8 anos antes pt. 2

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- O que vamos fazer Natsu? - Pergunto acariciando seu peito nu.

- Sobre o que meu amor? - Ele me olha enquanto acaricia meus cabelos.

- Sobre nós... O que diremos aos tios? Como a gente fica?

- Não diremos nada ainda... E vamos continuar juntos. - Ele responde e me beija.

E ficamos nós dois aproveitando o último dia juntos antes dos meus tios voltarem.

No dia seguinte

Estavamos indo ao aeroporto receber meus tios, eu realmente não sabia se aguentaria ficar calado por tanto tempo. Mas Natsu me deu forças e me fez ver que podíamos dar um jeito.
Quando chegamos ao aeroporto o vôo dos meus tios já havia chegado e fomos ao portão de desembarque.
Assim que a Nashi nos viu correu em nossa direção e se jogou em mim, se balançando freneticamente.

- Priminhooooooo! - Ela grita e me aperta mais ainda - Senti sua falta.

- Ok ok já pode larga-lo Nashi. - Natsu diz desgrudando ela de mim

- Aigoo! Também senti saudade seu chato

Nossos tios se aproximam e nos abraçam e vamos conversando animadamente sobre a viagem enquanto iamos para casa.

Alguns dias depois

Eu estava realmente feliz. Estava vivendo com meus tios que eu amava, a minha prima se tornou uma amiga insubstituível e meu primo/namorado era o que mais me fazia sorrir.

Nós saíamos muito, fiz amizades com muitos dos amigos dele e também tenho estado mais animado com a escola.

- Eai o que o "grande" Yuri vai fazer no futuro? - Pergunta Lay, um dos amigos do Natsu com quem me dei bem.

- Olha se você der ênfase novamente no "grande" por eu ser pequeno, você terá seus ovos rachados meu amigo.

- Aish violento!

- Só estou me defendendo. - Digo rindo.

- Mas responde a minha pergunta!

- An... Eu... Quero ser...

- Quero ser?

- Dançarino profissional e futuro coreógrafo. - Digo já me preparando para ser zoado mas ele simplismente da uma risadinha.

- Que bom, você é bom dançando K-pop?

- Aham. Desde que me mudei pra cá não paro de escutar K-pop.

- Hum...

- E você o que fará? - Pergunto olhando se levantar e ficar na minha frente enquanto fecho meu livro.

- Quero ser escritor. - Ele diz sincero.

- Só hot né? - Brinco e ele ri.

Conversamos por muito tempo e quando o sinal tocou fui atrás de Natsu, sabia que ele estava sempre na sala dele conversando com seus amigos, então fui para lá. Ao chegar eu não acreditei no que estava vendo.

Natsu estava beijando Jinna, uma americana transferida. Naquele momento eu só conseguia ficar ali parado e não reagir. Quando eles enfim se separaram do beijo ele viu que eu estava ali e arregalou os olhinhos dele que até então eu amava.

- Y-yuri?? - Ele vem em minha direção mas corro para a saida.

Como ele podia ter feito aquilo? Por que havia me traído? Com uma garota? Então eu não era bom o suficiente ou ele nunca gostou de mim de verdade?
Com tantas perguntas em mente começo a chorar enquanto caminhava para casa. Mal percebi que Natsu conseguiu me seguir.

- Yuri espera! Por favor deixa eu te explicar o que tava acontecendo! - Ele pede mas não cedo.

- Ah claro eu não vi você beijar aquela vagabunda na cara dura? E ainda por cima é uma mulher? Você sabe o quanto me feriu? - Pergunto e o mesmo se mantém calado. - Não, não sabe. Eu não quero mais perto de mim Natsu! Nunca mais!

Sai batendo pé enquanto Natsu fica apenas parado no mesmo lugar.

1 mês e meio depois

- Você tem certeza disso querido? - Minha tia me pergunta enquanto coloco minhas malas no carro.

- Tenho tia. Eles voltarão em questão de 3 meses.. Até lá ficarei bem. Tive sorte que conseguiram ficar menos tempo lá. Eles contrataram alguém para cuidar de mim enquanto eu estiver sozinho.

- Ok querido... Realmente vamos sentir muitas saudades suas por aqui. - Ela diz e beija meu rosto.

Me despeço de todos de forma carinhosa, mas para Natsu apenas dei um "thau" seco.

E foi assim que fui para casa onde passei 3 meses com uma babá e me deprimindo.

Natsu me deu toda aquela felicidade e depois a tirou. E em seguida eu soube que ele estava namorando a Jinna. Foi ai que entrei em depressão, parei de dançar, comecei a me cortar e nunca mais havia sentindo felicidade.

Mas com o tempo e o amadurecimento fui entendendo que eu não precisava ficar tão triste e comecei a me libertar.

E no fim encontro um felicidade totalmente diferente causada por um garoto de 15 anos.

Meu GarotoOnde histórias criam vida. Descubra agora