Capítulo 7

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- Fim. - sorri ao concluir a leitura do que havia produzido no "fim de semana cultural" (lê-se: uma reclusão à todo tipo de tecnologia ou acesso ao mundo além da casa de campo de Niall e Marta em Bolton) promovido pela minha digníssima melhor amiga e pelo daddy direction. 

Acredito que eu tenha sido a única a fazer algo completamente diferente do que estava acostumada. Zayn havia desenhado a tudo e a todos; Louis desenvolveu uma tese sobre o valor nutritivo e criativo das cenouras junto com Eleanor; Harry e Danielle apresentaram a forma mais prática de se exercitar sem culpa: dançar feito um maluco enquanto arruma a casa; Niall escreveu uma música falando sobre como estava entediado mas ainda amava sua namorada - que por pouco não o espancou no final da múica -; Marta e Liam falaram sobre a importância da literatura infantil - Marta é professora de literatura e Liam é uma criança, só explicando -; E Perrie estava em turnê, por isso a ideia brilhante de se infurnar no interior para distrair Zayn que estava com muitas saudades dela. 

Eu sou uma química forense. Se tem uma coisa que eu não sei fazer é escrever romances. Mas se um surto de criatividade me atingiu nessa semana, o que posso eu fazer? 

- Perai, fim? - Marta se levantou do colo de Niall, onde estava deitada, num estalo. - Como assim fim? 

- Assim. - levantei minhas mãos na altura de seus olhos e estalei os dedos. - Fim! 

- Ah! Qual é Jade? Além de ter me colocado como irmã do Mick Jagger você nem descreveu meu casamento e meus little Horans! Qual é? - reclamou gesticulou dramaticamente e, rindo, Niall a puxou de volta para o sofá. 

- Acontece que terminou. - dei de ombros. 

- Não liga pra ela, Marta. Eu gostei. - Niall levantou uma mão e fizemos hi5. 

- Claro que gostou. Você não foi cortado da estória! - Danielle reclamou abraçada no tapete com Liam. 

- É melhor Perrie nem saber disso nem dessa história de Anita senão morremos. - Zayn apontou pra mim e depois indicou a si mesmo. 

- O que achou, Eleanor? - perguntei à pessoa que normalmente é a minha única defensora e que no momento se encontra dormindo nos braços de Louis. 

- Ela dormiu na parte "Cheguei em casa sorrateiramente"... - Louis gesticulou da mesma forma dramática de Marta e nós rimos. 

- Bom, gente. O papo tá bom, mas amanhã a gente volta pra Londres bem cedo e vocês conhecem a minha dificuldade de acordar. - olhei pra Hazza que assentiu, se levantando comigo. - Então, boa noite, gente. - mandei beijos no ar, recebendo respostas de boa noite e subi as escadas acompanhada do meu namorado. 

- JadeRosalie Stone! Volte aqui agora mocinha, e me diga como foi o meu vestido de noiva! - pude ouvir a sala explodir em risadas com a declaração de Martaantes de fechar a porta do quarto. 

Tomei um banho quente, ainda rindo, e coloquei as roupas mais confortáveis que achei (lê-se: roupas de Harry). Assim que saí do banheiro, encontrei Harry sentado na cama me olhando de uma forma um tanto suspeita. 

- O que há? - perguntei sentando ao seu lado, de frente pra ele. 

- Quem era o Príncipe Harry? - perguntou num tom extremamente afetado e eu franzi o cenho. 

- Você, é claro. Quem mais seria? 

- Sei lá. Talvez o verdadeiro Príncipe Harry por quem você tem uma paixonite desde os seus 7 anos. - tentou disfarçar e eu juro que usei de todo o meu autocontrole pra não gargalhar no momento. 

- Como é? - filtrei minhas palavras ainda prendendo minha vontade de rir. - Por acaso você ouviu o tempo inteiro que eu ressaltava o Styles? - perguntei e ele torceu o nariz. - É sério que você tá com ciúmes de uma história fictícia? 

- Você é minha! - me abraçou possessiva e delicadamente. - E só minha! Seja no mundo real ou na fantasia. Você é minha, Jade. E de mais ninguém! 

- Vou escrever mais estórias se isso te fizer ficar romântico assim. - zoei, brincando com o seu cabelo e pude vê-lo rolar os olhos. 

- Eu sou romântico, tá legal? - declarou e eu ri descaradamente. 

- Claro que é, curly boy. - beijei a ponta de seu nariz e ele sorriu. 

- Eu te amo, sabia? - me apertou contra si e eu enlacei meus braços em seu pescoço, ainda brincando com o seu cabelo. 

- E eu amo você. - esfreguei meu nariz no seu num típico beijo esquimó. 

- Sabe? Nessa fantasia, uma coisa é mais que real. - sussurrou passando a ponta de seu nariz por minha bochecha e eu murmurei para que ele concluísse o raciocínio antes que eu ficasse entorpecida com aquela proximidade. - Eu jamais seria plenamente feliz se não tivesse você. Afinal, eu nasci pra ser seu e você pra ser minha. Só minha. 

Nossos lábios se juntaram numa sincronia perfeita e eu me sentia da mesma forma como sentira no nosso primeiro beijo. Jamais poderia descrever o que Harry me fazia sentir só em por seus lábios nos meus. 

E quanto às suas palavras, eu não poderia concordar mais. Da mesma forma como fui feita pra ser dele, sei que ele foi feito pra ser meu.

FIM

Meant to be MineOnde histórias criam vida. Descubra agora