Cookies. (Capítulo 8)

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As férias estavam "acabando", estávamos no meio delas, mas logo seria hora de voltar para a escola, porém ainda tínhamos tempo.
Henry era 1 ano mais novo e estava 1 ano atrás de mim no colégio. Eu sempre fui aquele aluno que sabe fazer mas tem preguiça, geralmente passo me arrastando. Já Henry nem sabe e nem tenta, é despreocupado e desinteressado mas consegue colar muito bem nas provas.
A gente nunca se importou em ser bom na escola, sempre tivemos a vontade de largar tudo mas não podíamos por causa da Luna. Eu e Henry temos um plano de quando nos formarmos ao invés de ir prà universidade comprarmos um trailler (aqueles carros que dá pra morar dentro) e cair na estrada. Só precisamos de: Bebidas, cigarros, um cachorro, 1 Guitarra (pro Henry) e 1 Baixo (pra mim) e algumas ervas... Talvez. É tudo que queremos, desde os nossos 13 anos. Henry e eu sempre fomos assim, meio loucos, nunca nos preocupamos com coisas sérias e odiamos responsabilidade. Alguns dizem que isso é por causa do Signo da gente (Gêmeos), e eu até acredito hahah mas o Henry nem tanto.
Já estávamos no meio de dezembro e o Natal estava chegando. Não estava nevando muito o que era uma pena mas estava bem frio.
Depois do que havía ocorrido noites atrás eu e Henry estávamos cada dia mais próximos, e eu adorava isso.
Era sábado, o que pra nós dois só quer dizer uma coisa: Festa. Combinamos com uns amigos pra sair, Josh estava entre eles, claro, se sua esposa deixasse. Era o nosso amigo mais velho, 18 anos, mas com cabeça de 16. Henry e eu falamos com o nosso pai e ele liberou, para a Luna tivemos que inventar que iríamos jogar videogame na casa de um amigo.
Era tarde, eu e Henry estávamos em casa de cueca assistindo séries no quarto.

- Hey, você vai querer ir prà academia hoje? Disse Henry.
- Não sei, acho que não, tô meio dolorido de ontem. E você como tá? Perguntei.
- Tô mais ou menos, meus braços ainda tão doloridos sim. Disse Henry enquanto mostrava os braços que estavam começando a crescer.
- Hum, deixa pra segunda, aliás, vou tirar o sábado dos dias em que frequentamos. Eu disse.
- É melhor mesmo. E falando nisso, teu abdome tá cada dia melhor hein hahah. Disse Henry olhando pra meu corpo.
- Hahah, nem tanto, mas você também tá ótimo mano. Eu disse dando um leve tapa em seu peito.
- Teu peitoral já tá bom mano, ainda quer fazer a tattoo? Disse Henry.
- Com toda certeza, mesmo que a Luna me expulse de casa hahah. Lembra quando colocamos o alargador? Ela nos deixou sem celular por 1 semana hahah. Eu disse.
- Porra mano, lembro sim hahah, que drama. Disse Henry.

Tínhamos um alargador cada um de nós, daqueles pequenos. Eu na orelha esquerda e Henry na direita. A Luna quando soube fez um escândalo mas ainda assim eu pretendia fazer uma tatuagem no peitoral "Leur Mort" (Para a morte). É meio que uma filosofia minha do destino final de todos nós, eu tenho isso de viver ao máximo. Afinal a última viagem que todos nós faremos na vida, é Para a Morte.

- E aí? Quando pretende fazer? Disse Henry.
- Talvez próxima semana, se der. Tá com fome? Perguntei.
- Tô de boa, mas comida é sempre bom por que? Perguntou Henry.
- Vou na cozinha procurar algo pra comer, vamos? Eu disse.
- Beleza. Disse Henry.

Descemos as escadas, de cueca mesmo pois só nosso pai estava em casa, no quarto vendo um filme. Luna tinha ido para o spa tirar uma folga da gente.
Fomos até a cozinha procurar algo até que eu avistei o livro de receitas da Luna. Ela anotava tudo o que gostava de cozinhar nele, e não deixava ninguém olhar pois tinha as suas "receitas secretas". Era estranho ela ter deixado ali pois sempre o escondia antes de sair, mas naquele dia foi diferente. Eu gostava de cozinhar, era muito bom na verdade e acabava fazendo Henry de assistente sempre que cozinhava algo mas ele nunca reclamou.
Folheei as páginas daquele livro e acabei achando a receita de Cookies. Tava morto de fome e tinha uns salgadinhos guardados mas eu preferi esperar pra poder comer algo mais interessante.

- E aí? Que tal a gente fazer isso? Eu disse apontando para a receita no livro.
- Ah é gostoso, mas tem certeza que tem tudo que precisamos aqui? Disse Henry.
- Sabe como a Luna é, perfeccionista ao extremo, não ia deixar faltar nada nessa casa. Ela avalia até se os preservativos já acabaram. Eu disse.
- Que? É ela que compra? Achei que fosse você ou talvez o Pai... Puta merda. Disse Henry surpreso.
- Pois é, ela diz que não está na hora de ter netos e que tem um filho nuito irresponsável, ao caso eu. Eu disse.
- Tá, beleza então vamos. Disse Henry.

My Brother: My Sweet Little Brother (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora