Confusão

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Depois de sair da faculdade resolvo almoçar em algum lugar, vou dirigindo por ai procurando por algum lugar interessante.
"Ainda bem que vim de carro hoje".

Acabo parando em um restaurante de comida caseira. Ao entrar me surpreendo com quem trabalha lá.

- Mark? - O chamo e assim que ouve minha voz sorri e se aproxima. - Então é aqui que você trabalha depois da escola?

- Sim, eu cheguei faz pouco tempo. Assim que saio da escola venho direto para cá. - Ele diz sorridente.

- Humm... Você trabalha no que aqui?

- Ah! Sério? - Ele revira os olhos e me mostra sua farda de garçom. - Meio óbvio não?

Rimos e ele mostrou uma mesa onde eu poderia me sentar. Me sentei e esperei ele vir com um bloquinho de anotações e anotar meu pedido.

A comida daquele lugar era realmente boa e ver onde Mark trabalhava fazia eu me sentir melhor. Comi mas do que como normalmente e pedi a conta.

Eu esperava a conta chegar e vi Mark conversando com três meninos que lhe faziam o pedido. Um deles sorriu para Mark e entregou um papelzinho.

"O número dele provavelmente."

Pensei que Mark guardaria em seu bolso mas ele apenas colocou o papel de volta na mão do garoto que me pareceu decepcionado com algo que ele falou.

Quando outro garçom chegou com minha conta paguei, agradeci e elogiei o estabelecimento e a boa comida.
Me despedi de Mark e falei que mas tarde voltaria para busca-lo mas o mesmo recusou.

- Ah Uri eu posso ir para sua casa sozinho! Não é tão longe. - Insistia.

- Ok, ok. Mas cuidado viu?

- Claro Uri. - Disse sorrindo.

Eu realmente amava vê-lo sorrir, ele era realmente lindo. Sai de lá e dirigi para minha casa.

- Quem é vivo sempre aparece. - Natsu disse quando me viu entrar.

- Bem que você podia calar essa sua boquinha sabe? Não mata não. - Digo e minha mãe e Nashi riem discretamente. - Mãe, Mark chega um pouco mas tarde hoje. Vou pro meu quarto.

- Quem é Mark? - Natsu pergunta olhando para mim com um olhar que não consegui entender.

- Um amigo. - Digo já indo para meu quarto.

Ao chegar em meu quarto joguei minhas coisas em qualquer lugar e fui em busca de minhas roupas de treino.
Tomei uma longa ducha e resolvi assistir animes enquanto Mark não chegava.

Após assistir alguns capítulos eu percebo alguém entrando em meu quarto. Pensei que era Mark então sorri, mas ao ver Natsu mudei minha expressão.

- O que você quer aqui Natsu? - Pergunto me pondo de pé.

- Só conversar. - Ele diz na maior cara de pau.

- Ah claro veio ter uma conversinha, que legal. - Falei Irônico.

- Você está tão diferente Yuri... - Ele disse se aproximando de mim. - Está fazendo eu me sentir ainda mais atraído do que eu era por você.

- Ah, claro! Eu havia esquecido que causo esse tipo de sensação. Agora sai daqui idiota. - Digo e ele apenas me ignora chegando cada vez mais perto.

- Sabe Yuri... Eu não sei o que você viu ou ouviu, mas saiba que sempre te amei da mesma maneira por todos esses anos. - Ele disse sorrindo de lado.

Eu já estava encostado na parede e ele com uma mão na cintura e outra na parede.

- Ahãm sei. Não preciso saber do que você sente ou deixa de sentir. Apenas me deixe em paz. - Digo já sentindo minhas pernas fraquejarem pela aproximação dele.

- Vamos ver o que você vai fazer depois que eu te foder ainda melhor do que quando éramos adolescentes. - Ele sussurrou em meu ouvido.

Ele já havia chegado perto o bastante para me beijar. Mas a porta foi aberta e um grito o interrompeu.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? - Minha mãe gritou ao ver Natsu quase me beijando e eu já com lagrimas em meu rosto.

- T-Tia e-eu - ele começa mas logo é cortado por minha mãe.

- Você acha que eu não sei o que aconteceu entre vocês? Acha que não sei que a causa de anos de depressão do meu filho foi você? - Me surpreendo ao ouvir aquilo. Nunca havia falado uma palavra sequer sobre aquilo com ela. - Yuri nunca me falou nada. Apenas guardava o sofrimento para si. Só descobri quando ele começou a ter os pesadelos.

Eu me lembro bem dessa época... Eu não dormia direito por ter pesadelos constantes e que me tiravam o sono.
Em todos eles Natsu fazia o mesmo, me traía com várias meninas e depois debochava de mim e ai todos a quem eu amava riam de mim e falavam coisas horríveis. Foi a pior época da minha vida.

- Só permiti que você viesse por que meu marido ama vocês e por que achei que você teria amadurecido. Mas vejo que não. - Minha mãe continuou a falar enquanto andava em minha direção. Natsu ouvia tudo quieto. - Pensei que teria desculpas pelo que fez, pensei que você o amasse mesmo. E você vem e tenta agarra-lo em baixo do meu próprio teto? Não mesmo! - Ela disse enquanto me abraçava. - Você vai embora amanhã, ou vai para um hotel ou volte para a Coréia. Se não quiser que eu conte tudo ao seu tio agora mesmo! - Ela cuspiu as palavras mas uma voz a interrompeu de continuar.

- Não tem necessidade de me contar... - Meu pai disse quando entrou.

"Ótimo agora vai defender o sobrinho dele e acabar me mandando embora."

Meu pai parou a minha frente me olhando com uma expressão que achei que nunca veria em seu rosto...

Meu GarotoOnde histórias criam vida. Descubra agora