O Casamento. (Capítulo 6)

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Finalmente havíamos chegado. A igreja estava bem iluminada, e a decoração estava perfeita, afinal nossa prima é muito rica e também muito mimada. O pai foi direto cumprimentar as pessoas, e a mãe foi ao encontro das outras madrinhas (ela era a madrinha do casamento e meu pai o padrinho). Eu e Henry fomos falar com o noivo, nosso parceiro Josh.
Eu, Josh e Henry nos conhecíamos desde crianças. Henry e Josh não se davam muito bem, mas eu e ele sim. E hoje, por mim, eles são bons amigos.
Lá estava ele, nervoso, com um belo terno e próximo a seu pai.

- E aí mano! Disse eu.
- Hey Jack, e aí Henry. Como vocês estão?
- Acho que a pergunta é como você tá? Não maninho? Disse o Henry sarcástico.
- Hahah, tô bem nervoso, vocês sabem que a Julis nunca gostou de compromisso... Tipo, eu sei que ela me ama, e eu também a amo, mas... Vai que ela desiste? Disse o Josh um pouco desanimado.
- Relaxa, se a piranhona te abandonar no altar... Bebe! Só bebe. Eu disse rindo.
- Hahah, idiota! E não chama ela assim. Disse Josh me repreendendo.

- Com linsença, olá meninos quanto tempo?

Fomos interrompidos pelo pai de Josh, era um bom homem, sempre fazia carrinhos de madeira e balanços pra a gente quando éramos crianças.

- Olá Sr. Marshall! Eu disse.
- Hey Sr. Marshall, quanto tempo hahah. Disse Henry.
- Heheh, realmente meninos, a última vez que vi vocês três juntos assim, foi quando estavam vendo aquela revista proibida hahahah. Disse ele rindo.
- Hahah, ei pai! Esquece isso, é constrangedor! Disse o Josh envergonhado.
- Relaxem estou só brincando. Disse o Sr. Marshall.
- Bem galera, eu e o Henry vamos ali falar com o resto do pessoal, boa sorte parceiro, até mais. Eu disse enquanto me afastava.
- Até daqui a pouco noivo hahah. Disse Henry.
- Até irmãos idiotas. Disse Josh dando uma piscadinha pra nós.
- Até daqui à pouco meninos. Disse o Sr. Marshall.

Eu e Henry cumprimentamos algumas pessoas e fomos para o lado de fora da igreja, Luna nos olhou com uma cara de: Não sumam de vista.
Eu sabia que demoraria para começar a cerimônia, pois nossa prima era muito caprichosa. Julis Clarisse Matthew, ou como á chamamos, Clare. Era a garota mais mimada e vadia do mundo, super divertida engraçada e sarcástica, mas principalmente vadia hahah, no bom sentido. Ela é a Regina George da vida real, a abelha rainha.
Como sabia que ia demorar pra ela chegar, pensei no que ela faria no meu lugar, e a resposta é? Bourbon. Trouxe um canteiro com Bourbon, é claro que eu não ia ficar lá em pé sem fazer nada.

- Hey mano, que é isso? Perguntou Henry.
- É um canteiro de Bourbon. Eu disse.
- Tu tá de zoa com a minha cara... Tu trouxe um canteiro de Bourbon pra á igreja? Disse o Henry.
- Claro que eu trouxe. Não sei porquê tanta surpresa. Eu disse.
- É, verdade, você é você isso não me surpreende na verdade hahah, passa pra cá. Disse ele.

Ficamos um tempo bebendo juntos, e tomando ar no lado de fora da igreja. Aquele lugar já estava lotado e nada da noiva aparecer...
E quando todos menos esperavam... Claro que ela queria fazer sua entrada triunfal. Ela chegou com um vestido enorme, mas branco? Não. O vestido era preto. Eu sabia que ela adorava preto mas não pensei que tanto hahah. De qualquer forma estava linda. Uma maquiagem leve, os cabelos soltos, e um véu negro. Ela não era gótico ou coisa do tipo, apenas dizia: "Preto é a minha cor." E ela deixava isso bem claro. Tenho quase certeza de que as pedras do vestido eram diamantes negros. A vadia era podre de rica e claro que num dia como aquele ela iria aproveitar pra esfregar isso na cara de todo mundo, e eu adoro isso nela hahah.

- Cheguei vadias. Disse Clare saindo de sua Limousine com seu vestido negro e enorme.
- Julis? Que porra é essa?

Esqueci de falar da amável Sra. Matthew, ou tia Margareth como eu a chamo mesmo que ela não goste. É uma mulher linda, alcoólatra, e uma vadia (tão mãe tal filha), não que ela traia o marido, ela só é uma pessoa horrível. E adora Whisky, temos isso em comum.

- Ué querida, se não for pra causar eu nem saiu de casa. Disse Clare debochada como sempre.
- Eu devia te deixar pelada aqui na frente de todo mundo... Disse a Tia Margareth irritada.
- Ah deixe, nada que não tenham visto. Disse Clare ironizando.
- Quer saber? Foda-se essa merda, vai logo pra aquela porra daquele altar e termina logo com essa merda que hoje eu vou beber até o cu cair.
Disse Margareth enfatizando.
- Calma meu amorzinho, segure essa piriquita. Sou dona da porra toda. Deixe minhas cachaça. Disse Clare.
- Cala a boca e vai logo prostituta. Disse Margareth.

Todos se sentaram, e as damas de honra, madrinhas e padrinhos, foram para seus lugares. Julis foi até Josh acompanhada de seu pai, e quando passou do meu lado e do Henry mandou um: Olá irmãos, bem sarcástico como ela é. Pisquei para ela.
Josh estava surpreso com a peculiaridade da Clare, mas mesmo assim ainda suspirava por ela. Ele sempre foi apaixonado por ela, e ela faz questão de ser a princesinha e dona da relação hahah, mas no fundo ela o ama, mesmo que não admita.
A cerimônia começou, e o padre falou todas aquelas baboseiras as quais não prestei atenção, fiquei apenas escorado no Henry e olhando pro nada.
A daminha, Jenna, filha da sua irmã mais velha Magnólia, ou como á chamamos, Maggie, levou as alianças. Que foram colocadas em seguida e foram feitos os votos, só do Josh claro, Clare tava cagando pra isso.
Então o padre começou.

- Julis Clarisse Matthew, você aceita Joshua Marshall como seu legítimo esposo? Para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?
- Querido, se ele ficar pobre quem vai separar não é a morte não, vou ser eu mesmo, porque não sou obrigada a casar com homem pobre, eu nem queria casar nem sei o que tô fazendo da minha vida, mas já tô aqui né... Aceito. Disse Clare cansada daquilo.

O padre pegou um lenço e enxugou a testa, estava meio nervoso com aquela situação hahah.

- Joshua Marshall, você aceita Julis Clarisse Matthew como sua legítima esposa? Para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?
- Aceito. Disse Josh sem hesitar.
- Então, pelo poder á mim consebido eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Neste momento Clare rasgou seu vestido ao meio ficando só de Langerie, deu um belo amasso no Josh e foi em direção a Limousine. Voltou com o buquê de rosas pretas.

- Mas irmã? E esse buquê colorido que eu fiz pra você? Disse Emilly, uma dar irmãs, a irmã númeri 2 se não me engano.
- Joga essa merda no lixo. Disse Clare, de forma fria.
- Vamo seus merdas, podem enxer o cu de bebida, vamos pra festa!!
- Mas Julis e o Buquê? Não vai jogar? Disse Stella, a irmã gêmea não idêntica de Clare, 2 minutos mais velha. É linda, eu tenho uma quedinha por ela...
- Ah é mesmo, valeu mana. Então eu vou jogar essa praga, pra ver quem vai ser a próxima a tomar no cu e ter que passar o resto da vida com um macho só, se arrombem vadias. Disse Julis subindo em um banco da igreja e jogando o buquê para trás.

Quem acabou pegando o Buquê foi Stella, confeço que por um momento pensei: Por que não eu o homem que a fará feliz pro resto da vida? Nesse momento, não sei se foi destino,as Stella me olhou nos olhos e sorriu. Ficamos no encarando por vários segundos então Henry me puxou e fomos pro carro, estávamos indo agora para a festa.

My Brother: My Sweet Little Brother (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora