XIII. Mãe

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[N/A: Gente, antes de começar esse capítulo eu quero lembrar algumas coisas aqui rapidinho: eu não compactuo com o comportamento do Liam (ele foi mega cretino, sim! Cheryl não merecia de forma alguma), assim como não pretendo ferir de forma alguma a imagem da Johannah Deakin real com essa versão dela da fanfic (vocês vão entender, logo, o motivo de eu estar falando isso) e que a história estava escrita antes do falecimento dela.

De verdade, achei que precisava dizer isso, não sei se é besteira minha ou não, mas, ah, eu sou cheia de neuras. 

Obrigada pelo amor, pelo carinho, pelos comentários (eu leio todos) e pela recepção que essa fanfic está tendo. Eu amo vocês. Boa leitura :*]


Assim que Cheryl saiu correndo e a porta da sala se bateu, Liam abandonou o corpo de Zayn (já que ambos estavam travados, em choque, desde que ela havia aparecido). Liam sentou-se sobre os próprios calcanhares, afundando as mãos no rosto enquanto pensava no quanto havia sido cretino com aquilo tudo, só porque estava se dando a chance de pensar como um adolescente idiota e no cio, que ele não era mais e nem tinha o direito de tentar ser.

Principalmente quando aquilo poderia ferir outras pessoas.

Zayn havia se arrastado pelo colchão até estar com as costas apoiadas na cabeceira da cama, o encarando com uma expressão tão fechada quanto a do próprio advogado. Ambos sabiam que tinham de conversar, mas a verdade era que ambos não sabiam exatamente o que dizer. 

—Deveria ir atrás da sua noiva.— Foi a única coisa em que o Javadd conseguiu pensar.

—Eu tenho uma ideia de pra onde ela está indo, então é melhor eu esperar que ela chegue lá e que tenha o direito de me xingar um pouco em paz. — Admitiu, sem nenhuma dúvida sobre o próprio erro. Cheryl tinha todo o direito de odiá-lo e maldizê-lo. Pra falar a verdade, o próprio Liam estava fazendo aquilo consigo mesmo. —Zayn...

—Eu não te acho menos decente do que eu, sério. Eu sabia que você tinha noiva também e estava deixando isso acontecer. Sei lá, não é do meu feitio magoar alguém de propósito, mas eu nem pensava nela, sabe? Quando eu estava com você, só pensava em você. Só que agora eu estou me sentindo o pior dos babacas e só vi essa mulher duas vezes na minha vida. — Zayn era mais maduro do que deveria ser na própria idade, mas ainda assim agia como uma criança de vez em quando... Como agiu quando resolveu seduzir um homem comprometido apenas porque era divertido pensar em conquistar alguém inconquistável. —Nós dois erramos. Feio dessa vez.

Agora tinha que conviver com as consequências do que havia escolhido para si. Esse era o problema.

—Eu não quis te meter nessa desse jeito. Eu nem medi direito o que estava fazendo e eu era o adulto aqui, então... Desculpa. — O advogado levantou-se para ir buscar as roupas que tinham ido parar em lugares improváveis do quarto, começando a se vestir, repassando mentalmente o que poderia fazer com Cheryl, mesmo sabendo que no final das contas só tinha que colocar um ponto final decente naquilo. Não que ele acreditasse que haveria um.

—Liam... E nós? — Zayn perguntou, encarando-o com uma seriedade anormal para alguém que estava sempre fazendo piada das coisas. —Eu não costumo esquecer das coisas quando estou com alguém. Eu não costumo ser irresponsável a esse ponto, porque minha mãe me criou pra ser melhor do que isso, mas eu esquecia quando estava com você.

Zayn nunca havia sido uma pessoa que saía gostando de alguém e soltando corações por aí. Liam sabia disso, porque havia passado a maior parte do próprio tempo livre ao lado daquele garoto nos últimos dias. Às vezes aos beijos, às vezes entre lençóis e às vezes simplesmente assistindo algum filme idiota de televisão aberta, nas tardes em que Cheryl estava trabalhando e eles ficavam jogados no sofá, por Liam só ter de trabalhar fora de casa quando tinha de encontrar ou defender algum cliente.

Infindo {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora