Capítulo 19

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Stella

Ao som de uma motocicleta, meus olhos fortemente cerrados contra o sol, lutaram para se abrir. O perfume agradável de margaridas e o som das aves batendo suas asas me passavam uma imensidão de calmaria. Scott havia saído para buscar mantimentos na cidade que ficava a quarenta minutos do chalé. Meu corpo adotava um tremor excitante ao imaginar meu namorado expondo seu dorso queimado por aí, montado em uma motocicleta e sempre voltando para mim no final do dia, o que me fez sorrir com a ideia de ser tão sortuda.

Rolei o corpo na grama e lutei contra a luz do sol para observá-lo, e em um pequeno respingo de água, vindo dos saltos de carpas no riacho, perdi todo o meu fôlego. Sua calça se pendurava em seus quadris bem desenhados, e o V de seu abdômen era como hipnose. Uma linha fina de suor escorria por sua testa, onde fios de cabelos dourados estavam emaranhados e grudados. Observei também o movimento de sua garganta, subindo e descendo enquanto ele devorava a segunda garrafa de água. Em um piscar de olhos ele era todo meu.

Seus olhos escureceram ao encontrar os meus, e notei que as coisas começaram a caminhar bem para o desejo que se depositava em meu sexo. Ele acariciou meus seios com seus olhos acinzentados e uma covinha apareceu no canto de seus lábios quando ele sorriu com seus próprios pensamentos e caminhou até mim.

 Ele acariciou meus seios com seus olhos acinzentados e uma covinha apareceu no canto de seus lábios quando ele sorriu com seus próprios pensamentos e caminhou até mim

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Às 7:30 meu despertador me arrancou a força de mais um sonho. O sol irradiava por entre as cortinas e esquentava em meu colo. O som de Graminha brincando com sua bolinha era o único presente. Rolei na cama até encontrar o meu celular e deslizei a tela em busca do que eu sempre queria pela manhã. Meus olhos brilharam ao encontrar o que precisava.

07:06 Andrew:

Café da manhã por minha conta! Me encontre na Warm Breakfast às 08:30. Xo

Sorri com a ideia de estar sozinha com ele novamente, depois de dias tão turbulentos. A prisão de seu irmão, a nova convivência com o filho, tudo conspirava para que as memórias sobre Ruth aflorassem na cabeça do meu homem. Uma onda de ciúmes cruzou meu estômago brevemente e precisei chacoalhar a cabeça para me livrar de pensamentos tão juvenis. Ruth havia sido sim sua esposa, mas agora ele me amava e Deus, eu o amava de volta.

Quando o ânimo causado por esse amor tomou conta do meu corpo, corri para o chuveiro e ali me alimentei de um longo e delicioso banho. Andrew era repleto de qualidades, mas uma das mais marcantes era o seu cheiro amadeirado misturado com o de sabonete, sempre presente. Não importavam as circunstâncias, ele tinha um cheiro próprio e eu adorava enfiar minha narina na curva de seu pescoço, me drogando com a sua fragrância. Agora, me preocupava se ele também pensava assim ao meu respeito. Portanto, caprichei na lavagem do meu cabelo e apliquei bastante desodorante nas axilas antes de sair de casa.

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