--- CAPÍTULO 18 ---

25 1 1
                                    

Harry ficou sentado ali de costas para porta durante muito tempo. Ele ainda custava a creditar no que ele e sua filha estavam passando. Era terrível demais! Estava mexendo demais com o seu psicológico, era uma tensão inimaginável! Ele estava perdendo sua filha e agora uma amiga acabou de morrer! Ele não sabia onde estava Cybil e se ela estava bem. Às vezes era difícil continuar, mas ele não tinha escolha além de tentar.

Lisa não emitia mais nenhum som, parece que ela nem estava mais lá dentro. Harry abriu a porta apenas um pouco para saber se ela ainda estava lá, esperando pelo pior, mas ele ficou surpreso, pois ela havia desaparecido! Somente o seu sangue estava espalhado pelo chão. Harry avistou algo no chão no meio do sangue. Era um diário, o diário de Lisa. Harry o leu:

"Pedi ao doutor para me deixar cuidar daquela paciente."

"É estranho! Ela ainda está viva, mas as suas feridas não cicatrizam!"

"A sala está infestada de insetos, mesmo com as portas e janelas fechadas!"

"Há sangue jorrando da torneira do banheiro! Eu tento impedir, mas ela não se fecha!"

"Eu disse ao doutor que não queria mais trabalhar neste hospital."

"Tenho tido maus pressentimentos. Estou tentando me livrar deles, mas meu medo me impede!"

"Preciso de mais... Drogas!"

"Ajude-me!"

Parece que Lisa estava cuidando de uma paciente não muito normal. De acordo com relato ela já deveria estar morta, mas alguma coisa a mantinha viva sem explicação. O que mais o impressionou foi o fato dela estar tomando drogas. Não era por acaso que ela estava tendo perda de memória, talvez a causa disso fosse essas tais drogas. E quem era essa paciente?

No momento a única coisa que ele tinha certeza é que ele precisava encontrar sua filha e sair daquele terrível pesadelo! Harry estava com a estranha placa com o desenho de um relógio e decidiu ir até o antiquário examinar.

Ele foi até o primeiro corredor e entrou na sala do antiquário. Ao examinar o relógio ele percebeu que havia um espaço quadrado onde à placa se encaixaria perfeitamente. Ela inseriu a placa naquele espaço e o relógio deu cinco badaladas antes do vidro enfim se quebrar espalhando cacos por todo o chão! Harry enfim conseguiu apanhar a chave dentro do relógio, era dourada e tinha o nome "Hagith" gravado no metal.

Ele saiu dali e foi em direção à porta no final do corredor mais longo e usou a chave na porta onde havia o mesmo nome da chave. Ela se abriu e ele estava de frente para as portas do elevador. Harry entrou e havia dois andares a se explorar. Ele decidiu ir ao segundo andar primeiro. Após o elevador parar Harry estava em outro corredor com várias portas, seu rádio começou a chiar e mais a frente ele encontrou duas enfermeira infectadas, ele mal conseguia acreditar que Lisa iria se transformar em uma delas! Harry pegou sua pistola e as finalizou rapidamente com um tiro na cabeça! Quase todas as portas estavam trancadas ou impedidas de se passar, porém uma delas o levou a uma loja de joias que havia visto no shopping. Havia vários balcões de mostruário de joias, todos vazios e muito danificados, mas em um deles estava um objeto de metal estranho, havia o desenho de uma cobra enrolado em um bastão, era o símbolo de medicina se ele não estava enganado. Estava gravado o nome "Crista de Mercúrio" na parte de trás do objeto. Em outra prateleira havia um pequeno anel de contração, geralmente usado para prender elos de correntes, estava muito bem limpo e por isso Harry o apanhou. Ele saiu daquela sala e verificou as outras portas até virar no corredor. Somente a porta que dava acesso ao outro lado dos corredores estava aberta. Era outro dos andares do hospital, este estava exatamente igual, porém quase todas as portas estavam trancadas. A última porta do corredor estava aberta e ele encontrou, além de várias macas destruídas e colchões sujos, a placa de metal parafusada a parede, porém desta vez ele havia encontrado uma chave de fenda para removê-la. Harry a retirou do bolso e um a um foi removendo os quatro parafusos que a fixavam. A placa se soltou para revelar uma chave dourada, mas havia algo estranho! Ela estava enrolada em fios desencapados de energia, e estava emitindo um ruído, o que significava que havia corrente elétrica passando por ali, se Harry tocar naquela chave ele será terrivelmente eletrocutado. Ele precisava desligar a energia antes, provavelmente ele teria que procurar o gerador de energia e desliga-lo. Mas quem teria feito todo esse trabalho? Alguém certamente estava jogando com ele! Ele saiu dali e foi em direção ao elevador. Antes de virar no corredor ele viu uma porta a esquerda que sairia na lavanderia do hospital, ela estava destrancada e Harry passou por ela. Não era mais a lavanderia e sim uma simples sala com uma mesa de madeira podre aos fundos. Em cima dela havia uma câmera fotográfica, muito antiga mais parecia estar funcional. Harry a pegou e seguiu para o corredor.

Silent Hill A Cidade do MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora