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De lados opostos da sala, Harry e Louis se encararam de lábios partidos, totalmente em choque com o que tinham ouvido. De repente, o Tomlinson sentiu uma mão de ferro comprimir seu coração: se a avó dissesse a localização exata da casinha, ela deixaria de ser A Casinha de Harry e Louis e eles seriam obrigados a dividí-las com outras pessoas.

O garoto de cachos parecia estar pensando o mesmo, pois seus grandes olhos verdes transbordavam de angústia.

- Vovó, a senhora morava aqui? - Charlotte perguntou.

- Não nessa casa, minha querida, mas em uma no fim dessa rua. É claro que ela foi demolida anos depois que eu e seu avô nos mudamos e outra construída no lugar.

- Então a tal casa na árvore é aqui perto? - Foi a fez de Fizzy quase gritar a pergunta, empolgada.

O coração de Louis murchou. Aquele era o local secreto dos dois amigos, onde trocavam beijos e confidências, onde haviam trabalhado duro para carregar alguns móveis velhos pela floresta para a casa, onde Harry fazia suas pinturas mais magníficas - geralmente usando Louis como modelo. Mas, principalmente, fora naquela casinha que eles se conheceram, uma memória da infância que Louis guardaria para sempre.

- Oh, minha querida neta. - A velha mulher riu e esticou o braço para fazer um carinho na cabeça de Fizzy. - Depois de tantos anos, acredito que essa casinha na árvore nem exista mais. E, se ainda existir, é inseguro demais ir lá.

Louis quase desmaiou de alívio pelo que ouvira e a anciã dos Tomlinson's esticou-se no sofá e bocejou:

- Que tal deixarmos o fim da história para amanhã?

Porém, logo um coro gritante de "não, não não" se fez presente e ela apenas riu, ajeitou-se melhor no sofá, bebeu o resto do chá e continuou a contar sua história.

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