Giovana e Guilherme / 01 ano de namoro

83 14 4
                                    

Já haviam se passado 8 meses desde que Gabi descobriu estar grávida, ela estava cada dia mais nervosa e ansiosa pelo tão esperado dia.

Havíamos visitado seus pais meses atrás e ficamos realmente tristes quando eles afirmaram que ela não era filha deles e que ela era uma vergonha. Desde aquele dia eles não falam com ela e ela finge que está bem, mas a vemos triste todos os dias por não ter seus pais ao lado dela.

Ela ficou ainda pior quando descobriu estar grávida de gêmeos, ela acha que não tem responsabilidade o bastante para ser mãe. Claro que eu e Mark tentamos fazer ela pensar o contrário mas acho que sem o apoio dos pais e o pai dos seus filhos sendo um merda nojento isso é difícil.

Iremos sair para tentar anima-lá e faremos ela se divertir um pouco. Fomos ao apartamento dela e estamos aguardando ela terminar de se arrumar enquanto a ouvimos resmungar que está do tamanho do mundo, rimos e continuamos a assistir um programa qualquer que passava na TV. Até ouvirmos um grito assustado e corrermos até o quarto dela, ela estava jogada no chão com a parte inferior do vestido ensanguentada e com outro líquido.

- M-Me a-ajuda. - Ela pedia enquanto tentava levantar.

- Gabi! O que aconteceu? - Mark pergunta desesperado enquanto levantamos ela.

- E-Eu não s-sei. Mas do nada senti uma dor insuportável. - Ela diz com a voz fraca. - Meus bebês... Meu Deus será que... - Ela continua mas eu a interrompo.

- Será nada Gabriela! Vamos para o hospital. - Digo e a carregamos até o carro.

Dirigi feito louco e olhava repetidas vezes pelo retrovisor para Gabi que vez por outra gemia de dor. Ela estava chorando e isso me partia o coração. Então do nada ela desmaiou fazendo eu e Mark nos desesperarmos.

- RÁPIDO URI!!! - Mark grita e eu piso fundo no acelerador.

Ao chegarmos no hospital grito por ajuda e uma maca logo foi providenciada e Gabi posta nela. Expliquei a situação e ao mesmo tempo Gabi acordava.

- Senhor Yuri ela já está em trabalho de parto, teremos que levá-la a sala de cirurgia agora. O senhor irá acompanhar o parto? - Uma enfermeira pergunta.

- Mark pode entrar também? Ele é amigo dela a muito mais tempo que eu! - Pergunto e seguro a mão de Mark.

- Geralmente não abrimos esse tipo de exceção... Mas podem ir, apenas acompanhem ela e a deem força.

- Obrigado! - Eu e Mark agradecemos ao mesmo tempo.

Fomos até a sala de cirurgia onde Gabi estava, ela já estava com a camisola hospitalar e já estava com uma médica a ajudando a ter os bebês.

- Força Gabriela! Você consegue! - Ela a incentivava. - Olhe já estou vendo a cabecinha!

- Eu to tentando! - Gabi disse com a voz cansada e apertando cada vez mais minha mão. - Ah Meu Deus que dor!

- Isso Gabriela! Já está vindo o primeiro! Mas um pouco! - A médica disse e Gabriela passou a gritar cada vez mais alto. - Aqui! Está aqui! - Ela disse e pôs as mãos na entrada de Gabi trazendo delicadamente o bebê para fora. - Um menino! É um menino! - Ela falou assim que o primeiro bebê veio.

Senti lágrimas virem aos meus olhos e olhei para Gabi lhe lançando um sorriso encorajador. Ela estava cada vez mais pálida e aquilo estava me preocupando.

- Isso coloque mais força! Está vindo o segundo! - A médica diz fazendo-me voltar a realidade. - Aqui! É uma menina!

Eu estava realmente feliz e Mark também, Gabriela estava pálida e muito cansada mas mesmo assim estendeu os braços e pediu para colocarmos os dois filhos dela ali. Assim que os colocamos ela olhou para cada um com um doce sorriso em seus lábios e estava radiante, porém muito cansada.

- Já escolheu os nomes Gabi? - Mark pergunta limpando algumas lágrimas que haviam rolado por seu rosto.

- Sim. - Ela afirma sorrindo. - O nome dele é Guilherme e o dela é Giovana.

- Lindos nomes. Mas temos que levá-los para o berçário, estão pequeninos ainda e nasceram um pouco antes. - Uma enfermeira que havia ajudado no parto disse.

- Tudo bem... Thau meus amores. - Gabi diz se despedindo de seus filhos.

Então duas enfermeiras levaram os bebês e Gabi foi levada até o quarto dela. Ela estava muito fraca e por isso adormeceu. Eu e Mark avisamos aos meus pais do que aconteceu e que ficariamos mais um tempo no hospital.

- Meu amor vou comprar café para nós, ja volto ta bom? - Digo para Mark. - Qualquer coisa me liga.

- Ok Uri. - Ele responde e me inclino dando-lhe um selinho e estava indo embora se não fosse por uma mulher.

- Você devia ter vergonha! Beijando uma criança e ainda por cima é um homem! - Ela cospe as palavras com um olhar repugnante. - Como pode fazer isso? Ir contra o que Deus ensina? E ainda por cima se envolve com uma criança.

- Senhora ele não tem nada do que lhe responder, a minha vida e a do meu namorado não lhe afeta em nada. Se um ato carinhoso entre nós lhe incomoda apenas vire seu rostinho enrugado pela inveja e não ofenda quem não lhe ofendeu. - Mark responde antes que eu possa falar algo. - Quem deveria ter vergonha de algo aqui é a senhora, já que nos faltou com respeito e se mete na vida alheia.

A mulher ficou horrorizada pelo que Mark disse e foi embora, enquanto eu me segurava para não rir. Então fui comprar o meu café e o de Mark e quando voltei Mark havia pegado no sono na sala de espera.

- Ei meu Anjo. Acorda. Trouxe café. - Digo acordando-o

- Oi. Obrigado. - Agradece e pega o copo de minha mão. - Alguém lhe incomodou novamente?

- Não... E a você?

- Não, ainda bem. - Ele diz e toma um gole de café.

. . .

Algum tempo depois Gabi pode levar os bebês para casa, ela estava cada dia mais feliz com a convivência com eles, mas a sensação de insegurança e medo de ser mãe não a deixavam em paz. Gabi estava lutando para ser boa mãe e eu e Mark estavamos a ajudando. Estavam sendo meses bons e estávamos agradecidos por isso.

- Amor. - Mark me chamou arrancando-me de meus pensamentos. - Sabe que dia é amanhã?

- Annn... Sábado? - Respondo fingindo-me de desentendido. Afinal amanhã seria nosso 1° aniversário de namoro.

- Você esqueceu mesmo! - Ele conclui tristonho.

- Claro que não meu amor, estou só brincando. Amanhã é nosso 1° aniversário de namoro não é?

- É! - Ele afirma feliz e me abraça.

- Onde quer ir amanhã?

- Que tal no Jhonn's? - Ele pergunta fazendo eu lembrar que foi naquele restaurante que tivemos nosso primeiro encontro de verdade. - Me trás boas lembranças.

- Claro meu amor. E depois quer ir na praia? - Pergunto fazendo-o sorrir daquele jeito doce que só ele sabia.

- Sim! - Ele afirma e me puxa para um beijo. - Ei Uri.

- Oi amor.

- Vamos fazer amor? - Ele pergunta com um sorriso malicioso.

- Não, você tem sido um menino mal. - Provoco e ele se aproxima do meu rosto.

- Então não quer foder seu Menino Mal Daddy? - Ele sussurra com uma voz sexy.

- Claro que o Daddy quer. Mas acho que o Babyboy tem que ser punido.

Então começamos a nos beijar freneticamente e a nos acariciar. Percebi que em momentos como esse só existiam eu e Mark e isso bastava. E assim passamos a véspera de nosso aniversário de namoro fazendo amor e nos amando intensamente, de uma maneira que só eu e ele entendíamos.

Meu GarotoOnde histórias criam vida. Descubra agora