Please, Stop.

Nothing is Perfect

6 de Fevereiro, 16 Cortes, 1 Tentativa de Suicídio

Não sei bem o que hei eu de escrever, o que queres que eu escreva? Queres que te conte como foi o meu dia? Queres que te conte o que me aconteceu a partir do momento que me levantei da cama?

Ou será que queres simplesmente saber como me sinto, quais os meus sentimentos? Será que queres saber tudo o que vai cá dentro, dentro do meu pensamento, corpo ou coração? Qual destas perguntas esperas resposta?

O que esperas que te diga, o que queres que escreva? E pergunto-te isto porque não sei, não sei o que ei de te dizer, explicar ou alguma outra coisa. Então vou simplesmente definir o meu dia numa frase: Nada é Perfeito.

Nada é perfeito, pode ser muitas coisas mas perfeito é muito relativo e a relatividade, o que é isso, a relatividade? Então relatividade tem a ver com aquilo que tu imaginas, aquilo que constróis dentro do ter pensamento, é aquilo para que olhas e das te a entender que não tem nenhum defeito, que simplesmente é completamente “ken” e tu?

Tu sentes-te perfeita também, porque parece, sim, PARECE que tu encaixas perfeitamente com ele ou com aquilo que desejares ser perfeito, porque afinal a perfeição é apenas uma perspetiva, umas perspetiva que tu queres ter quando estas diante daquilo, dele ou dela, aplicando-se a tudo o que desejares.

E afinal de contas, pensas bem, e acabas sempre por perceber que não era bem assim, ou tu não encaixavas bem, na perfeição, ou então o problema era dele, mas ai está! Não era ele que dizia que vocês ficavam perfeitos juntos, que ficavam fofos e queridos e completamente “happy forever and ever”?

Era ele que dizia isso tudo e também era ele que te fazia sentir assim, feliz e completamente perfeita, mas será que ele também o era? Será que ele também se sentia “happy forever and ever” ou eras só tu? 

Não, era mesmo só eu. Ontem tive finalmente a coragem de falar com ele. Aquele rapaz que me fazia sentir nas nuvens já à 2 semanas, que fazia com que eu, por momentos me esquece se da porcaria que a minha vida era. Fazia com que eu, por momentos me esquecesse que os cortes que tinha no braço não existiam, não ardiam no chuveiro ou magoavam quando me emporravam nos corredores da escola.

Finalmente respondi lhe às mil e uma perguntas que ele me havia já perguntado desde à 2 semanas para cá. E respondi lhe, dizendo lhe o porque de eu estar sempre sozinha, de não me lembrar de conversas expecificas que falávamos, de nunca ter tido um namorado e de nunca querer ninguém próximo "demais" de mim.

Contei lhe. Contei lhe sobre a doença e o quanto ela me matava por dentro. Expliquei lhe o que me acontecia de manha e como me lembrava dele quando o via, todas as manhas. Expliquei lhe isto tudo, enquanto ele olhava para mim, confuso, assustado e com pena.

E eu podia ter parado por ai, mas como eu sou estúpida e completamente um mostro, mostrei lhe quando ele disse que eu estava a gozar. Mostrei lhe os cortes perfundos que faziam do meu braço um perfeito horror, horror que eu nunca tinha mostrado a ninguém.

Nunca o devia ter feito, nunca lhe devia ter contado. Fui iludida, mais uma vez. Cai bem fundo no mesmo poço, novamente. Mas nem é isso que mais me atormenta. O que faz a minha mente e o meu coração em pedaços foram as suas palavras, palavras as quais não me saem da cabeça, ficando assim do o perfundo olhar azul dele entrado de rombante no meu quando disse:

" Acho que não deviamos ser mais amigos. Não quero ter nada a ver com isso."

_____________________________________________

Olá perfeições c: venho por aqui algumas perguntas para responderem nos comentários ok?

1- Porque acham que o "menino misterio" teve esta reação?

2- Acham que ele vai "voltar" para a Mary?

3- Será que ele também está apaixonado por ela?

Bju grande e votem s2 s2 s2