Capítulo 21

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Andrew

Meus pés me arrastaram para fora da cama assim que o despertador fez menção de me arrancar do meu melhor sono, desde que Elvis havia entrado no processo de adaptação da guarda. Eram seis da manhã quando meus sonhos foram interrompidos e a realidade me atingiu sem pena, me lembrando que eu tinha não só uma, mas três reuniões e precisava fazer algumas visitas externas as novas áreas de construção que havia investido para o início do ano que vem, trazer consigo ainda mais lucros. Hoje, ao menos, Elvis passaria o dia com a avó que já afirmara sentir saudades do neto.

Rolei para fora dos edredons e senti os mesmos sendo puxados quando um miado veio do outro lado de minha cama. Suas costas nuas estavam expostas como arte de museu e fios de seu cabelo castanho dourado caíam como cascatas por seus ombros finos e emoldurados. Meus lábios pinicavam de necessidade de correr beijos por toda sua espinha e tomá-la outra vez, como fora na noite passada. Seu bumbum empinado, se desenhava através do tecido branco do lençol e me pedia por atenção. O que conseguira facilmente.

Foi contra a minha real vontade que caminhei pelo chão aveludado do quarto, em direção ao banheiro. Um banho naquele momento, me cairía bem por inúmeras razões. Parei por um momento, vislumbrando a imagem de Stella mais uma vez, agora iluminada por um fio de luz que a cobria por todo seu corpo. Um assobio saiu de minha garganta sem que eu percebesse e corri a mão até meu pau rígido, tentando aliviar o que aquela mulher me causava.

Depois de me aliviar no banho, encontrei minha doce Stella acomodada em uma de minhas poltronas, vestida apenas em uma das minhas camisetas sociais que nem notei a ausência. Seus lábios rosados percorriam a colher que levava iogurte até sua boca. Leila havia feito um bom trabalho em trazer-nos o café no quarto. Aproveitei sua distração para me inclinar e beijar seu pescoço, que estava morno e levemente perfumado. Stella deu um sobressalto e se virou rapidamente, me encarando com seu belo par de olhos mel esbugalhados.

— Achei que... Estava no banho. — ela disse por fim, engolindo o iogurte e a granola que pareciam ter ficado entalados.

— Oh! — fiz menção de me cheirar. — Não pareço ter tomado banho?

Um sorriso se desabrochou em seus lábios agora ainda mais doces, e ela rolou os olhos em desdém.

— Claro que sim... — ajeitou a manga da camisa inquieta. — É só que... Me pegou de surpresa.

Sentei-me na cama enquanto espirrava desodorante e perfume. Stella ainda se distraía com a taça de iogurte que agora parecia se findar. Abocanhei alguns croutons caramelizados e a servi com mais alguns, diretamente na boca.

— Me conte melhor sobre ontem. — falei enfim, enquanto caminhava em minhas boxers a procura de um relógio de pulso.

Sua respiração pareceu acelerada, o que fez meus passos se lentificarem até perderem o ritmo e pararem.

— Foi bem... Eu acho...— ela correu a mão pelos cabelos, deixando parte do seu pulso exposto.

Foi então que eu notei. Sua pele clara situada em todo seu pulso estava em um tom roxo negro, com algumas variações de verde e meu queixo caiu em surpresa quando ela se apressou em esconde-lo novamente com o tecido da camisa, e se levantou.

— Bem, de qualquer forma eu preciso saber se passei.

Notei agora que seus olhos estavam tristemente baixos. Seus lábios estavam curvados em uma submissão que eu jamais havia visto antes em Stella. Estava atordoada atrás de suas vestimentas, e eu poderia garantir que ela sentia que eu havia visto tais marcas. Cheguei a pensar que pudesse ter sido eu mesmo, dado a intensidade do nosso sexo mas eu jamais havia feito aquilo a uma mulher, e com certeza jamais exerceria tamanha força na mulher a qual eu daria minha vida.

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