My Host Brother ||MUKE||

Fútil?

(Sei que a mídia não tem quase nada a ver com o Cap. Mas eu amo ela então é isso.. 😂 )

...

-VOCÊ VAI VER QUEM É O LOIRINHO ,SEU CABELO DE MENSTRUAÇÃO PRECOCE. ACHA QUE EU SOU UMA PUTA IGUAL AS QUE VOCÊ TRANSA POR AÍ..?? OU NÃO, ESPERA... VOCÊ É A PUTA. SEU GAYZÃO DE MERDA...

Luke tentava estapear Michael falhando bruscamente, afinal ele é magrelo e Michael uma rocha perto dele.

-Nossa, calma Lusca.. Eu hein. -Michael enfiou o balde de pipoca na cabeça de Luke e subiu correndo e rindo.- Em dois minutinhos estou de volta.

- Não acredito que ele fez isso.. -Luke tirou o balde da sua cabeça e olhou Ashton e Calum- Oi Cal.. Ash, como você aguenta isso? Aff...-Revirou os olhos e subiu bufando e batendo os pés no chão.

- Nunca tinha visto esse lado do seu amigo, Cal.. -Ash riu e começou a arrumar a bagunça que os dois malucos tinham feito na sala.

-E você acha que eu tinha..? -Calum riu e foi ajudar Ashton, sem perder a oportunidade de observar cada ação do mais baixo. Lembrando - se de seus pensamentos inadequados.

15 minutos depois os três se despediram de Ashton, Calum e Luke agradeceram pela carona enquanto Michael entrava na escola.

Luke

-Você está tão bravo assim com o Michael? Ele só disse uma asneira, para de ser cabeça quente, Luke.

- É porquê não foi com você..

-Para de ser besta, Luke.. O Michael pode ser até um idiota, mas ele parece ser bom lá no fundo.. Por que você não dá uma chance pra ele?

Olho incrédulo pro Cal e rio sarcástico

-Chance, Calum? Chance pra quê? Pra ele me foder e depois me largar que nem ele faz com as garotas e os caras fazem com ele? Não, obrigada. Sem falar que eu sou hetero. E não curto esse tipo de gente fútil.

-Se você insiste.. -Calum deu de ombros e e entrou na classe atrás de Michael, e eu entrei logo em seguida.

A aula está calma, nenhuma reclamação ou perturbação, a não ser por Michael me olhando de 5 em 5 segundos. Parece até aquelas garotas de 15 anos iludidas que ficam olhando o garoto que elas gostam, eu hein.

- Sr.Hemmings, pode responder esta pergunta?

-Ahn? Oi? Qual pergunta..??

-Quais são as medidas do eixo maior e do eixo imaginário desta hipérbole? -A professora aponta o quadro e toda a sala me olha com aquela cara.

- Huh.. 30 e.. 13?!

-Errado. As respostas são 20 e 16. Mas claro que o número de vezes que você e o Sr.Clifford trocaram olhares na minha aula é bem maior ,não acha?

A sala inteira caiu na risada enquanto eu encarava Michael com minha melhor cara de bravo e ele encarava a professora ,ou melhor, a fuzilava com os olhos.

- Ah, claro.. E o número de séculos que a senhora já viveu é maior ainda ,não acha? -Michael falou ainda a encarando e sorriu sarcástico.

Mais gargalhadas. E uma professora furiosa.

- Sua nota zero também, Gordon.

Depois de mais algumas aulas o sinal tocou e todos fomos para o refeitório. Eu, Calum e Loey pegamos nosso almoço e sentamos em uma mesa, seguido de um Michael sem expressão alguma no rosto. Estranho.. nunca o vi assim antes.
Comemos o nosso almoço ouvindo as histórias de "aventura" da Loey e as vinganças que ela aprontou pros caras que tentaram fazer ela de trouxa. Todos rimos bastante ,exceto Michael, ainda sem expressão alguma.

Voltamos às aulas e dessa vez Michael não me olhou uma vez sequer. Me senti grato por isso, mas fiquei preocupado por ele só encarar sua carteira com a mesma "expressão de nada"
A tarde seguiu tranquila e fomos para casa. Ashton não pôde nos dar carona pra casa hoje. Ele fez hora extra.
O caminho foi silencioso. A não ser por Calum assobiando How Are You True, do Cage The Elephant. Eu amo essa música. Cantei baixinho acompanhando Calum e dessa vez Michael me encarava fixamente, sua expressão de nada ainda continuava, mas eu percebi a insegurança em seu olhar. Não sei porquê ao certo..

Chegamos em casa e Michael foi direto para o quarto, Calum ficou para o jantar e eu ajudei Dona Karen pôr a mesa. Ela insistiu mas Michael não desceu para o jantar.
Comemos, rimos, conversamos e no final Calum se ofereceu para ajudar com a louça, eu também os ajudei e depois Calum se despediu. Ele já ia sair quando Ashton apareceu e o ofereceu carona. Os dois saíram e eu subi para o quarto, fiz minhas higienes e finalmente me deitei. Noite passada eu não dormi direito, o sofá não é tão confortável assim.. E ainda por cima com um gordo em cima de mim. Falando nele.... Será que ele está bem..?... Ah, para de ser otário ,Luke.. Ele deve estar rindo da sua cara agora...
Tentei me esquecer dele, senti meus olhos pesarem e acabei por dormir.

Acordei de repente com uma sensação estranha ,como se nem houvesse dormido. Olhei meu celular e ainda era madrugada. Que estranho...
Ouvi uma respiração a mais no quarto e olhei para o meu lado. Tive um susto ao ver um ser de cabelos vermelhos me olhando. Seus olhos estavam acinzentados, diferentes do verde de costume. Ele estava abraçado a um travesseiro e um pouco encolhido.

-Desculpa..Eu...Não consegui dormir.

-E por quê veio pro meu quarto..?

-E-eu.. Eu Não sei ao certo..Eu...Bem..eu.. Meio que me sinto.. seguro, perto de você, Luke.

Aquelas palavras me viraram a mente. Michael está brincando comigo ou ele realmente tá falando sério...Quer dizer, ele pode estar bêbado.. Mas não, ele está sóbrio até demais.

- Michael.. Você tá bem? O que tá acontecendo? Isso é algum tipo de brincadeira e você vai tentar me estuprar depois? É isso?

-Não, Luke.. eu só quero..ficar com você.. Aqui ,sabe?... Nada de sexo, brincadeiras sem graça ou xingamentos. Eu posso pela primeira vez depois de longos anos tentar ser novamente Michael Clifford por uma noite..?

-Huh.. Você...Promete? -Eu estava confuso com aquelas palavras. Michael podia realmente mudar? Nem que fosse só por uma noite?!..

- Luke..Eu juro até de dedinho se for preciso... Eu realmente preciso de alguém especial agora.. E..Esse alguém não é a minha mãe, não é o Ashton..Ou qualquer cara ou garota que eu encontre por aí... Esse alguém é você, Luke....E você está aqui, agora. Você é real, não é?

Eu agora estava mais próximo de Michael, seus olhos agora tinham voltado ao verde intenso. Seu brilho era refletido pela luz da lua que entrava pela janela. Seus grandes olhos , me encarando como os de uma criança que precisa de cuidados e espera por aceitação... Eu não sei se é a decisão certa, mas eu vou confiar nele. E espero que ele confie em mim também...

-Sim.. Eu sou real, Michael. E você também é... Eu vou confiar em você, talvez só por essa noite,não sei.. Mas não me decepcione, promete...?

-Prometo.. Eu não vou te decepcionar.

Vi seu sorriso se abrir e automaticamente sorri também. Esse lado do Michael é tão bonito..Tão sincero... Nem parece o garoto que eu conheci pouco tempo atrás.. E cá estamos nós agora...Como se fossem anos.....
O abracei e beijei sua testa. Não sei como, mas naquele momento eu senti como se ele que estivesse cuidando de mim e me protegendo.
Me ajeitei e ele também. O senti abraçar-me por trás. Sem segundas intenções..Apenas como um gesto de carinho.
Na realidade eu me senti muito só desde que vim para a Austrália... Depois que a mamãe morreu e a minha irmã foi morar com meus avós.. Meu pai me tratava como sua empregada.. Mas eu nunca o desonrei ..Querendo ou não ele é e sempre será o meu pai. Sei que no fundo ele nos ama muito e entendo sua dor por tudo o que aconteceu....Por isso eu vim para cá. Tentar uma vida melhor para conseguir um bom emprego e ajudar o meu pai... Mas eu só.. Acho que só precisava de um pouco de carinho para me sentir bem..E estou o recebendo nesse momento.
Fui tirado de meus pensamentos por uma leve respiração em meu pescoço e a doce voz de Michael:

-Luke.. Eu sou... Fútil?