Capítulo 09 - minha nova professora?

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Bom, não é todo dia que uma estranha aparece dizendo set uma branshee e querendo me ajudar.

— Como sabe que eu sou uma branshee?

— Posso sentir essa aura sobrenatural em volta de você e se quiser posso te ensinar isso dentre outras coisas que você provavelmente não sabe sobre você mesma - diz ela com um sorriso paciente.

— Como me encontrou?

— Oh, por favor você é Alice Albuquerque, acredite difícil não foi - diz ela de forma debochada.

— Como vou saber se está dizendo a verdade e se posso realmente confiar em você ou não?

— Faz bem em estar desconfiada há muita gente ruim por aí querendo fazer mal a você criança.

— Prove-me que é uma branshee!

— Com prazer.

Ela se vira para um vaso de flores, feito de vidro, em cima da mesinha de centro e solta um grito incrivelmente forte, fazendo o vaso se quebrar. Tenho que tampar os ouvidos por causa do som.

— Isso é o bastante pra você?

-- Tenho que admitir foi incrível! Mas como você conseguiu quebrar o vaso com a sua voz sem que quebrasse outras coisas a sua volta também?- pergunto me lembrando da morte do meu pai e do meu grito que fez todas as janelas da sala quebrarem.

Olho para as janelas e percebo que estão em ótimo estado e fico feliz por minha mãe não me ter feito nenhuma pergunta sobre aquilo.

— Eu só precisei me concentrar no que eu queria atingir e mirar - explica ela- Eu já disse que posso ensinar você se você quiser...

— Bom é melhor eu limpar isso antes que alguém pise nesses cacos e se machuque...

Vou até a área de serviço, pego uma vassoura e uma pá, volto pra sala e começo a limpar a bagunça. Enquanto isso Beatriz olhava alguns porta retratos e fotos minhas e da minha família presas na parede.

— Sinto muito pelos seus pais - diz ela e estranho a palavra estar no plural e não no singular.

— Meus pais? - pergunto assustada.

— Sim, seus pais - afirma ela, franzindo a testa como quem não entende algo - Seu pai me levou um tiro e sua mãe que morreu carbonizada em um incêndio.

Naquele momento senti minhas pernas ficarem bambas e se não fosse o sofá atrás de mim, teria caído dura no chão. Minha mãe? Morta? Carbonizada?

— Oh meu Deus você não sabia... Me desculpe te dar a notícia assim - diz ela desesperada - Eu sinto muito, o incêndio foi hoje de manhã, achei que você soubesse - diz me abraçando, tentando me confortar enquanto eu me debatia e chorava, estérica em seus braços- Você não sentiu nada? Nenhum sonho ou sensação estranha?

— Não eu não... Eu não senti nada...

Eu estava tão nervosa que nem conseguia falar direto. Escorrego do sofá e acabo caindo no chão e  um dos meus  joelhos acaba apertando o botão ligar e bem naquele momento estava passando uma matéria no Jornal Hoje sobre um incêndio em um Spa na manhã de Hoje.

— O incêndio ocorreu por volta das 9:00 das manhã no Spa Luar na região sul de São Paulo, por enquanto as mortes confirmadas são da cabeleireira Tamires Rodrigues, a manicure Maria Queiroz, a massagista Olívia Novaes, a recepcionista Isabel Eusébio e uma cliente Helena Cavalcante Albuquerque, esposa do  empresário Pedro Albuquerque falecido a poucos dias, vítima de assassinato. O motivo do incêndio ainda não foi divulgado - dizia a repórter.

Ao perceber meu estado, Beatriz rapidamente desligou a televisão e me ajudou a me reerguer. Eu sentia uma culpa imensa, talvez se eu tivesse previsto isso, ela ainda estaria viva... Eu consegui prever da primeira vez mas porque agora não?

— Não se culpe não é culpa sua, as vezes nossos poderes falham... Aceite minha ajuda, me deixe te mostrar tudo o que você pode fazer.

— Tudo bem eu... Eu aceito sua ajuda, quero que me ensine tudo o que sabe - digo na esperança de entender melhor meus poderes e quem evitar mais uma morte.

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Gentee eu tava aqui pensando, o que vocês acham de um grupo no whats? Interessados por favor deixar o número nos comentários ❤

O grito da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora