Sem conseguir fugir

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Dante    

Ajudo ela encontra as chaves dentro da bolsa.
–Pronto. -Digo entregando as chaves na mão dela, beijando seu pescoço sentindo o doce cheiro de baunilha e Sophia. Percebo cada detalhe dela, os meus toques, minha presença a deixa trêmula. Seu corpo fica entregue a mim e ela mesma tenta resistir, mas não consegue se conter. É excitante pra caramba. Mas ela é mais... Mais do que um corpo atraente para um homem, o modo que ela sorri, a doçura que ela age com as pessoas, o modo como ela reage tentando ser durona as vezes.  Ou quando ela bebe tantos copos de vinho que sinto vontade de apenas pedi para que pare, que ela tem a mim. Mas não posso prometer isso a ela. Não com meu trabalho, não enquanto eu estiver meus planos, não posso por ela em perigo também. Eu não suportaria.  Meus pais, eu os protejo muito depois do que aconteceu com meu irmão mais novo. Foi tudo culpa minha, e nunca vou me perdoar pelo descuido. Não posso me apegar a ninguém. Já tem muita gente em perigo por culpa do meu trabalho.  Mas essa menina me fez querer ela em menos de vinte quatro horas.  Agora estou aqui, a segurando e sentindo, era tudo que precisava no fim do dia, ter ela nos meus braços, saber que ela está segura.
–Seu cheiro é tão bom... -murmuro baixinho.  Não sei o que fazer, essa garota me tem. Quando eu fui um babaca de ir atrás de uma garota antes? Nunca. E então eu me senti na obrigação de proteger ela. Sem contar que fiquei puto imaginando ela com aquele cara. 
O apartamento dela é um charme, a sala ampla com sofás brancos, uma tv grande se instala na parede branca. Quadros na parede atrás do sofá, onde decora o ambiente.   O tapete marron, uma mesa de centro.   É um lar aconchegante, posso ver daqui a cozinha e um corredor onde  imagino que seja o quarto dela. Olho para ela que está levemente corada,  olhando de volta ofegante e posso sentir a ansiedade nela. Perfeita, é o que me vem à mente toda vez que olho para ela. Cabelos escuros, pele bronzeada, olhos pequenos e delicados assim como ela toda.
–Como você faz isso? -seguro seu rosto e a olho, atentamente. Preciso saber por que ela me deixa tão atormentado? por que ela mexe tanto comigo de uma forma tão estranha e desconhecida para mim.
–Faço o que? -murmura baixo. - Rosno baixo, pegando sua boca de leve na minha. Tão macia... Tão inebriante... Ela abre um pouco a boca e adentro minha língua, a dela encontra a minha onde viramos uma massa de dentes e bocas, línguas, suspiros e desejos.  Nunca tive necessidade de beijar alguém, mas ela é tão doce e macia, sua língua explosiva na minha faz meu cérebro parar de funcionar. O mundo não existe, os problemas desaparecem e só tenho ela. É tudo que preciso. Sorrio, ela me faz perder o juízo. Ela rir também olhando para mim, é o som mais lindo. Fico olhando-a que me olha de volta, soltando o som mais prazeroso do mundo, seu gemido baixinho. 
–Não sei qual som eu amo mais. -Digo olhando em volta.  –Seu apartamento é lindo. -murmura rouco.
–Obrigado, assim que preparar algo para nós, fazemos uma tur pela casa. - Reparo nela, enquanto se afasta e caminha até a cozinha.  Linda, apenas demais. Achei que ela ficava tão sexy de vestido, mas então ela fica sexy em qualquer coisa. Pois a calça lycra que ela usa de boca larga com uma blusinha branca larga a deixa ela gostosa demais. É excitante olha-la. Sento na bancada da cozinha, observo pegar alguns potes e panelas. Ligar o forno e parece que sou de casa já. Levanto e começo a ajuda-lá na culinária.
–Eu faço -tenta me impedir.
–Eu ajudo, vamos lá. -empurro de leve na brincadeira. Ela sorri
–Como foi seu dia no mundo da delegacia? -rio
–Cheio de problemas, mas nada do que não consiga resolver.
–Você sempre gostou disso?
–De ser delegado? -Ela balança a cabeça que sim. Me observa. Lembro o quanto estava feliz com meu progresso na delegacia. De como meu pai e meu irmão ficaram feliz por crescer e ter essa capacidade de lidar com tantos problemas, lembro do olhar de admiração do meu irmão. Mas também vejo o olhar dele escapando sob mim, indo longe, distante. Meu peito dói. Não quero falar ou lembrar que talvez eu nunca mais o veja. 
–Na maioria das vezes sim. Ser delegado tem seus preços. -Digo embargado de tristeza na voz.
–O que quer dizer com isso? -Me olha tão atenta, que parece que vê além de mim.
–Nada, é só que também não é fácil. -tento sorrir.
–Entendo, é um trabalho pesado que exige muita concentração e força. Vejo tudo isso em você. -diz e me parece tão admirada que a beijo segurando sua nuca. Ela nem sabe o quanto já perdi o foco. 
–Dizem que somos até sem coração por ver tantas coisas.
–Acho ao contrário, tem que ter muito coração, força e equilíbrio para passar pelo que você passa, não. -Meu pau pulsa, ela o excita com doçura e inteligência. Essa é mais uma das suas capacidades de excitação.
–Cheque mate senhorita.
–Quer ouvir música? -pega a vasilha de legumes da minha mão. Leva a pia, vai ao aparelho de som e liga em uma música, leve e bonita, a voz é boa. O cara canta e a voz não me parece estranha.
–Você sabe corta bem. -diz ela, parece que está debochando de mim. Acho graça. 
–Sim, tenho um talento para fazer as coisas mais do que bem. -sorrio malicioso.  Ela cora.
–Eu posso imaginar. Vou tomar um banho... Você pode olhar a comida? Ou... Esqueci. -Ela entra as pressas no corredor. Não consigo parar de imaginar ela tirando a roupa, entrando no chuveiro. Não consigo tirar a imagem de mim, a colocando contra parede, beijando-a enquanto prendo suas mãos no auto. Droga de mente que não me ajuda.... Vou até as penelas e sinto um cheiro de comida fresca e deliciosa.  Me sinto estranho compartilhando esse momento com ela e ao mesmo tempo foda pra caralho.... Desligo as penelas e olho meu email, George mandou uma mensagem dizendo que mais um caso de atropelamento ocorreu.  A vítima está no hospital sem riscos. O atropelador está detido. Bem, por mim ele não sairia tão cedo. Tentou fugir sem presta socorro e foi pego em flagrante.  George cobre os horários quando não estou. Ele vai crescer muito também. 
–Esta tudo ok? - a voz que faz  coração disparar tão facilmente aparece. Ela é afrodisíaca, só pode. Agora com um shorts de dormi uma camiseta que, aparentemente mostra que não tem sutiã. Merda. Tento lembrar a pergunta dela. Está ok? Sim, claro só meu corpo que resolveu me desobedecer.

Sim, só um email de trabalho.
– está tudo bem com o trabalho? -nunca conversei com ninguém sobre os acontecimentos do trabalho, mas decido que com ela eu quero.
–Atropelamento, o indivíduo tentou fugir, mas foi pego e agora vai passar um bom tempo atrás das grades.
–A pessoa está bem? -Ela toca o peito, sentindo-se preocupada. 
–Esta melhor, vai sair bem dessa. 
–Ahh, tomara que sim.
–Você não secou o cabelo.
–Não, por que?
–Vai ficar doente... - E é sexy. Penso, tocando seu rosto com carinho, ela fecha os olhos. Seus lábios se abrem lentamente. Sim. Adoro beija-la.  Parece que a boca dela foi feita para a minha. Tudo nela é meu. Tomo-a deitando no sofá. Por cima dela.
–Você vai ser minha.... -a olho nos olhos. –Mesmo não podendo.... -Ela geme, um som baixo, porém, sedutor demais. Suas mãos adentram minha camiseta.
–Dante... Eu não posso.... –Xiii- a silêncio com meu dedo. –Não tem questões para o que estamos sentindo. Não tente fugir de mim.
–Vou tentar... -Suspiro. –Tente muito. –Ela ri, me empurrando de cima dela.
–Onde você vai? -levanto indo atrás dela.
–Colocar o prato na mesa.  -diz já arrumando. Sentamos e comi o melhor frango com legumes de todos os tempos. Ela está me olhando, sei que quer uma resposta.
–Até que deu pra engolir. -mordo a língua pois ela faz uma careta linda. 
–Você está falando sério? -estreita os olhos.
–Talvez.  -Uma música envolvente começa a tocar. Nossa conexão volta total, seu olhar sensual, seu cabelo já seco, posso ver através da camisa os bicos rijos dos seios.
–Eu posso acabar com isso, você sabe. -O peito dela sobe e desce ofegante.
–E eu posso não querer mais. -Meus olhos ficam escuros de desejo.
– Duvido muito. 
–Não posso ter nada com alguém que não gosta da minha comida. -cruza os braços.
–Oh, Deus... Era brincadeira, sua comida é a melhor do mundo. -Olha desconfiada.  E então cai na gargalhada. Ela é animada, me contagia tão fácil e me tortura também.
–Você está rindo de mim Sophi? -faço uma cara séria, a olhando. 
– Nunca, senhor delegado. -me encara, e é tão fácil mudar o clima brincalhão para o excitação nível cem.
–Posso prende-la por desacato senhorita. -pego nossas taças de vinho, levanto chamando-a a vir pra sala. Deitamos no sofá, ligo a TV em um filme qualquer. Meu rádio toca bem na hora em que brincava com as alças da sua camiseta.
–Desculpe, tenho que atender.

Logo terá mais capítulos, espero que estejam gostando. Não esqueçam de curtir, assim saberei que estão gostando.  Bjs ❤🍀

Meu Irresistível delegado.Onde histórias criam vida. Descubra agora