Capítulo 11

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Stella

Uma leve brisa fez com que minhas pernas se arrepiassem. Minha mente adormecida se mantinha preguiçosa e eu não queria abrir os olhos. Estava confortável, aquecida e acolhida.

Algo morno me envolveu e logo o clarão se tornou visível. Seu corpo forte me segurava contra si e isso só aumentou o calor que existia ali. Minha mente então foi tomada por um furacão de memórias. A noite passada, os últimos dias e como cheguei ali.

Merda.

Nós havíamos dormido juntos pela primeira vez. Decidi então observar aquele homem lindo que dormia agarrado à mim.

Seu corpo forte e longo se embramava ao meu em cada curva. Sua respiração quente batia em meu ombro e sua pele levemente bronzeada cheirava à banho. Estava sem camisa e seu moletom baixo deixava à mostra todo o desenho de sua barriga até chegar ao local da minha perdição.

Senti seu membro semiereto tocar minha coxa e aquela sensação me tomou todo o ar. Meu coração adotou um comportamento desesperado e minha barriga pareceu dar um sopro.

Eu queria tocá-lo, tirá-lo de seus sonhos com um belo e matinal oral. Mas eu não podia, eu não podia me permitir à tanto, então apenas fechei os olhos e me perdi em minha imaginação perversa.

Ele ficou comigo. Cuidou do meu sono. Ah Andrew...

Decidi por fim descer e procurar algo para saciar minha fome. Com cuidado, me livrei dos braços de Andrew e andei em passos leves até a porta. Ele dormia leve, despreocupado. Uma das vantagens de ser rico.

Desci as escadas admirando cada curva e detalhe daquela mansão. Era tudo moderno, com cores mescladas e luzes fracas faziam do ambiente algo extremamente agradável e aconchegante.

Ao chegar ao hall, tomei em minhas mãos um porta retrato que pousava em uma mesa alta de madeira. Na imagem, dois garotos sorriam ao lado de uma bela moça e um rapaz alto que se parecia muito com Andrew. Aparentemente era sua família.

- A Srta. Mitchell tem fome?

Uma voz feminina e doce atravessou o hall e meus olhos encontraram uma senhora já de idade, com cabelos tingidos de louro. Provavelmente era a empregada, Leila. Sorri tímida.

- Sim... Mas... Posso preparar o café.

Pisquei nervosa por não saber como agir diante de alguém tão solícito. Ela riu e negou firmemente com a cabeça.

- Vou preparar o mesmo que o Sr. Lewis gosta para o café... Ele me disse que você estaria aqui. - ela sorriu e saiu, sem tirar sua doce expressão do rosto.

Apenas assenti sem muita escolha e continuei a vasculhar a intimidade exposta da minha nova aventura. Ele parecia gostar de pinturas. Quadros e mais quadros enfeitavam todo o espaço com traços abstratos porém belíssimos. A vista daquele apartamento era fantástica e eu o imaginava ali, todas as noites, submerso em pensamentos.

- Pulou cedo senhorita.

Sua voz atingiu o meio das minhas pernas e seus lábios roçaram minha orelha direita lentamente como se soubesse tudo que aquilo me causava.

Mudei minha expressão tomada pelo tesão e me virei, encontrando seus olhos pegando fogo. Já vestia seu terno e gravata e seu cabelo impecável me tirava do sério. Não queria demonstrar que eu analisava tudo aquilo com excitação então apenas continuei:

- Eu estava com fome... Te acordei? - levantei as sobrancelhas.

Ele olhou pra cima e uma risada baixa saiu de seu nariz.

Doce AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora