Erros

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Contei a ele tudo o que aconteceu, como eu nunca havia falado de Natsu contei desde o início desda época que eu morei na Coréia até o momento em que ele me buscou no motel.

Ele apenas me ouvia atentamente e fazendo cafuné em meus cabelos quando eu começava a chorar em algum momento.

Quando terminei de falar tudo, deitei minha cabeça em seu colo e me permiti chorar de novo. Mas ele entendeu que eu precisava por para fora tudo o que guardei.

- Uri... Olha eu nem sei o que te dizer... - Ele começou enquanto eu tentava parar de soluçar. - Primeiro: Eu quero te agradecer por confiar em mim e me contar sua história. Segundo: Não importa o que aconteceu Uri, você se deixou levar pela raiva. Não tem por que se sentir um lixo por ter cometido esse erro. - Ele deu uma pausa e me fez sentar novamente e me olhou nos olhos. - Você é uma pessoa incrível, não deixe que esses problemas façam com que você deixe de ser quem é. Há pessoas que te amam pelo que é e não pelo que faz ou tem. E seu pai... Você deve conversar com ele, perguntar a verdade e esclarecer as coisas.

Por fim o abracei e continuamos assim por muito tempo. Ele realmente sabia como me ajudar e eu não queria deixar ele desapontado comigo. Eu acabei me sentindo muito cansado e dormi ali mesmo nos braços dele.

. . .

Quando acordei eu estava sozinho na casa do Mark, olhei as horas e eu já estava atrasado demais para ir para a faculdade.

Lavei meu rosto, fiz minhas higienes e tomei café.
Minha cabeça ainda doía muito e eu me sentia muito enjoado.
Me deparei com um bilhete em cima da mesa e vi que era para mim.

"Uri tive que ir trabalhar... Mas liguei para sua faculdade para dizer que você não estava bem para ir hoje.
Demorarei para chegar na sua casa, então tente manter a calma enquanto conversa com seu pai.
Tem remédio para dor de cabeça e enjoo na caixa de remédios em cima do armário.
Qualquer coisa me avise.
MARK"

Então tomei os remédios e peguei as chaves do meu carro, peguei meus pertences e fui para casa.
Chegando lá vi meus pais sentados no sofá, aparentemente me esperando.

- YURIIII! - Minha mãe praticamente grita meu nome ao me ver.

Ela está com os olhos vermelhos e inchados e eles ameaçam se encherem de lágrimas novamente. Ela corre e me abraça e eu retribuo.

- Filho... - Meu pai se aproxima de mim cuidadosamente. Ele também aparentou chorar.

- Precisamos conversar... - Falei e os dois assentiram. - Mas antes... Quero saber se ele já foi.

- Sim, foi hoje cedo... Nashi pediu para explicarmos o que aconteceu mas achamos melhor você conversar com ela em outro momento. - Minha mãe disse e eu lembrei que nunca havia contado a Nashi sobre eu e Natsu.

- Entendi... Podemos conversar em seu escritório? - Pergunto ao meu pai que assente e começa a ir em direção ao escritório.

O seguimos calados, aquele silêncio era ainda pior do que uma briga nossa. Nos mostrava o quanto não tinhamos estrutura e que por isso desabamos.
Entramos em seu escritório e ele fechou a porta.

- O que Natsu disse ontem é verdade? - Pergunto, indo direto ao assunto.

- Sim... - Ele diz e abaixa a cabeça. - Mas sempre te amei como meu filho!

Meu GarotoOnde histórias criam vida. Descubra agora