Meu celular começou a vibrar em meu bolso e eu acordei alerta, me toquei de que não estava em casa, nem na minha cama. Melhor do que isso, eu estava com minha garota, que ainda dormia em meus braços. Saí vagarosamente de seu lado e segui para o corredor, atendendo o aparelho irritante.
- Alô. – Diminui a voz.
- Christopher? Onde você está? – Ouvi a voz do meu irmão do outro lado da linha. – Estávamos te procurando.
- Aconteceu algo?
- Bom, você sumiu e não deu notícias, presumimos que algo tinha ocorrido.
- Não aconteceu nada, só não passei a noite em casa.
- Dormiu com quem?
- Por que você presumiu que eu tenha dormido com alguém? – Retruquei olhando o relógio da cozinha, que marcava 5:15. "Por que diabos Michael me ligou tão cedo?", pensei.
- Por acaso estou enganado?
- Estou com Helena agora. Sabe do Donn?
- Você quer mesmo saber do nosso pai?
- Seu pai, para mim só temos 23 cromossomos em comum. – Retruquei. – Sabe onde ele está agora?
- Não, provavelmente dormindo, já que não tem muitos hábitos diurnos.
- Me avise se o vir. Vou voltar para casa, tenho que resolver algo...
- Tudo bem.
- Michael, devo avisá-lo que há uma possibilidade de que quando eu o encontrar, tentarei matá-lo. Então, sinta-se à vontade para me avisar ou não se o vir. Não o julgarei por isso. – Conclui desligando o telefone.
Voltei para o quarto e observei a garota dormir por alguns minutos, tirei um papel de sua escrivaninha e escrevi um recado para que ela não pensasse que a tinha deixado para trás.
- Nos vemos em breve. – Sussurrei beijando sua testa e saindo do apartamento.
Eu tinha que resolver essa coisa com Donn, antes que ele machucasse Helena ou mesmo Michael, que não enxergava o que ele realmente era. Peguei o carro e voltei para casa, liguei para John e pedi que ficasse de olho em Donn, se o visse deveria me avisar.
O tempo parecia não passar, ninguém me ligava, mandava mensagem ou fazia qualquer sinal de fumaça. Saí de casa e decidi procurar por ele, por conta própria, antes que o dia terminasse queria resolver tudo. Foi aí que o vi do outro lado da rua me observando, mandei uma mensagem para Michael me encontrar lá o mais rápido que pudesse e deixei o celular no bolso com o viva voz ligado para que ele escutasse tudo. Estava na hora de Michael saber o motivo de eu odiar tanto nosso pai.
- Além de tudo, vai ficar me vigiando? – Retruquei saindo do carro com uma arma na mão.
- Pelo visto encontrou a vadia. – Riu me olhando.
- Como se atreve a atacar Helena? Perdeu a noção do perigo?
- Pirralho, você não é nada comparado a mim.
- Pelo visto pensamos o mesmo um do outro. Porque no final, o pirralho acabou com tudo que já foi seu.
- Comparado ao que fiz com a sua mãe, você não me fez nada. – Donn debochou o que me fez sentir vontade de matá-lo ali mesmo, mas algumas pessoas estavam passando pela rua. – Não vai me chamar para entrar? Adoraria ter essa conversa em particular.
- Quanto menos testemunhas melhor. – Conclui o seguindo para dentro de casa.
Assim que passamos pela porta destravei minha arma e notei que ele fez o mesmo, ambos apontamos a arma na cabeça do outro.
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Assassina de Aluguel
Fiction généraleHelena Summier, 27 anos, excelente assassina. Uma mulher confiante, habilidosa, cuja arrogância a deixou descuidada. Péssima hora para ser presunçosa. Releitura da fanfic de minha autoria: GUNS AND HEARTS (Disponível no SPIRIT FANFICS)