Capítulo 25

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- O que está rolando aqui? - Gabe perguntou, sentando-se ao meu lado no banco do jardim e Lídia posicionando-se do outro.

- Como assim? - franzi a testa em confusão.

- Oh, vamos, você está praticamente brilhando como uma estrela - disse minha amiga, arqueando uma sobrancelha. Mordi o lábio, de repente tímida por estar sendo tão óbvia, e antes que eu pudesse dizer algo, um tapa veio no meu braço - Ai - reclamei, esfregando o local e fuzilando Lídia.

- Vocês transaram - ela acusou, sua boca formando um "O" perfeito. Gabe segurou a respiração ao meu lado antes de me balançar pelos ombros.

- Conte-nos tudo, não nos esconda nada - disse, pura animação e logo minha amiga estava se juntando a ele. Contei tudo o que havia acontecido, tirando os detalhes sórdidos, é claro. Quando terminei, houve um silêncio, ambos piscavam repetidamente, processando tudo o que eu havia dito.

- Tudo bem, eu preciso perguntar - Gabe foi o primeiro a quebrar o silêncio - como ele é lá em baixo?

- Sim, D.J. estava certa? Tem algo errado?

Mordi o lábio e demorei para responder apenas para atiçar a curiosidade desses dois bisbilhoteiros de vida íntima. Falei apenas quando Gabe estava se contorcendo ao meu lado, quase parindo um filho... ou um bando deles.

- Não há nada de errado com sua anatomia - falei, lembrando-me de como é sentir seu corpo perfeito junto ao meu, dentro de mim.

- Está falando sério? Nenhum defeitinho? - Lídia perguntou.

- Nenhum, seu corpo é perfeito.

- Essa vida é muito injusta - Gabe resmungou - tem certeza que ele não tem nenhum traço indicando que ele joga ou poderá jogar no time cor de rosa?

- Esqueça - eu ri e me levantei - falando nisso, eu vou procura-lo.

- Você é uma vadia sem coração - Gabe disse, mas suspirei, voltando a me sentar.

- O que foi? - Lídia perguntou, franzindo o cenho.

- A noite passada foi incrível, mas ele parece estar me evitando a tarde inteira.

- Talvez seja impressão sua - Gabe tentou.

- Ou talvez ele tenha se arrependido do que fizemos - falei, melancolicamente, o que realmente não fazia o meu tipo.

- Se assim for, ai está o defeito dele... é um idiota.

Meus amigos tentaram me animar um pouco antes que eu saísse para procurar Nick. Vasculhei pela casa, tropeçando em meu irmão e fugi quando minha mãe, visivelmente tonta e com um microfone na mão, me chamou. Olhei pelo jardim e ouvi vozes em uma parte mais isolada, me aproximei e encontrei Vivian encostada em uma das árvores do jardim e Nick bem perto, prendendo suas mãos acima da cabeça. Talvez esse fosse o motivo do seu distanciamento, o porquê de Nick estar me evitando, ele estava afim da barbie Malibu. 

Mordi meu lábio em frustração e procurei algo para jogar neles e acabar com o momento mágico. Não havia nada ao redor. Então, sem pensar claramente, arranquei minha rasteirinha do pé e joguei, indo parar direto nas costas de Nick. Ele se virou abruptamente, seus olhos se ampliando quando me viu e sai correndo dali antes que eu voasse em um dos dois.

Quando alcancei as pessoas, parei e apenas andei rápido, tentando não demonstrar que havia algo errado, não chamar a atenção e não parecer uma louca. Entrei no quarto tempestuosamente e bati a porta atrás de mim, meus dentes tão apertados uns nos outros que minha mandíbula estava começando a doer. Inferno. Eu realmente deveria voltar lá e dar uns bons tabefes naquela vaca oxigenada.

ღ Um Namorado por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora