Isso é amor? É desejo? É medo? (Capítulo 3)

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Hoje seria o dia, o dia em que o Henry iria voltar e faríamos o combinado. Eu estava muito apreensivo, não sabia exatamente o que pensar, o que dizer ou o que fazer.
Me levantei da cama e fui me vestir, quando de repente ouço a campainha. Fui direto olhar na janela, e lá estava ele. Com um casaco e com uma mala de rodinhas esperando que alguém abrisse a porta.
Eu nem me preocupei em vestir a roupa fui correndo de cueca mesmo desci logo as escadas e fui abrir a porta, estava com muitas saudades dele, e nossos pais ainda estavam na cama.
Abri a porta e vi aquele sorriso, aqueles olhos, e sorri de volta. Faziam só alguns meses que não nos víamos mas pareciam anos...
Logo puxei ele e lhe dei um longo abraço apertado.

- Mano, que saudades como é bom te abraçar de novo! Disse Henry emocionado com algumas lágrimas nos olhos.
- Cara você não sabe como senti tua falta! Idiota, dá próxima vez eu que vou pra bem longe e você. Eu disse enxugando as lágrimas que escorriam descontroladamente.

Ele encostou a testa na minha e respiramos até engolir o choro, fechamos a porta e subimos pro quarto e lá fiz ele ficar de cueca também porque conversamos melhor assim haha.
Ele me contou todas as novidades enquanto olhávamos na janela e viamos a neve cair, pois estávamos no inverno. Eu deitado no peito dele e ele acariando meu cabelo, como sempre ficávamos. Nossos pais ainda não tinham acordado então tínhamos bastante tempo pra conversar á vontade. Mesmo estando um frio insuportável lá fora Henry estava quente, eu podia sentir o calor do corpo dele e adorava aquilo. O cheiro da pele dele era bom haha, não era o perfume ou desodorante, era o cheiro dele, de sua pele, era esse cheiro que eu gostava.
Depois de ficarmos conversando por vários minutos ficamos os dois em silêncio. Então ele me olhou com uma cara sínica e sarcástica, e disse:
- Sobre o desafio... Ainda está de pé né? Eu não vou desistir, nunca perco um desafio. Disse ele com um ar de arrogância e ao mesmo tempo insegurança.

Meu coração acelerou naquela hora, passei a noite inteira pensando nisso e no fim cheguei à conclusão de que tudo aquilo era uma brincadeira e que ele nunca aceitaria uma coisa daquelas. Mas ele realmente estava falando sério, eu podia ver no seu olhar. Então eu também ficaria sério, e falei com uma cara convencida.

- Ha, você não tem coragem. Duvido que vai vencer esse desafio!
- Ahhhh... Isso é o que vamos ver! Disse ele também muito convencido.

Ficamos nos olhando com aquela cara, como se quiséssemos fazer daquilo um desafio sem compromisso.
E não uma coisa especial entre nós. E no momento que pensei nisso, aquilo me deixou um pouco triste e decepcionado.

- Henry... Você... Só vai fazer isso pelo desafio? Falei sem olhar ele nos olhos e com tom de insegurança.
- Jack eu... Não. Você disse que faríamos disso uma coisa especial, só nossa, e assim vai ser. Disse ele sorrindo como se me consolasse.

Neste momento eu não conseguia olhá-lo nos olhos, então ele virou meu rosto pra ele e ali mesmo deitados, me deu um beijo.
Senti um choque no meu corpo inteiro como quando você beija a garota por quem está apaixonado, e foi estranho, eu não soube explicar... Ele subiu em cima de mim e começou a me beijar. O que tinha começado como um simples selinho havia se transformado num longo, doce e molhado beijo de cinema.
Eu puxava ele mais e mais pra perto de mim, e aquilo me fez incendiar, comecei a gemer. Mas tinha que esconder porque aquilo seria constrangedor demais. Eu gemia baixinho abafando o som e ele também. E ficamos assim por muito tempo... Até que a janela se abriu por uma grande ventânia lá fora e finalmente largamos um do outro.
Ofegantes, suados, constrangidos, e respiração á mil. Nos olhamos nos olhos e nos abraçamos. Então ele que ainda estava em cima de mim falou baixinho no meu ouvido:

- Eu venci, agora você vai ter que pagar uma prenda...
- Que prenda Henry? Eu disse num tom baixo e ainda ofegante.
- Vai ter que me beijar. Disse ele ainda sussurrando.
- Mas eu já te beijei... Eu disse em dúvida.
- Mas eu não disse onde você tem que me beijar. Ele disse.

Eu me assustei na hora e meu coração foi a mil. Como assim não disse o lugar? Eu não podia fazer aquilo, eu não ia fazer aquilo.

My Brother: My Sweet Little Brother (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora