Um erro

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Dante

Pego o aparelho que neste momento se torna irritante do bolso e atendo já esperando o de sempre.
-Dante na esculta.
-Senhor Dante, Aqui é o soldado Ferreira, tentaram invadir a delegacia.
-Merda. -Levanto, e posso ver o olhar da minha linda garota me analisar. -Foram muito a fundo?
-Não senhor, mas conseguiram levar alguns objetos e pegaram um dos nossos soldados, Paulo, desprevenido.
-Ele está bem? Está ferido? -Coloco a minha postura de delegado e já começo a mandar mensagem para George.
-Ferido. Mas já está sob cuidados.
-Entendo, estou a caminho. - vejo a postura de Sophia mudar, vejo um pouco de tristeza no olhar, mas logo ela encobre o sentimento.
Por ter sido treinado muito bem, sei ver o que se passa através do olhar de cada pessoa. O de Sophi me confunde além do inexplicável. As vezes consigo ler o que ela quer mostrar, e as vezes acho que ela que vê através de mim. Ninguém sabe o que eu penso ou que sinto. Sempre tenho uma postura de o homem sem sentimentos. Se for fraco ou mostrar vulnerabilidade o batalhão inteiro pensará que não sou bom o bastante para da-lhes força. E mais, eles me vêem com exemplo de postura, pois me acham durão por conseguir lidar com o acontecido do meu irmão. Mal eles sabem.... Olho para ela que parece pequena e vulnerável. Não quero deixa-lá.
-Você vai ir então... -Ela não quer que eu vá também. Assim não fica fácil...
-Sim, você ouviu. Precisam de mim.
-Entendo, vai dar tudo certo então. -abraça a si mesma. Me olhando com tanta doçura que deixo um beijo em sua testa e mesmo pensando. É errado. Eu também penso, ela minha.
-Vamos comigo, você conhece a delegacia e então voltamos. Não quero passar a noite sem você... -Confesso esperando que ela não me chute por ir rápido demais. Um sorriso se abre em seu rosto, junto com o brilho mais lindo no olhar.
-Só preciso trocar de roupa, prometo que será rápido, você não vai se atrasar. -Diz já correndo para o corredor. E me pergunto se conhecerei o seu quarto... Em menos de cinco minutos Sophia me aparece com os cabelos pretos em um coque bagunçado, um jens justo, e uma blusinha justa porém de manga longa. Linda.
-Você tem certeza que posso ir? -Parece está com receio.
-Nunca tive tanta certeza. -ergo meus braço, em um convite para que os segure. Andamos para fora do apartamento em direção ao estacionamento. Pego-a me olhando lembrando da nossa chega ao andar dela. Abro um sorriso, ah querida eu sinto o dobro desse desejo maluco. Demorou mais ou menos vinte minutos até a delegacia. Na entrada, segurei a mão de Sophia bem firme. Não sei por que, mas já estou marcando e mostrando a todos os soldados que ela tem a mim. Todos parecem surpresos por me ver andar assim com uma mulher tão abertamente, mas nem ligo. Apenas respondo suas reverências.
Sophi parece encantada, dando tchau a todos e todas na delegacia. George saí da sua sala já com pasta e me olha surpreso. Sinto seu olhar em Sophia e sua pergunta silenciosa no olhar.
-Então, quantos entraram aqui? -Analisando Sophi, sei que não quer dar informações na frente dela. -Venha para minha sala, e ela está comigo. Se eu pedir para responder algo, responda sem hesitar.
-Sim senhor, é claro. Peço desculpas madame.
-Nao é sua culpa, não precisa se desculpar, entendo plenamente o trabalho de ambos. É um prazer conhecer você. -Olha de mim para ele, vejo me dá uma bronca com olhar. Quero rir, ninguém me fuzila com o olhar em canto nenhum, nem mesmo aqui. E ela faz ....
Ela tinha toda a razão, ele não tinha culpa é claro, só estava fazendo seu trabalho. O que me deixa orgulhoso de trabalhar com ele. Mas deixaria claro que todas as vezes que estive com ela não a largaria por nada. Mesmo aqui. Ainda vejo o pedido de desculpas dos dois. Entramos na sala. Vejo ela reparar em tudo, senta em um banco mais distante deixando -me trabalhar no problema que me trouxe aqui. Foi trabalhoso, não tínhamos muitas pista de como conseguiram ir tão longe e saírem sem serem pegos. George sugeriu que tinha alguém daqui que os deixaria entrar. Fiquei pensativo. Pegaria nas câmeras cada passo, fico louco quando até aqui esses filhos de uma puta tentam invadir. Conecto as câmeras de segurança no computador e puxo a hora exata do que aconteceu. Vejo dois sujeitos entrarem pelos muros do fundo do quartel. Tem dois seguranças de costa conversando e parece não esculta os dois bandidos se aproximando. Aperto o maxilar, como não ouviram? Foram pegos de surpresa e amarrados. Os caras nem eram tão grandes. O resto do caminho foi fácil pois não tinha polícias de guarda a quela hora nos corredores.
-Quero esses dois aqui na minha sala. -meu tom de voz soa tão seco que George apenas concorda. O que mais temos ter aqui no trabalho é concentração. Fomos treinados para todos os tipos de ações.... Colocaram em risco todo o batalhão.
-Vai falar com eles ainda hoje? -Olho para Sophi que parece preocupada comigo e cansada. Saímos de casa para vir aqui, poderia está beijando ela agora mesmo. É é isso que quero. Uma noite toda para conhecer melhor essa mulher. Sem nada para atrapalhar.
-Amanhã de manhã quero os dois aqui na minha sala. -levanto salvando as imagens das câmeras, pego os papéis com relatório direto de danos guardo em uma pasta. Me despedi do pessoal e saí com Sophi de volta ao meu alcance. Consigo sentir o seu perfume inundar todo o meu veículo. Uma de minhas mãos alcança a dela, toco como se fosse um diamante raro, não consigo parar de toca-lá. Sinto um formigamento quente quando encosto nela. Algumas quadras depois percebo com lamento dois carros que nos seguem a vinte minutos, respiro tão fund que Sophia para e me encarando.
- Está tudo bem?
- Não se assuste mas estamos sendo seguidos. - começo a abrir a gaveta do carro tirando algumas armas, confiro o cinto de segurança dela. Seus olhos arregalados mostrando um pouco de surpresa e talvez medo. Aperto o volante e penso se são os mesmo caras que entraram na delegacia... Um pânico que não sentia a anos desde que levaram meu irmão aparece. Não posso deixar isso se repetir. Não com ela.

Voltei, espero que gostem.

Meu Irresistível delegado.Onde histórias criam vida. Descubra agora