Dando um pulo no tempo

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Dan:

    Já se passaram 3 meses desde o começo das aulas... Meu objetivo até agora é a Amanda, só que ela parece estar cada vez mais envolvida com aquele esquisito ridículo!
    Eu não entendo, nunca quis tanto ficar com alguém assim como quero ficar com ela. Sinto algo quente dentro de mim quando penso nela, apesar de ultimamente não estar conversando muito com ela. Acho que minha atitude sobre isso deve mudar.
    Estava passeando no corredor da escola no horário do intervalo até que, por coincidência (uma bela e esperada coincidência), vi Amanda indo direto pro banheiro. Esperei ela sair para falar com ela.
    - E ai? - A abordei e ela se assustou.
    - Nossa! Que susto, Daniel... - Botou a mão no coração. - Tudo bem. E com você?
    - Ah, comigo está tudo bem. Mas podia estar melhor... - Suspirei.
    - Por que diz isso?
    - Eu queria falar com você Amanda, mas em outro lugar. - A puxei para outro lugar sem saber sua opinião.
    - Peraí... - Ela tentou se soltar e eu deixei. - Pra onde está me levando? - Disse desconfiada.
    - Calma, eu não vou te machucar... - Lhe peguei pelo pulso de novo e a levei para um canto isolado.
    - O que foi??? - Passou a mão pelo local onde eu a puxei, irritada.
    - Bem, eu não sei como posso começar. Isso é sério, Amanda. Desde o começo, eu sinto um sentimento profundo por você. Eu te acho incrível, você é linda. No primeiro dia, eu queria que você ficasse comigo e com o meu grupo, mas não parece que gostou da ideia. Acho que você sente o mesmo em relação a mim. - Eu peguei em sua mão.
    - Então Daniel, vou te falar a real. - Falou enquanto puxava fortemente a mão que eu segurava. - Obrigada pelos elogios, você é charmoso até. Eu nem falo muito com você porque no dia em que eu confiei em você, me pressionou contra seu próprio corpo e me machucou, eu não acho isso certo. Só um doente pode achar isso certo! Eu acho que com tudo isso, já responde o que eu sinto por você!!! - Terminou com voz indiferente e saiu andando. Eu não pude suportar e a agarrei.
    - Amanda, Mandy, por favor, fique comigo, eu valho a pena!!! - Falei em voz alta, suplicando.
    - Me solta, doente!!! - Ela gritou tentando se soltar de mim. Quando ouvi suas palavras sujas, a fiz me encarar.
    - Não me chame assim! - A apertei tanto que ela quase não respirava.
    - ME SOLTE AGORA SEU NOJENTO!!! - Ela gritou incontrolavelmente. Não aguentei e puxei forte seu cabelo. Gritou e não sei da onde ela juntou tanta força, que se soltou dos meus e me deu um tapa forte que doeu. Eu a olhei com ódio e estava pronto para agarrá-la de novo, até que no momento, vi alguém entrando na minha frente e me chutando. Foi um chute muito forte para ser de alguma menina.
    - Quantas vezes mais você vai agredir ela e apanhar de mim? - Nichollas, o idiota, me encarou. Alguma coisa nele havia mudado, mas não importa, aquele verme me chutou na barriga.
    - É um verme mesmo... Só sabe atrapalhar as coisas entre nós. Por que você não vai se isolar do mundo que você sabe que te odeia e não nos deixa em paz? - Me levantei e ri.
    - Eu não preciso perguntar o que você estava falando pra ela, eu só preciso fazer você aprender uma lição.
    - E que lição? - Me aproximei.
    - A que não se agride uma mulher em hipótese alguma. - Ele falou alguma coisa pra Amanda, que eu não ouvi.
    - Pena que eu não sigo regras de um débi lóide. - Debochei.
    - Cansei de falar, Daniel, já perdi tempo demais com você, mas que fique avisado: se você fazer algo com ela de novo, vou te bater sem piedade. - Ele olhou para Amanda e foi embora com ela.

Nick:

    Aquilo aconteceu de novo. Aquele sem noção a abordou daquele jeito horrendo de novo. Sem ofensas, ela foi muito ingênua em acreditar nele mais uma vez, bem, mas não se sabe o que ele lhe disse.
    Os 3 meses que se passaram me fizeram muito bem, por causa dela. Ela me mudou. Mudou para melhor. Nunca me senti assim antes. Com ela eu aprendi o que eu nunca aprenderia sozinho.
     O problema é que eu até agora não contei pra ela sobre os meus sentimentos. Mesmo tendo aprendido bastante, ainda não aprendi a decifrar o que ela sente por mim. Bom, pelo menos sei que sou o melhor amigo dela. Isso já me deixa muito feliz, dá até vontade de sair falando pro mundo "AMANDA LEWIS É MINHA MELHOR AMIGA, LALALALA". Isso foi muito infantil, mas é o que eu queria fazer mesmo.
    A gente passava muito tempo juntos, tipo, na escola, 80% era o tempo que ela passava comigo. 20% era com suas amigas. E pelo menos uma vez por semana eu ia na casa dela, ou ela vinha na minha casa para estudarmos ou para vermos filmes de terror. Parece uma coisa bem normal para pessoas normais (o que não é o meu caso). Pra mim, isso é uma conquista e tanto.
    Só sei que meus sentimentos pela Amanda foram crescendo mais e mais ultimamente...
    - NICHOLLAS! Está me ouvindo? - Disse ela furiosa enquanto me dava um tapa.
    - AI! - Gritei massageando a cabeça. - Claro que não! - Respondi e fez uma expressão de desprezo.
    - Eu disse obrigada. - Voltou ao seu tom normal. - Obrigada mais uma vez.
    - Ah...  - Passei a mão pelos meus cabelos, meio sem graça. Eu ainda não sabia como reagir aos agradecimentos e elogios dela! - De nada. Você sabe que pode sempre contar comigo.
    - Tem razão... - Meu Deus, ela ficou corada, que coisa linda! Calma, Nick, se concentre, se concentre... - Quer dizer, - Ela balançou a cabeça. - eu sei disso!
    - Então, ele te bateu ou algo assim? - Comecei a analisar cada parte do seu corpo (isso saiu meio errado, mas a gente deixa passar).
    - Ele só apertou um pouco o meu pulso, e puxou meu cabelo bem forte. - Ela olhou pra mim e se envolveu com os braços. - Por que me olha assim? - Ficou corada de novo.
    - O que? - Perguntei meio incrédulo. - N-nada, não é-é nada! - Tentei me acalmar. - Isso é tudo coisa da sua cabeça!
    - Por que me olha assim? - Perguntou de novo.
    - Eu só estava analisando se você não tinha nenhum machucado no corpo, ué. - Deus, por que disse isso?
    - Sabe que eu não gosto quando me olha assim. - Disse meio sem graça, porém deu uma risada. E fomos para a aula pois o sinal tinha batido.


>Oie gente!
Esse capítulo foi 3 meses depois do acontecimento da festa, pra não ficar na mesma coisa!
Bjin<

O Rebelde, O Esquisito e a A MocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora