--- CAPÍTULO 11 ---

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Harry estava agora em um corredor muito estreito com o chão feito de grades, as paredes estavam somente nos tijolos de bloco de cimento com muito mofo dando uma cor esverdeada. Estava frio e muito escuro. Ele seguiu pelo corredor até encontrar uma porta.

Harry saiu em um corredor semelhante ao anterior, no final dele havia uma porta de grade firmemente trancada e uma cadeira de rodas destruída ao lado coberta de sangue. Ele logo percebeu que este lugar não estava no mapa e que consulta-lo seria inútil. Ele teria que ser cauteloso para não se perder. Havia somente uma porta neste local, ele passou por ela saindo em outro corredor com uma quantidade maior de portas. A escuridão era algo apavorante e estranhos sons vinham aos seus ouvidos às vezes. Havia seis portas naquele corredor. A primeira sala a esquerda não havia nada, somente uns barulhos estranhos e assustadores. A primeira sala a direita havia uma maca de hospital sem colchão e em cima dela havia uma fita de videocassete coberta de sangue, ele logo se lembrou da sala no terceiro andar onde havia um aparelho funcional em que ele poderia assistir o conteúdo daquela fita. Ele esperava obter algumas respostas sobre o motivo de tudo estar daquele jeito, portanto pegou a fita e levou consigo.

Haviam três salas trancadas neste corredor e somente a ultima a esquerda estava aberta. Harry entrou nesta sala e logo viu uma cama de hospital no centro com lençóis moderadamente limpos, e saquinhos de soro pendurados ainda pela metade, aparentemente alguém esteve ali recentemente, era bem diferente dos outros ambientes que ele havia visitado naquele hospital. Ao lado da cama havia uma máquina hospitalar para sustentação de vida ainda ligada e em cima do painel havia uma foto em preto e branco de uma garota muito parecida com Cheryl, porém havia um nome escrito "Alessa".

"– Alessa? Quem será? Ela é muito parecida com Cheryl, porém aparenta ser mais velha. Tenho quase certeza que essa foi à garota que eu vi naquele sonho e na visão ao sair daquele elevador. Será que é a irmã mais velha de Cheryl?" Harry se perguntava ao segurar o porta-retratos, olhando fixamente para a imagem.

Ao lado do porta-retratos havia uma chave dourada que dizia em sua etiqueta "Sala de Medicamentos". Ele olhou em seu mapa e viu que havia uma sala de medicamentos no primeiro andar. Era a sala em que ele tinha ouvido som de passos vindos do interior.

Harry poderia ir para a sala de medicamentos, mas ele estava mais interessado em tentar descobrir o que estava acontecendo com Silent Hill e aquela fita de vídeo poderia ajudar. Portanto antes de seguir para a sala de medicamentos ele decidiu que ir em direção ao terceiro andar utilizar a fita no videocassete.

Ele saiu daquela sala, passou pelos corredores em direção ao depósito do porão. Ele pegou o elevador e foi até o terceiro andar. Após passar pelos corredores ele chegou a sala 302 onde estava o aparelho. Harry pegou a fita e inseriu.

Uma imagem fora de sintonia apareceu, muito chuvisco e ruídos ao fundo, mas ele conseguiu ouvir fragmentos de vozes:

"......Ainda...........febre............incomum!.......não.........veri......puls.........apenas respir............pele está..... Mas quando eu tr...................................coa por..............................Por quê................crian.................

....................não direi.....................Por favor..."

Após isso a fita VHS foi ejetada e Harry estava mais confuso do que nunca, aquilo não serviu de grande ajuda, mas ele pode perceber que o conteúdo era importante, ele não sabia se o problema era a fita ou o aparelho, mas ele decidiu levar a fita para tentar assistir mais tarde em um aparelho melhor, caso encontrasse um por ali ou até mesmo quando chegar em casa.

Silent Hill A Cidade do MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora