Já haviam se passado 8 meses desde que Gabi descobriu estar grávida, ela estava cada dia mais nervosa e ansiosa pelo tão esperado dia.
Havíamos visitado seus pais meses atrás e ficamos realmente tristes quando eles afirmaram que ela não era filha deles e que ela era uma vergonha. Desde aquele dia eles não falam com ela e ela finge que está bem, mas a vemos triste todos os dias por não ter seus pais ao lado dela.
Ela ficou ainda pior quando descobriu estar grávida de gêmeos, ela acha que não tem responsabilidade o bastante para ser mãe. Claro que eu e Mark tentamos fazer ela pensar o contrário mas acho que sem o apoio dos pais e o pai dos seus filhos sendo um merda nojento isso é difícil.
Iremos sair para tentar anima-lá e faremos ela se divertir um pouco. Fomos ao apartamento dela e estamos aguardando ela terminar de se arrumar enquanto a ouvimos resmungar que está do tamanho do mundo, rimos e continuamos a assistir um programa qualquer que passava na TV. Até ouvirmos um grito assustado e corrermos até o quarto dela, ela estava jogada no chão com a parte inferior do vestido ensanguentada e com outro líquido.
- M-Me a-ajuda. - Ela pedia enquanto tentava levantar.
- Gabi! O que aconteceu? - Mark pergunta desesperado enquanto levantamos ela.
- E-Eu não s-sei. Mas do nada senti uma dor insuportável. - Ela diz com a voz fraca. - Meus bebês... Meu Deus será que... - Ela continua mas eu a interrompo.
- Será nada Gabriela! Vamos para o hospital. - Digo e a carregamos até o carro.
Dirigi feito louco e olhava repetidas vezes pelo retrovisor para Gabi que vez por outra gemia de dor. Ela estava chorando e isso me partia o coração. Então do nada ela desmaiou fazendo eu e Mark nos desesperarmos.
- RÁPIDO URI!!! - Mark grita e eu piso fundo no acelerador.
Ao chegarmos no hospital grito por ajuda e uma maca logo foi providenciada e Gabi posta nela. Expliquei a situação e ao mesmo tempo Gabi acordava.
- Senhor Yuri ela já está em trabalho de parto, teremos que levá-la a sala de cirurgia agora. O senhor irá acompanhar o parto? - Uma enfermeira pergunta.
- Mark pode entrar também? Ele é amigo dela a muito mais tempo que eu! - Pergunto e seguro a mão de Mark.
- Geralmente não abrimos esse tipo de exceção... Mas podem ir, apenas acompanhem ela e a deem força.
- Obrigado! - Eu e Mark agradecemos ao mesmo tempo.
Fomos até a sala de cirurgia onde Gabi estava, ela já estava com a camisola hospitalar e já estava com uma médica a ajudando a ter os bebês.
- Força Gabriela! Você consegue! - Ela a incentivava. - Olhe já estou vendo a cabecinha!
- Eu to tentando! - Gabi disse com a voz cansada e apertando cada vez mais minha mão. - Ah Meu Deus que dor!
- Isso Gabriela! Já está vindo o primeiro! Mas um pouco! - A médica disse e Gabriela passou a gritar cada vez mais alto. - Aqui! Está aqui! - Ela disse e pôs as mãos na entrada de Gabi trazendo delicadamente o bebê para fora. - Um menino! É um menino! - Ela falou assim que o primeiro bebê veio.
Senti lágrimas virem aos meus olhos e olhei para Gabi lhe lançando um sorriso encorajador. Ela estava cada vez mais pálida e aquilo estava me preocupando.
- Isso coloque mais força! Está vindo o segundo! - A médica diz fazendo-me voltar a realidade. - Aqui! É uma menina!
Eu estava realmente feliz e Mark também, Gabriela estava pálida e muito cansada mas mesmo assim estendeu os braços e pediu para colocarmos os dois filhos dela ali. Assim que os colocamos ela olhou para cada um com um doce sorriso em seus lábios e estava radiante, porém muito cansada.
- Já escolheu os nomes Gabi? - Mark pergunta limpando algumas lágrimas que haviam rolado por seu rosto.
- Sim. - Ela afirma sorrindo. - O nome dele é Guilherme e o dela é Giovana.
- Lindos nomes. Mas temos que levá-los para o berçário, estão pequeninos ainda e nasceram um pouco antes. - Uma enfermeira que havia ajudado no parto disse.
- Tudo bem... Thau meus amores. - Gabi diz se despedindo de seus filhos.
Então duas enfermeiras levaram os bebês e Gabi foi levada até o quarto dela. Ela estava muito fraca e por isso adormeceu. Eu e Mark avisamos aos meus pais do que aconteceu e que ficariamos mais um tempo no hospital.
- Meu amor vou comprar café para nós, ja volto ta bom? - Digo para Mark. - Qualquer coisa me liga.
- Ok Uri. - Ele responde e me inclino dando-lhe um selinho e estava indo embora se não fosse por uma mulher.
- Você devia ter vergonha! Beijando uma criança e ainda por cima é um homem! - Ela cospe as palavras com um olhar repugnante. - Como pode fazer isso? Ir contra o que Deus ensina? E ainda por cima se envolve com uma criança.
- Senhora ele não tem nada do que lhe responder, a minha vida e a do meu namorado não lhe afeta em nada. Se um ato carinhoso entre nós lhe incomoda apenas vire seu rostinho enrugado pela inveja e não ofenda quem não lhe ofendeu. - Mark responde antes que eu possa falar algo. - Quem deveria ter vergonha de algo aqui é a senhora, já que nos faltou com respeito e se mete na vida alheia.
A mulher ficou horrorizada pelo que Mark disse e foi embora, enquanto eu me segurava para não rir. Então fui comprar o meu café e o de Mark e quando voltei Mark havia pegado no sono na sala de espera.
- Ei meu Anjo. Acorda. Trouxe café. - Digo acordando-o
- Oi. Obrigado. - Agradece e pega o copo de minha mão. - Alguém lhe incomodou novamente?
- Não... E a você?
- Não, ainda bem. - Ele diz e toma um gole de café.
. . .
Algum tempo depois Gabi pode levar os bebês para casa, ela estava cada dia mais feliz com a convivência com eles, mas a sensação de insegurança e medo de ser mãe não a deixavam em paz. Gabi estava lutando para ser boa mãe e eu e Mark estavamos a ajudando. Estavam sendo meses bons e estávamos agradecidos por isso.
- Amor. - Mark me chamou arrancando-me de meus pensamentos. - Sabe que dia é amanhã?
- Annn... Sábado? - Respondo fingindo-me de desentendido. Afinal amanhã seria nosso 1° aniversário de namoro.
- Você esqueceu mesmo! - Ele conclui tristonho.
- Claro que não meu amor, estou só brincando. Amanhã é nosso 1° aniversário de namoro não é?
- É! - Ele afirma feliz e me abraça.
- Onde quer ir amanhã?
- Que tal no Jhonn's? - Ele pergunta fazendo eu lembrar que foi naquele restaurante que tivemos nosso primeiro encontro de verdade. - Me trás boas lembranças.
- Claro meu amor. E depois quer ir na praia? - Pergunto fazendo-o sorrir daquele jeito doce que só ele sabia.
- Sim! - Ele afirma e me puxa para um beijo. - Ei Uri.
- Oi amor.
- Vamos fazer amor? - Ele pergunta com um sorriso malicioso.
- Não, você tem sido um menino mal. - Provoco e ele se aproxima do meu rosto.
- Então não quer foder seu Menino Mal Daddy? - Ele sussurra com uma voz sexy.
- Claro que o Daddy quer. Mas acho que o Babyboy tem que ser punido.
Então começamos a nos beijar freneticamente e a nos acariciar. Percebi que em momentos como esse só existiam eu e Mark e isso bastava. E assim passamos a véspera de nosso aniversário de namoro fazendo amor e nos amando intensamente, de uma maneira que só eu e ele entendíamos.
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Meu Garoto
RomanceYuri Rokka é filho de uma família rica, ele sempre foi paparicado por todos a sua volta apenas por ter dinheiro. E isso o fazia ficar deprimido e triste. Mas isso começa a mudar quando ele conhece Mark Coolen, um garoto muito diferente que entra na...