— Droga, ela ainda estava brava. Desliguei.

Suspirei fundo colocando o celular no móvel novamente, antes de virar devagar para a cama, que para a minha surpresa estava vazia. Onde estava a Karla? Fechei meus olhos com força e abri, correndo para o banheiro, tomar um banho demorado, imaginando assim que se esfregasse com força o cheiro de Karla sairia de mim.

Peguei as roupas espalhadas pelo quarto vazio e bagunçado, as vesti rapidamente, desta vez, fechando o blazer. Escondendo qualquer marca na camisa branca, me olhei uma última vez no espelho, fazendo um rabo de cabelo arrumado. Corri ao carro, ligando para a empregada, mandando-a fazer a limpeza.

Passei meu lápis de olho preto no sinal fechado, quando estacionei no prédio, olhei meu cabelo o arrumando pela última vez. Caminhei até a porta central, vi os funcionários se moverem rapidamente. Para que eu pago esses miseráveis se eles tem mais medo da Lucy do que de mim?

Cheguei no meu andar, passando reto por Camila que checava uns papéis, entrei na sala e lá estava Lucy, esperando olhando pro nada, esperando a mim. Olhei meu relógio, droga, três horas atrasada.

— Agora me fala.— Ela me olhou. — O que fez noite passada?

Engoli em seco.

— Já te disse Lucy, estava na casa, bebendo e fumando.— Passei por ela sentando em minha cadeira.

— Mas você nunca se atrasa Lauren, nunca!

— E nem você está aqui.— A fulminei, ela assentiu mordendo os lábios, segurando o choro.

— Tem razão, eu vou para casa, Lauren, queria te fazer uma surpresa no aniversário de 6 anos de casamento da gente.— Olhei o calendário, ela deixou uma caixinha na mesa. Arregalei os olhos.

— Lucy...

— Tudo bem, você esqueceu.

— Eu não queria....— Coloquei a mão em seu braço, impedindo-a de sair do ambiente.

— Pare, por favor, quanto mais perto chega, mais sinto o cheiro dela.— Larguei-a perplexa.— Não se faça de idiota.

— Lucy....— Não é nada que você pensa. Eu iria dizer se, ela não me interrompesse. 

— Não diga aquela frase. Eu não mereço essa frase Lauren. Acha mesmo que depois de seis anos, eu não já ouvi demais essa frase? Não acha que eu mereço ao menos alguma mentira? Algum esforço seu para esconder? Será que eu mereço tamanho sofrimento? Okay Lauren, não fale nada.— Olhava fixamente para o chão, depois olhou para mim.— Passar bem.— Saiu caminhando calmamente, vi seus passos vacilarem e seus soluços dando as caras em seu corpo. Camila estava em pé antes da porta pesar e bater, minha última visão foi dela indo em direção a Lucy. 

MERDA, MERDA, MERDA. MERDA!

Em segundos o jarro com a rosas vermelhas estavam no chão, os papéis voaram e as canetas se amontoam por debaixo do assento, minha mesa estava totalmente limpa, mas não era suficiente, escutei vozes do lado de fora da sala, o que me fez ficar com mais raiva, peguei outro jarro o jogando com força no chão.

Como eu pude ser tão idiota? Lucy merece mais que eu, merece mais do que eu um dia vou poder dar. Talvez, ela nem soubesse que merecia isso, ela era apenas uma pessoa inocente que não tinha culpa da esposa imbecil que tinha.

Meus passos sobre os saltos vacilavam as vezes, a porta se abriu, fazendo certo barulho, olhei para a pessoa que entrava. Camila, aquela filha de uma mãe, fez meus pulmões incharem, as veias de meu pescoço saltaram para fora, eu tinha raiva dela, dos sentimentos que nutria por ela, e pela inocência que caminhava com sua saia para lá e para cá. Droga de uma filha de uma mãe trancou a porta em seguida.

— Senhorita Lauren...

— Chama a Dinah.— Coloquei as mãos em minha cabeça. Meus tímpanos iam explodir.

— Senhora Lauren...

— CHAMA A DINAH ANDA!— Ela colocou a mão sobre a boca, sua expressão de medo ao me ver alterada foi visível, saiu apressada da sala.

Segundos ou minutos depois a loira entrou.

— Dinah!— Ela estava com uma expressão preocupada.

JÁ VOTARAM? NÃO!!!!! TÔ DE OLHO

I Found A Girl( Camren Fanfic)Onde histórias criam vida. Descubra agora